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Estado de Minas ARAUTOS DO EVANGELHO

O grupo cat�lico ultraconservador brasileiro que est� em conflito com o Vaticano

Herdeiro da TFP (Sociedade para Tradi��o, Fam�lia e Propriedade), o grupo se espalhou por mais de 70 pa�ses pregando o tradicionalismo religioso e sofreu interven��es da Santa S� durante o pontificado do Papa Francisco, ap�s investiga��es de den�ncias feitas por fieis.


17/12/2021 07:31 - atualizado 17/12/2021 08:27


Pessoa com manto e capuz observa catedral em estilo gótico
A bas�lica Nossa Senhora do Ros�rio, em Embu, � conhecida como bas�lica dos Arautos do Evangelho (foto: Reprodu��o/Facebook)

No in�cio do m�s passado, o padre Anderson Mar�al, p�roco da Par�quia S�o Judas Tadeu, em Rio Branco (AC), recebeu uma liga��o que o deixou preocupado. Uma fiel da igreja contou que havia recebido a visita de dois jovens membros do grupo cat�lico Arautos do Evangelho que citaram o nome de Anderson e de outro p�roco e estavam pedindo dinheiro para custear seminaristas.

Em seguida, outras fam�lias da comunidade relataram ter recebido visitas e at� enviaram fotos no grupo de Whatsapp da par�quia.

Criado no Brasil pelo monsenhor Jo�o Cl� Dias, o grupo cat�lico Arautos do Evangelho se espalhou por mais de 70 pa�ses pregando o tradicionalismo religioso. Seus membros - que incluem leigos e sacerdotes - vivem juntos em im�veis da entidade, incluindo um edif�cio que imita um castelo na Serra da Cantareira, em S�o Paulo.

Com cerca de 3 mil membros no Brasil, a entidade faz evangeliza��o e promove eventos art�sticos religiosos. No in�cio de dezembro, o coral dos Arautos se apresentou para o presidente Jair Bolsonaro durante a cantata de Natal realizada no Pal�cio do Planalto.

O problema com a visita feita por eles �s fam�lias da par�quia S�o Judas Tadeu � que o padre Anderson n�o s� n�o tinha qualquer rela��o com os Arautos do Evangelho como n�o conhecia os jovens que estavam usando seu nome para arrecadar dinheiro.

"Eles estavam usando o nome de dois padres que n�o os conheciam", conta o padre, que imediatamente levou o problema ao bispo de Rio Branco.

Ao verificar que os jovens realmente eram membros do grupo, o bispo Joaquim Perti�ez enviou um comunicado aos Arautos manifestando "total rejei��o a qualquer tipo de trabalho" do grupo em sua "jurisdi��o eclesi�stica".

"N�o est� certo e nunca aprovamos que tirem dinheiro de nosso povo humilde, pobre e sofrido para os membros dos Arautos do Evangelho banquetear em luxuosos e suntuosos pal�cios como aparecem nas fotos que foram publicadas na revista da institui��o", diz o bispo de Rio Branco. "Esse n�o � o evangelho que conhecemos, pregamos e transmitimos."

O atrito dos Arautos com outro setor da Igreja Cat�lica n�o � um epis�dio isolado. Outros bispos - como os das dioceses de Ituiutaba (MG) e S�o Mateus (ES) - j� emitiram comunicados parecidos, rejeitando a atua��o do grupo em suas dioceses.

Mas os atritos n�o s�o apenas locais. Os Arautos do Evangelho tiveram atritos com o pr�prio Vaticano durante o pontificado do papa Francisco, que adotou uma postura menos conservadora no comando da Igreja.


Homens com túnicas com cruzes seguram estandarte
A associa��o est� presente em mais de 70 pa�ses; na foto, membros no Peru (foto: Getty Images)

Em 2017, ap�s den�ncias feitas por ex-membros � Santa S�, uma investiga��o foi aberta pelo Vaticano e Jo�o Cl� Dias renunciou ao comando do grupo.

