
A Associa��o Brasileira de Cruzeiros Mar�timos (CLIA) afirma que o setor recebeu com surpresa a recomenda��o da Anvisa de suspens�o provis�ria, “tendo em vista que os menos de 400 casos positivos identificados a bordo representam cerca de 0,3%, ou seja, uma pequena minoria dos 130 mil passageiros e tripulantes embarcados desde o in�cio da atual temporada, em novembro.”
Em nota, a entidade ressalta que os casos identificados s�o, “em sua grande maioria assintom�ticos ou com sintomas leves”, e que os passageiros “foram identificados, isolados e desembarcados, conforme o protocolo vigente, assim como seus contatos pr�ximos, representando pouca ou nenhuma carga para os recursos m�dicos de bordo ou em terra.”
A associa��o lembra, ainda, que os protocolos da ind�stria de cruzeiros foram desenvolvidos e aprovados em parceria com a Anvisa e outros �rg�os governamentais para minimizar a possibilidade de infec��es, priorizando a sa�de e seguran�a dos h�spedes, tripulantes e das comunidades visitadas.
“Levando em conta que nenhum ambiente est� imune a COVID-19, vale destacar que os navios, no momento em que vivemos, oferecem um dos maiores n�veis de prote��o, destacando-se como uma das mais seguras op��es de f�rias, devido ao seu ambiente muito mais controlado, em rela��o a outros tipos de viagem ou meios de transporte, com destaque para o fato de que se trata de uma temporada 100% nacional, com h�spedes brasileiros, os mesmos que poderiam entrar nessas cidades por via terrestre ou a�rea”, diz um trecho da nota.
Segundo a entidade, embora discorde da recomenda��o feita pela Anvisa, “que se contrap�e ao que est� ocorrendo em regi�es como os Estados Unidos, Europa e Caribe, com opera��es de mais de 250 navios e 5 milh�es de h�spedes embarcados, refor�amos o nosso compromisso em continuar colaborando e trabalhando ao lado da Anvisa, do Minist�rio da Sa�de e das autoridades dos estados e cidades que recebem cruzeiros para promover a sa�de e a seguran�a de todos.”
A temporada atual, que come�ou em novembro de 2021, tem previs�o de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilh�o, al�m da gera��o de 24 mil empregos em diversos setores da economia, entre eles com�rcio, alimenta��o, transportes, hospedagem, servi�os tur�sticos, agenciamento, receptivos e combust�veis.
Situa��o dos navios
Os navios MSC Splendida, atracado no Porto de Santos, em S�o Paulo, e o Costa Diadema, atracado em Salvador, interromperam as atividades na sexta-feira (31/12), devido a surtos de COVID a bordo.
Em nota divulgada neste domingo (2/1), a Anvisa informou que, no caso do MSC Splendida, a empresa respons�vel foi notificada em 1º de janeiro sobre o impedimento de embarque previsto para aquele dia. Pediu tamb�m que os viajantes fossem notificados sobre a impossibilidade de embarque.
Segundo a ag�ncia, a opera��o na embarca��o est� interrompida “para investiga��o epidemiol�gica”, n�o havendo, portanto, passageiros a bordo. “O cen�rio epidemiol�gico foi alterado para n�vel 4 neste domingo (2/1), o que implica em quarentena para a embarca��o”, complementou.
J� a opera��o da embarca��o Costa Diadema foi interrompida em 30 de dezembro. A ag�ncia determinou que o navio seguisse para seu destino final, o porto de Santos, em S�o Paulo, para desembarque.
No porto de Salvador, “somente passageiros com teste positivo ou residentes locais puderam desembarcar”, informou a Anvisa. O navio est� no n�vel 4 do cen�rio epidemiol�gico, o que impede sua opera��o.
MSC Preziosa
Atracado desde a manh� de domingo (2/1) no Porto do Rio de Janeiro, o navio iniciou o desembarque de passageiros ap�s avalia��o das autoridades de sa�de. A embarca��o est� no n�vel 3 do cen�rio epidemiol�gico.
De acordo com a avalia��o, novos embarques foram autorizados no domingo, mas uma eventual “mudan�a do cen�rio epidemiol�gico” pode impedir novos embarques e levar ao encerramento do cruzeiro, de acordo com a ag�ncia.
Costa Fascinosa e MSC Seaside
Os navios Costa Fascinosa e MSC Seaside est�o operando e foram classificados no n�vel 3 do cen�rio epidemiol�gico. Caso a situa��o mude, as autoridades poder�o impedir novos embarques e fazer o encerramento do cruzeiro.
Em nota, a Anvisa informou que continua supervisionando as embarca��es que operam na costa brasileira e j� intensificou as a��es de investiga��o epidemiol�gica e sanit�ria para controlar a transmiss�o da COVID-19 a bordo das embarca��es e a dissemina��o da doen�a.
(Com informa��es da Ag�ncia Brasil)
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Jociane Morais