
A tia de Alexandre dos Santos, Luciana Gomes, 41, falou em entrevista ao Correio 24h que acredita que os jovens tenham sido executados. Os corpos foram achados em uma casa abandonada na entrada da comunidade.
"Entrei l�, tinha po�a de sangue na sala, no quarto e no banheiro. Era muito sangue. Ou seja, cada lugar estava um corpo. Como � que foi troca de tiros? N�o existe isso. Sem falar que os tr�s estavam em um bar quando foram levados a for�a para dentro da casa. Depois, os outros policiais foram at� a casa e come�aram a limpar tudo com �gua corrente", contou.
Silvana dos Santos, 48, m�e do rapaz tamb�m falou sobre o dia em que o filho foi morto. De acordo com ela, os tr�s foram levados ainda com vida. "Eu tentei salvar o meu filho, mas um policial botou a arma na minha cara. Ele ainda estava com vida, pedindo socorro, dizendo que ia morrer. Mas infelizmente n�o consegui impedir que matassem o meu filho. Botaram ele e os outros no porta-malas da viatura e sa�ram", declarou.
A m�e precisou ser amparada por outros moradores enquanto conversava com a imprensa local. "Acordei com a zoada dos tiros. Pegaram o meu filho para matar. Foram v�rios policiais e encapuzados que fizeram isso com os meninos. Esses policiais estudam pra qu�, gente? Pra matar as pessoas? Eles descem aqui atirando. Pra eles pouco importa quem � trabalhador", desabafou em entrevista ao Correio 24h.
Investiga��es
Em entrevista coletiva, os peritos do Departamento de Pol�cia T�cnica (DPT) afirmaram que o trabalho de investiga��o dos fatos ser� dif�cil. "Muita gente entrou na casa, encontramos c�psulas dentro de sacos com os pr�prios moradores. Ou seja, muita coisa foi alterada. Mas coletamos tr�s vest�gios respingos de sangue em tr�s pontos distintos que ser�o analisados", declarou um dos porta-vozes do departamento.
Nesta quarta-feira (2/3), a Comiss�o de Direitos Humanos da OAB-BA divulgou nota dizendo que vai cobrar da Corregedoria da PM e da Secretaria de Seguran�a P�blica uma investiga��o transparente e minuciosa do ocorrido. O texto sugere medidas como o afastamento imediato dos policiais envolvidos nos fatos at� o fim da apura��o e medidas de prote��o �s testemunhas.