
"Meu cliente tem vivido a ang�stia de ser acusado de ter atuado dolosamente para a ocorr�ncia da morte de in�meras pessoas, mesmo ele obedecendo tudo que o poder p�blico determinava na �poca para um empres�rio do ramo de casas noturnas", alega.
O defensor afirma, ainda, que o Minist�rio P�blico deveria cumprir o dever de zelar pela sociedade. "Ele � acusado pela mesma m�o que abriu a porta da boate e permitiu o funcionamento dela", acusa Marques.
A defesa do outro s�cio da boate, Mauro Hoffmann, espera um julgamento t�cnico. "Acreditamos que, com as provas que foram produzidas ao longo desses quase 9 anos, est� mais do que demonstrado que Mauro n�o era administrador da Boate e n�o tinha qualquer atua��o que lhe afastasse da condi��o exclusiva de um s�cio-investidor", esclarecem os advogados Bruno de Menezes e M�rio Cipriani em nota.
J� a defesa dos m�sicos, respons�veis pela compra e utiliza��o do artefato pirot�cnico, afirma inoc�ncia. A advogada Tatiana Borsa, que representa o r�u Marcelo de Jesus dos Santos, conta que ele est� muito abalado. "A vida do Marcelo parou no dia 27 de janeiro de 2013. A dor dele � a dor dos familiares das v�timas, porque ele � uma das v�timas da Boate Kiss, assim como toda a banda Gurizada Fandangueira". A defesa ainda destaca que jamais houve a inten��o de ceifar vidas. "Eles acreditavam que a casa era segura porque os �rg�os p�blicos foram l� e fiscalizaram", conclui.
O advogado Jean Severo, da defesa de Luciano Bonilha Le�o, considera absurda a den�ncia contra o cliente. "Ele � um homem correto, trabalhador, que vem sofrendo h� muito tempo com essa situa��o. Existem muitas outras pessoas que foram indiciadas no inqu�rito policial que deveriam estar no banco dos r�us: o MP, os bombeiros, a prefeitura", diz.