Em 2019, um decreto do Vaticano os colocou sob tutela direta do cardeal Raymundo Damasceno Assis, nomeado como interventor pontif�cio.

Na �poca, os Arautos emitiram um comunicado dizendo que, embora reverenciem o cardeal como bispo da Igreja, n�o aceitavam sua autoridade como comiss�rio pois o decreto papal seria "inv�lido e ilegal" por "contradizer normas do direito can�nico" e por causa de "erros fundamentais nele contidos".

Em setembro desde ano, a Igreja ordenou que todos os menores nas escolas administradas pelo grupo fossem devolvidos a suas fam�lias ap�s o fim do ano letivo com "o objetivo de prevenir qualquer situa��o que possa favorecer poss�veis abusos de consci�ncia e pl�gio contra menores".

� BBC News Brasil os Arautos do Evangelho disseram que "as visitas recentemente realizadas na Diocese de Rio Branco foram de car�ter evangelizador, restritas aos membros solid�rios da Associa��o que residem na diocese", mas n�o explicaram por que o nome dos p�rocos foi usado sem seu consentimento durante as visitas.

A entidade disse tamb�m que a situa��o j� foi resolvida com o bispo de Rio Branco, que "reconheceu a licitude civil e can�nica da presen�a dos Arautos na regi�o".

Os arautos afirmaram tamb�m que "toda escola ou qualquer outra organiza��o est� sujeita a reclama��es" e que "as escolas privadas inspiradas no carisma dos Arautos as recebem e as analisam sempre, com total liberdade de consci�ncia, buscando melhorar seus servi�os".


Papa Francisco sorri e acena
Ap�s investiga��o, o Vaticano colocou os Arautos sob sua tutela direta (foto: Getty Images)

Tradi��o, Fam�lia e Propriedade

O Arautos do Evangelho se tornaram oficialmente uma associa��o de fi�is em 2001, mas suas origens remontam ao final dos anos 1990, ap�s a morte de Pl�nio Corr�a de Oliveira, fundador da TFP (Sociedade de Defesa da Tradi��o, Fam�lia e Propriedade), em 1995.

A TFP foi uma organiza��o civil tradicionalista de extrema-direita, fundada nos anos 1960 e conhecida por apoiar a ditadura militar.

Ap�s a morte de Pl�nio Corr�a de Oliveira, a TFP se dividiu em duas correntes, uma ligada a um grupo de fundadores da TFP que eventualmente formaram o Instituto Plinio Corr�a de Oliveira e outra liderada por Jo�o S. Cl� Dias, que ficou com o nome, as propriedades, o bras�o e os direitos da associa��o no Brasil.

Logo em seguida, Cl� Dias come�ou a organizar os Arautos do Evangelho, que foram oficializados em 2001.

Aos poucos, a institui��o cresceu e se espalhou por mais de 70 pa�ses. Seu l�der criou outras entidades associadas, como a Associa��o Cultural Nossa Senhora de F�tima, a Associa��o Cat�lica Rainha das Virgens e a Sociedade Clerical Virgo Flos Carmeli.

Em 2009, o papa Bento 16 concedeu a aprova��o pontif�cia aos Arautos e deu o t�tulo de "monsenhor" ao fundador.


Bolsonaro em frente a coral dos Arautos do Evangelho
Arautos do Evangelho apresentaram cantata de Natal para o presidente Jair Bolsonaro em dezembro (foto: Reuters)

Defensor de valores conservadores, o grupo se posiciona contra o que chamam de "revolu��o" (o avan�o de ideias progressistas) dentro da Igreja.

Apesar dos Arautos terem abandonado muitos s�mbolos e pr�ticas da TFP, Pl�nio Corr�a continuou a ser um nome reverenciado na institui��o.

Fotos e informa��es sobre Pl�nio e sua m�e est�o presentes no material did�tico das escolas do grupo e at� nas escrivaninhas e paredes dos aposentos dos estudantes.

