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Estado de Minas GERAL

Opera��o da PF queima embarca��es ilegais de garimpo no Rio Madeira

A apreens�o ocorreu nas �guas do Madeira que cortam o munic�pio de Nova Olinda do Norte


28/11/2021 14:32 - atualizado 28/11/2021 15:45

Imagem mostra embarcação sendo queimada
A opera��o dos �rg�os federais re�ne agentes de Paran�, Bras�lia, Amazonas, Para�ba e Par� (foto: Divulga��o)
As a��es federais de repreens�o ao garimpo ilegal ao longo do Rio Madeira, no Estado do Amazonas, tiveram in�cio na madrugada de s�bado, 27. Ao menos 31 balsas j� foram apreendidas pela Opera��o Uiara, que re�ne agentes da Pol�cia Federal, do Ibama, da Marinha e da Aeron�utica. Parte dos equipamentos est� sendo queimada pelos agentes. Durante as abordagens, uma pessoa foi presa e conduzida para a superintend�ncia do Amazonas. Ela estava com uma quantidade de ouro.

A apreens�o ocorreu nas �guas do Madeira que cortam o munic�pio de Nova Olinda do Norte. Aglomeradas h� mais de uma semana na regi�o de Autazes, munic�pio que fica a 230 quil�metros de barco de Manaus, em viagem pelos Rios Amazonas e Madeira, mais de 300 balsas se dispersaram ontem, ap�s informa��es de que haveria, de fato, uma opera��o federal de grande porte. O deslocamento dessas balsas, por�m, � lento.

Na tentativa de escapar da fiscaliza��o, � comum a situa��o em que o garimpeiro recolhe a balsa para uma margem, retira o maquin�rio que puder e abandona a balsa. Em outros casos, tenta esconder o equipamento em pequenos afluentes do rio. Relatos de garimpeiros apontavam que estava sendo extra�da "1 grama de ouro por hora" no Rio Madeira, o que atraiu muitas balsas para a regi�o. A lavra clandestina de ouro ao longo desses afluentes � um problema hist�rico e conhecido de todo o setor p�blico. Essa mesma atividade criminosa se espalha h� d�cadas por outros rios do Amazonas, como o Tapaj�s, na regi�o de Itaituba. O que chamou aten��o no caso atual, por�m, foi a aglomera��o de balsas numa mesma regi�o, nas proximidades dos munic�pios de Autazes. Para retirar o ouro do fundo do rio, essas balsas utilizam longas mangueiras. Elas sugam a terra e tudo o que encontram no fundo.

A opera��o dos �rg�os federais re�ne agentes de Paran�, Bras�lia, Amazonas, Para�ba e Par�. A debandada dos garimpeiros pode dificultar o trabalho de capturar todas as balsas. Por outro lado, facilita o trabalho de abordagem policial. Havia grande tens�o sobre a forma como os garimpeiros seriam abordados. O nome Uiara, escolhido para a opera��o, tem origem na l�ngua tupi e significa "m�e da �gua". N�o h� data definida para a mobiliza��o acabar.

MENSAGENS

Por meio de trocas de mensagens, os garimpeiros j� comentavam sobre a mobiliza��o de repreens�o desde a quarta-feira. Ainda assim, permaneceram por mais tr�s dias atracados em fileiras. Na sexta-feira, por�m, desmobilizaram e se espalharam pela calha principal do Rio Madeira. Durante a semana, alguns garimpeiros chegaram a trocar mensagens sobre suposta mobiliza��o para revidar �s a��es de fiscaliza��o, mas recuaram diante da informa��o de que as autoridades estariam mobilizando forte aparato policial.

A repreens�o policial envolve equipes que entraram pelo rio, por meio de helic�pteros e pelas estradas da regi�o. Os garimpeiros, que se deslocaram para a regi�o de Humait�, na divisa de Amazonas e Rond�nia, t�m trocado alertas sobre a mobiliza��o. "Nova Olinda at� Autazes, n�o tem lugar nem no ch�o nem na terra.
S� eles que t� dando. Est�o de helic�ptero e o caralho... de voadeira. T�o at� pelo fundo, eu acho", afirma um garimpeiro, em mensagem obtida pela reportagem.

As autoridades federais n�o haviam dado detalhes sobre seus planos na regi�o, mas o que se articulava vinha sendo chamado internamente, pelos membros do governo, de uma "opera��o de guerra", com bloqueio de passagens pelo Rio Madeira e por estradas que chegam � regi�o onde estavam as embarca��es. Ao Estad�o, o delegado da Pol�cia Federal Alexandre Saraiva, que atuou por dez anos � frente da PF na regi�o amaz�nica, disse que a melhor estrat�gia para impedir o avan�o das centenas de balsas de garimpo ilegal seria o corte de suprimentos usados pelos equipamentos.

Saraiva afirmou que chegou a viver situa��es parecidas em apreens�es de balsas e que a medida mais efetiva, nestes casos, � acabar com a log�stica. "Quando voc� acaba com o combust�vel, com a chegada de pe�as de reposi��o, voc� paralisa a atividade. Tem de deixar passar s� �gua e alimento, para ningu�m morrer de fome. Fora isso, n�o pode entrar nada", disse.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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