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Estado de Minas DRAMA

Moradores de pr�dio que desabou tem pasado soterrado e futuro incerto

Sem documenta��o nem perspectiva, eles aguardam o fim da interdi��o para salvar documentos e outros objetos pessoais


08/01/2022 08:54

Equipes dos Bombeiros, da Defesa Civil e engenheiros da UnB e do Crea avaliam o risco de desabamentos dos prédios vizinhos
Equipes dos Bombeiros, da Defesa Civil e engenheiros da UnB e do Crea avaliam o risco de desabamentos dos pr�dios vizinhos (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)


Jos� Nogueira, 57 anos, acordou ontem pensando nos �lbuns de fotos, certid�es, at� contas de luz, �gua e aluguel que pagou. O esfor�o do aut�nomo n�o adiantou muito, pois, agora, tudo, at� documentos pessoais, est� soterrado. Ele morava com a esposa no pr�dio da �rea Especial 20, de Taguatinga Sul, que desabou parcialmente e est� interditado at�, pelo menos, segunda-feira (10/1).

"Est� tudo l�. O dinheiro que a gente batalhou para conseguir. Estamos sem documento nenhum", lamenta. Assim como outras fam�lias, a de Jos� est� dormindo em um hotel, no Pist�o Sul, com estadia custeada pelo propriet�rio do pr�dio. Por�m a ang�stia n�o passa. "Ter um quarto de hotel � bom, porque n�o estamos dormindo nas ruas com as crian�as. Mas n�o temos almo�o nem janta e estamos sem dinheiro. Vamos comer onde, sem dinheiro?", questiona.

O aut�nomo n�o tem parentes no Distrito Federal e precisa cuidar da esposa e dos dois filhos e dos netos. "Deixamos celulares. Roupas. Tudo l� dentro. S� tivemos tempo de perceber que algo estava errado por causa da presen�a dos bombeiros e sair do local", lembra. Os propriet�rios da constru��o informaram, por meio de nota, que v�o providenciar a contrata��o de uma empresa especializada para retirar os pertences dos moradores do pr�dio. Por�m s� depois das 72h de interdi��o imposta pelos �rg�o de seguran�a. At� l�, pelo menos, as pessoas ficam no hotel.

A situa��o prec�ria da estrutura fez com que dois pr�dios vizinhos fossem interditados tamb�m. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, com o apoio de engenheiros da Universidade de Bras�lia (UnB) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do DF (Crea-DF), v�o, at� segunda-feira, observar e mapear os tr�s pr�dios para ter certeza de que n�o h� mais riscos de queda imediata. S� ent�o estar� autorizada a entrada nos locais para resgatarem pertences.

Ontem, foi instalado no local o Posto de Comando do Incidente dos Bombeiros, no qual 16 militares permanecem em revezamento. Treze animais de estima��o morreram na trag�dia. Um cachorro foi retirado com vida dos escombros, e outro c�o conseguiu sair da estrutura sozinho. Moradores relatam que existem mais pets desaparecidos.

Na nota divulgada pelos respons�veis pelo pr�dio, eles disseram que foi a primeira vez que moradores teriam ouvido estalos na estrutura e que os propriet�rios est�o prestando todas as informa��es para os �rg�os competentes, "dando a devida transpar�ncia � investiga��o, bem como mantendo di�logo constante com os moradores e os lojistas instalados na edifica��o". Ap�s o prazo de 72 horas, uma empresa especializada vai retirar os pertences das pessoas que viviam no local, mas isso depende da autoriza��o da Defesa Civil.

Segundo o texto, o edif�cio, desde a funda��o, passa por manuten��es peri�dicas. "Lamentamos profundamente o ocorrido, pedimos desculpas �s fam�lias, aos lojistas e aos moradores dos empreendimentos vizinhos, e os propriet�rios do empreendimento colocam-se � disposi��o", completa a nota.


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