Considerado "var�o cat�lico" pelo grupo, Pl�nio ganhou uma biografia em cinco volumes publicada pela editora da entidade, O Dom de Sabedoria na Mente, Vida e Obra de Pl�nio Corr�a de Oliveira, escrita por Jo�o Cl� Dias.

Na d�cada de 2010, durante o pontificado do papa Francisco, a rela��o Arautos do Evangelho com a Santa S� sofreu desgastes at� se transformar em um conflito p�blico.


Plínio Correa de Oliveira beija o estandarte da TFP nas mãos de João S. Clá Dias
Entidade � herdeira da TFP; na foto, Pl�nio Correa de Oliveira beija o estandarte da TFP nas m�os de Jo�o S. Cl� Dias (foto: Reprodu��o)

Interven��o da Santa S�

Motivada por den�ncias e reclama��es de fi�is cat�licos, o Vaticano iniciou em 2017 uma investiga��o sobre as pr�ticas da ordem, incluindo a an�lise de den�ncias de "defici�ncias no estilo de governo, na vida dos membros do Conselho, na pastoral vocacional, na forma��o de novas voca��es, na administra��o", em palavras da pr�pria Santa S�.

As den�ncias feitas pelos fi�is inclu�am relatos de ass�dio sexual, abuso psicol�gico, aliena��o de membros de suas fam�lias, humilha��es, pr�ticas de exorcismos irregulares, recebimento de doa��es sem autoriza��o e culto � personalidade dos fundadores.

A investiga��o come�ou pouco depois do vazamento de dois v�deos de supostos exorcismos feitos pelos arautos com pr�ticas heterodoxas, n�o aprovadas pela Igreja.

Em um deles um homem dizia que o papa Francisco era um emiss�rio do dem�nio e profetizava sua morte. "Ele vai escorregar e vai cair. Vai bater a cabe�a. Mas ainda falta um pouco. Vai ser no Vaticano. E vir� outro papa. E ser� bom", dizia o homem, observado por membros dos Arautos, incluindo Jo�o S. Cl� Dias, que riem das palavras.

No outro v�deo, uma jovem gritava e era agredida com tapas enquanto passava por um suposto exorcismo.

Os Arautos conseguiram na Justi�a tirar os v�deos de circula��o alegando desrespeito �s leis de direito autoral. A entidade afirmou na �poca que os v�deos eram confidenciais, que foram divulgados por um "antigo desafeto" e que foram tirados de contexto como parte de uma "campanha de difama��o".

O grupo tamb�m afirmou que costuma ser procurado por fi�is para lidar com situa��es que supostamente s�o causadas por esp�ritos malignos e que n�o negam assist�ncia.

"No caso espec�fico da luta contra o dem�nio, � perfeitamente compreens�vel que os sacerdotes arautos ajam com naturalidade frente a relatos que causariam espanto a muitas pessoas leigas, pois est�o mais familiarizados com esse tipo de situa��o", disse a entidade em um comunicado.

Procurados pela BBC News Brasil, os Arautos disseram que "nenhuma pessoa criticou o papa naquela reuni�o".

"Em momento algum, mons. Jo�o Cl� ou qualquer outro participante da reuni�o concordou com cr�ticas feitas pela suposta entidade demon�aca, nem tampouco proferiu qualquer cr�tica ao papa, ao qual se deve submiss�o e venera��o", diz a entidade, acrescentando que "a liberdade religiosa para acreditar na exist�ncia de fen�menos espirituais � garantida pela Constitui��o Federal."


O cardeal Raymundo Damasceno Assis
O cardeal Raymundo Damasceno Assis foi indicado como comiss�rio papal para intervir nos Arautos do Evangelho (foto: Divulga��o/Vaticano)

Ap�s o Vaticano iniciar a investiga��o, Jo�o Cl� Dias renunciou ao comando oficial do grupo, mas continuou sendo um nome importante na organiza��o.

