Natalin Nara Garcia Maia, de 22 anos, foi encontrada morta neste domingo (6/2), em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O marido de Natalin, o militar da Aeron�utica Tamerson Ribeiro Lima de Souza, de 31 anos, confessou ter matado a esposa e que se passou por ela em troca com amigas da v�tima.
De acordo com as investiga��es, o militar ainda vendeu o celular da v�tima ap�s o crime por R$ 3 mil. Tamerson foi preso na tarde deste segunda-feira (7/2), pelo Grupo de Opera��es e Investiga��es (Goi) da Pol�cia Civil.
Em depoimento, o suspeito admitiu ter trocado mensagens com o objetivo de tranquilizar as amigas da v�tima e evitar que elas registrassem um boletim de ocorr�ncia por desaparecimento de Natalin.
Na ter�a-feira (8/2), a Justi�a converteu a pris�o preventiva em flagrante do militar, que dever� responder por homic�dio e oculta��o de cad�ver.
Tamerson disse que a esposa tinha chegado embriagada por volta das 2 horas da manh� e os dois tiveram uma discuss�o. O militar deu um golpe de mata-le�o nela, que caiu desacordada no ch�o, ele alega ter tentado reanimar a v�tima, mas percebeu que ela estava morta.
Ainda de madrugada, Tamerson enrolou o corpo da v�tima e colocou no porta-malas do carro. Na manh� seguinte, ele levou a filha do casal para a escola e depois abandonou o corpo da esposa em um matagal na BR-060 e voltou para casa.
Na troca de mensagens, o militar escreveu um texto no qual se despediu como se fosse Natalin: "Desculpa ter deixado voc�s preocupados, mas eu precisava fazer isso. H� tempos n�o me reconhecia mais e tinha �dio da pessoa que tinha virado. [...] Preciso de um tempo para tentar voltar a ser o que eu era e tinha orgulho, pois nem o papel de m�e eu estava conseguindo fazer bem e, pelo jeito que as coisas andavam, achei a melhor op��o. [...] Se tudo der certo, vou poder viver bem de novo comigo mesma. Mas pode ficar tranquila que n�o estou desamparada."
Ap�s o corpo de Natalin ser encontrado, a pol�cia foi at� a casa do casal e Tamerson disse que a esposa tinha ido embora, mas, ao ser confrontado, o militar assumiu o crime e foi levado para a Delegacia Especializada de Atendimento � Mulher (Deam).
Em nota, a For�a A�rea Brasileira (FAB) disse lamentar o ocorrido e afirmou estar acompanhando o caso, "bem como colabora com as autoridades policiais".