O Brasil ainda n�o tem em solo nacional as chamadas doses pedi�tricas da vacina da Pfizer, que s�o voltadas � aplica��o em crian�as. O uso do imunizante na faixa et�ria de 5 a 11 anos foi liberado nesta quinta-feira, 16, pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), mas o in�cio da aplica��o est� condicionado � chegada das doses adaptadas, o que pode fazer com que o p�blico comece a ser imunizado s� em 2022.
Como a vacina��o de crian�as n�o estava aprovada pela Anvisa, a Pfizer apontou que "nenhuma dose de vacina pedi�trica foi enviada ainda ao Pa�s". Por outro lado, a farmac�utica explica que o terceiro contrato firmado com o governo brasileiro, assinado em 29 de novembro para o fornecimento de 100 milh�es de imunizantes anticovid no ano de 2022, abre caminho para a chegada de vacinas para crian�as.
Isso porque, continua a Pfizer, o acordo "inclui a possibilidade de fornecimento de vers�es modificadas do imunizante para variantes (como a �micron), que poder�o ser eventualmente desenvolvidas caso necess�rio, e vers�es para diferentes faixas et�rias". O fornecimento depende do que for solicitado pelo Minist�rio da Sa�de.
Apesar de ter o mesmo princ�pio ativo, a formula��o pedi�trica para crian�as entre 5 a 11 anos, por exemplo, possui uma concentra��o diferente, um maior n�mero de doses por frasco e um prazo de armazenamento maior na temperatura de geladeira entre 2-8°C. "O frasco tamb�m vir� com uma colora��o diferenciada, com tampa e r�tulos cor laranja, para que possa ser distinguido da formula��o utilizada hoje em indiv�duos com 12 anos ou mais", informou a Pfizer.
Segundo a farmac�utica, o imunizante demonstrou efic�cia de 90,7% em estudo cl�nico desenvolvido especificamente para a faixa et�ria pedi�trica. Os ensaios de fase 2/3 foram realizados em 2.268 crian�as em Estados Unidos, Finl�ndia, Pol�nia e Espanha.
Procurado, o Minist�rio da Sa�de n�o informou se o contrato firmado com a Pfizer no fim de novembro j� condicionava a libera��o de determinada quantidade de doses pedi�tricas assim que a Anvisa aprovasse a vacina para crian�as ou se ter� que fazer uma solicita��o para pedir as doses espec�ficas.
Conforme mostrou o Estad�o no in�cio de novembro, a pasta antecipou a negocia��o com a Pfizer para adquirir 40 milh�es de doses para imunizar crian�as de 5 a 11 anos, o que acabou resultando no fechamento do contrato no final daquele mesmo m�s. N�o foi especificado, contudo, se o governo federal continua prevendo a mesma quantidade para aplica��o nesse p�blico-alvo e em qual janela de tempo planeja administrar as vacinas.
Estados aguardam envio de doses para iniciar aplica��o em crian�as
Em entrevista � R�dio Eldorado, do Grupo Estado, na manh� desta quinta-feira, 16, o secret�rio da Sa�de do Estado de S�o Paulo, Jean Gorinchteyn, adiantou que, como a apresenta��o da vacina da Pfizer para crian�as aprovada pela Anvisa � diferente do imunizante aplicado em adultos, n�o teria como iniciar a aplica��o de forma imediata.
"Talvez precisemos de um pouco mais de tempo, at� para a pr�pria fabricante fornecer as doses ao minist�rio e ele fazer a sua opera��o log�stica de forma adequada", disse Gorinchteyn. "Acredito que n�s ainda teremos que aguardar um pouco mais, talvez algumas semanas para (a vacina pedi�trica) estar definitivamente dispon�vel nos postos de sa�de."
O secret�rio lembrou que nesta quarta-feira, 15, foi protocolado na Anvisa um novo pedido para registro definitivo da Coronovac, que, se aprovado, permitir� o uso do imunizante em crian�as e jovens de 3 a 17 anos. "Muito possivelmente n�s teremos alguma defini��o nos pr�ximos dias para ser tamb�m mais uma op��o para nossa popula��o", afirmou o secret�rio.
Com a aprova��o da vacina da Pfizer para crian�as, o governo da Bahia informou, em nota, que ir� aguardar as orienta��es do Programa Nacional de Imuniza��es (PNI) para "realizar os ajustes necess�rios ao esquema vacinal".
J� a Secretaria de Estado de Sa�de (SES) do Rio de Janeiro ressaltou que a libera��o do uso da vacina � compet�ncia do Minist�rio da Sa�de e que, portanto, aguarda o posicionamento do �rg�o a este respeito. "Assim como o estabelecimento dos protocolos de uso da vacina neste p�blico, que dever� tratar sobre as seringas a serem utilizadas", informou a pasta.
Outros Estados tamb�m esperam a determina��o de novas diretrizes pelo governo federal e o envio de doses para iniciar a aplica��o da vacina em crian�as.