Em 2019, o avan�o das investiga��es levou a Santa S� a nomear o cardeal Raymundo Damasceno Assis, ex-lider da CNBB (Confedera��o Nacional dos Bispos do Brasil), como interventor para "guiar" os Arautos do Evangelho.

O Vaticano destacou que a decis�o "n�o deve ser vista como uma puni��o", mas como uma iniciativa que visa "o bem da institui��o" e a corre��o de problemas existentes.

A resposta inicial da institui��o foi de n�o aceita��o da interven��o, dizendo que o documento continha erros como a defini��o da associa��o como p�blica, sendo que ela � privada.

"N�s lhes reverenciamos como bispos da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, e como tais ambos s�o objeto de nossa considera��o, mas devemos declarar que n�o reconhecemos Vossa Emin�ncia enquanto 'comiss�rio' da Associa��o Privada de Fi�is Arautos do Evangelho, da qual eu sou o presidente legitimamente eleito", disse o ent�o presidente do grupo, Felipe Eug�nio Lecaros Concha, em um comunicado.

Ap�s a contesta��o dos Arautos, o Vaticano emitiu um novo documento corrigindo a descri��o da entidade como associa��o privada e reiterando que a nomea��o do interventor foi aprovada diretamente pelo papa.

Procurados pela BBC News Brasil, os Arautos do Evangelho disseram que o Vaticano "retificou o decreto" a seu pedido e que "nunca houve recusa dos Arautos ao Cardeal Raymundo Damasceno, um dos mais destacados eclesi�sticos brasileiros".


Imagem aérea da basica dos arautos, grande igreja em estilo gótico
A bas�lica dos Arautos do Evangelho, em Embu das Artes (SP), foi constru�da em estilo g�tico (foto: Webysther Nunes/Creative Commons)

Preven��o de abusos

Em meados de 2021, o Vaticano ordenou o retorno de todos menores de idade das escolas administradas pelos Arautos para suas fam�lias. Segundo o documento de uma das congrega��es da Santa S�, nesses locais se pratica um "tipo de disciplina excessivamente r�gida".

Em uma decis�o da Congrega��o para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apost�lica de junho, a Igreja tomou a decis�o de que todos os "menores de idade que residam em casas, escolas" ou nas sociedades de vida apost�lica da institui��o deveriam ser "devolvidos �s suas fam�lias".

A decis�o foi mantida em sigilo at� setembro, quando foi revelada pelo jornal italiano de not�cias cat�licas Adista.

A ordem tem o objetivo de proteger os jovens de "qualquer situa��o que possa favorecer poss�veis abusos de consci�ncia e subjuga��o de menores", segundo o documento assinado pelo cardeal brasileiro Jo�o Braz de Aviz, prefeito da congrega��o.

Liderado por Braz de Aviz, o bra�o da Santa S� tem promovido uma grande reforma em institui��es de fi�is consagrados.

De acordo com o documento, a decis�o em rela��o aos Arautos foi tomada "� luz das informa��es recebidas pela S� Apost�lica, tendo em conta as numerosas comunica��es enviadas pelos pais das crian�as e jovens inseridos na �rbita da Associa��o Arautos do Evangelho, e que reclamam que as fam�lias s�o, na maioria das vezes, exclu�das da vida dos seus filhos e que o contato com os pais n�o � suficientemente garantido".

Os Arautos entraram com um recurso contra o decreto - que consideraram uma "aberra��o jur�dica eclesi�stica" - no �mbito can�nico.

A entidade disse, na �poca, que nenhuma autoridade eclesi�stica poderia interferir em institui��es privadas de ensino - o que caberia apenas �s Secretarias de Educa��o. Afirmou tamb�m que a decis�o de onde manter as crian�as caberia somente aos pais.

� BBC News Brasil, os Arautos disseram que "n�o administram, nem nunca administraram nenhum estabelecimento de ensino no Brasil". Tecnicamente as escolas s�o administradas por uma associa��o privada com outro CNPJ, chamada Instituto Educacional Arautos do Evangelho.

Os Arautos afirmaram tamb�m que "toda escola ou qualquer outra organiza��o est� sujeita a reclama��es" e que "as escolas privadas inspiradas no carisma dos Arautos as recebem e as analisam sempre, com total liberdade de consci�ncia, buscando melhorar seus servi�os".

"A Associa��o de M�es e Pais de Alunos dos Arautos do Evangelho entregou ao cardeal Raymundo Damasceno Assis, em outubro deste ano de 2021, um abaixo-assinado de TODOS os pais cujos filhos atualmente estudam nestas escolas, apoiando as atividades, m�todos pedag�gicos e o resultado educacional obtido", diz a entidade em nota.


Cruz vermelha e branca sobre fundo marrom
A t�nica usada pelo grupo tem uma cruz que remete a cavaleiros medievais (foto: Getty Images)

'Culto � personalidade'

Em um depoimento enviado ao Vaticano e publicado pela revista Veja em 2019, um ex-membro dos Arautos conta que o grupo tem um "apego excessivo" �s figuras de Jo�o Cl� Dias e Pl�nio Corr�a de Oliveira, a ponto de itens tocados pelo monsenhor, como copos e guardanapos, se tornarem "rel�quias" cobi�adas pelos membros.

O depoimento diz ainda que os jovens recrutados s�o incentivados a se afastar de suas fam�lias e amigos.

Um ex-membro dos Arautos, que chegou a viver com a comunidade no interior de S�o Paulo, disse � BBC News Brasil que as pr�ticas relatadas no depoimento de fato acontecem.

"O culto � personalidade do monsenhor Jo�o Cl� Dias � uma coisa t�o forte que chega a ser uma heresia", diz ele, que pede para n�o ser identificado.

Hoje adulto, ele diz que foi "recrutado" pelo grupo quando ainda era menor de idade e que no in�cio "se encantou" com as roupas, os rituais e as atividades musicais promovidas.

"No come�o tudo era muito atraente. S� depois comecei a perceber que as coisas que aconteciam n�o eram normais e n�o eram aprovadas pela Igreja", diz ele, que continua sendo cat�lico.

A pr�tica de um suposto culto �s figuras de Pl�nio e Jo�o Cl� Dias tamb�m foi descrita pelo pesquisador italiano Massimo Introvigne, que estudou as ramifica��es da TFP no Brasil.

"H� muitas evid�ncias que, dentro do movimento dos Arautos do Evangelho h� uma esp�cie de seita secreta que cultua uma trindade composta por Pl�nio Corr�a de Oliveira, sua m�e, Dona Luc�lia, e pelo monsenhor Cl� Dias", escreveu o soci�logo no artigo acad�mico Tradi��o Fam�lia e Propriedade e os Arautos do Evangelho, publicado em 2016.

Procurada pela BBC News Brasil, a entidade afirmou que "nenhum pai de aluno registrou qualquer reclama��o" sobre venera��o excessiva. "Contudo, se houver opini�o diversa, isto � sempre bem recebido, tendo em vista o aprimoramento individual e institucional";.

"Quanto a ex-membros e outros, n�o temos como subsidiar o porqu� de tais acusa��es, pois estas s�o inver�dicas", disse a entidade em nota.

"Mons. Jo�o Cl� � respeitado e querido por ser o fundador dos Arautos. Dr. Plinio Corr�a de Oliveira � para os Arautos um exemplo de leigo cat�lico. Cabe exclusivamente � Igreja determinar sua beatifica��o ou canoniza��o", diz a entidade. "Respeito e venera��o nunca foram proibidos na Igreja."

Em outros momentos, a ordem negou den�ncias de abuso, disse que jamais exerceu pr�ticas desaprovadas pelo Vaticano e que tem sido v�tima de uma campanha de difama��o e persegui��o religiosa.

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