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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: entenda como a Deltacron e surto na China podem impactar o Brasil

Especialistas explicam a alta dos casos no mundo e como isso pode refletir no Brasil caso a flexibiliza��o n�o seja feita com cautela


16/03/2022 11:58 - atualizado 16/03/2022 13:19

China
N�meros da COVID-19 voltam a subir na �sia e na Europa (foto: AFP/Reprodu��o )
Nas �ltimas semanas, os n�meros de casos da COVID-19 voltaram a subir em algumas regi�es do planeta. Na �sia e na Europa, o cen�rio da pandemia voltou a preocupar especialistas, que alertam para a import�ncia das medidas de preven��o e a flexibiliza��o com cautela. 

O n�mero de casos positivos na Alemanha, Reino Unido e Fran�a somaram mais de 340 mil, segundo o �ltimo levantamento da na plataforma 'Our World in Data', ligada � Universidade de Oxford, publicado nessa ter�a-feira (15/3).

Na China, o avan�o da doen�a motivou a decis�o do governo em decretar, ontem, o confinamento obrigat�rio para 30 milh�es de pessoas.

O Estado de Minas escutou dois especialistas em infectologia, que explicam os poss�veis impactos do avan�o do v�rus na China e na Europa, assim como a nova cepa Deltacron. Para ambos, uma nova onda no pa�s � algo ainda dif�cil de se prever. 

Deltacron: a nova variante mista da COVID-19

Dois casos da nova cepa, Deltacron, foram registrados no Brasil: um no Par� e um no Amap�. A informa��o foi confirmada pelo ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, ontem. At� o momento, no entanto, nada indica que a variante possa causar impactos significativos no cen�rio da pandemia no pa�s. 

“Essa nova variante, uma mistura da �micron com a Delta, tem uma preval�ncia muito pequena e isso sugere que ela n�o � muito transmiss�vel. O fato de ter poucos casos identificados no mundo � que d� pra falarmos isso”, explica Geraldo Cunha, professor titular da faculdade de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e m�dico infectologista. 

No geral, segundo o especialista, acredita-se que ela � uma variante que n�o tem produzido formas graves da doen�a.

At� o momento, foram registrados 47 casos da cepa em todo o mundo, 36 deles s� na Fran�a.

“Isso � uma quest�o que nos deixa um pouco mais tranquilos. Ela parece n�o apresentar grande risco nos rumos atuais da pandemia”, completa. 

Para Estev�o Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e membro do Comit� de Combate a COVID-19 em Belo Horizonte, a chegada da Deltacron ao Brasil e o surto na China tampouco indicam uma poss�vel nova onda ainda.

“O Brasil est� com um cen�rio um pouco diferente porque ele tem um pouco mais de vacinados e adoecidos que a China”, analisa. 

Para Urbano, ainda � cedo para qualquer tipo de afirma��o. “O que pode nos preocupar neste momento � se eventualmente esta nova variante possa suplementar a imunidade gerada por esse grande n�mero de infec��es que se confirmaram no in�cio do ano no Brasil”, aponta.

“Ainda precisamos pesquisar e entender a tend�ncia do espalhamento dessa cepa”. 

Medidas de restri��o 

Ambos os especialistas acreditam que alguns estados est�o se precipitando quanto � flexibiliza��o completa do uso da m�scara, acess�rio essencial na preven��o do cont�gio.

“Temos munic�pios completamente desnorteados, como o Rio de Janeiro, que liberou a m�scara em todos os lugares. Isso � muito prematuro e muito arriscado”, defende Cunha. 

Para Urbano, a libera��o das m�scaras em locais abertos � seguro, mas ainda n�o � o momento de relaxar as medidas em locais fechados.

"O mais importante agora � liberar, se for o caso, somente em locais abertos. Todo o restante ainda � precipitado". 

Em Belo Horizonte, o uso do acess�rio em locais abertos j� � permitido desde o �ltimo dia 4. Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), governador do estado, anunciou neste s�bado (12/3) que o uso da m�scara em locais abertos n�o � mais obrigat�rio. 

"O mais importante agora � liberar, se for o caso, somente em locais abertos. Todo o restante ainda � precipitado"

Estev�o Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e membro do Comit� de Combate a COVID-19 em Belo Horizonte



Europa: quais pa�ses registraram aumento no n�mero de casos? 

O Reino Unido fechou o m�s de fevereiro com uma m�dia de 46 mil novos casos por dia. Nesta ter�a-feira (15/3), a m�dia superou os 103 mil. Na Inglaterra, somente nas �ltimas duas semanas, 623 mil pessoas testaram positivo para a COVID-19. 

Na Fran�a, com mais de 800 mil novos casos desde o in�cio do m�s, os n�meros tamb�m indicam estado de alerta. Al�m disso, �ustria, Holanda, Gr�cia, Su��a e It�lia registraram aumento no n�mero de casos desde o fim de fevereiro. 

Na Alemanha, o cen�rio � ainda mais preocupante. Em 15 dias, o pa�s registrou mais de 2 milh�es de novos casos. No �ltimo dia 28, a m�dia foi de 158 mil diariamente. Ontem, a m�dia de positivos para a doen�a chegou a 200 mil. 

“Na Europa, e no mundo em geral, as pessoas que n�o se vacinam est�o sujeitas a ter formas graves da doen�a. O que a gente tem observado, onde voc� tem parcela da popula��o em que o n�mero de n�o vacinados � muito grande se torna recorrente estes repiques da doen�a”, justifica Cunha, ao analisar o cen�rio da pandemia no continente europeu.

“Esse n�mero de casos tende a aumentar episodicamente, inclusive com casos graves, hospitaliza��es e mortes”. 

Quanto ao n�mero de interna��es, o Reino Unido registrou 12 mil no �ltimo levantamento publicado pela 'Our World in Data', no dia 6 deste m�s. Cerca de 2 mil casos a mais em compara��o ao final de fevereiro. 

A Su��a, com 1.600 pessoas internadas, e a Irlanda, com 662, tamb�m tiveram alta no n�mero de hospitaliza��es. J� na Fran�a e na Alemanha, apesar do aumento de casos positivos, o n�mero de interna��es caiu desde o �ltimo dia 28.

"Na Europa e no mundo em geral, as pessoas que n�o se vacinam est�o sujeitas a ter formas graves da doen�a"

Geraldo Cunha, professor titular da faculdade de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e m�dico infectologista



�sia: alta nos n�meros preocupa governos 

Na �sia, os n�meros preocupam governantes, que t�m tomado medidas severas para conter o avan�o do v�rus e impedir nova onda. 

Hong Kong registrou uma m�dia de 21 mil novos casos por dia, um aumento de 28% em rela��o ao come�o de mar�o. 

Na China, 328 mil casos, no total, foram registrados entre 28 de fevereiro e 6 de mar�o, um recorde para o pa�s. O n�mero, no entanto, ainda � menor do que a maioria dos pa�ses.

O surto fez com o que o governo chin�s colocasse em confinamento cerca de 30 milh�es de pessoas, em 13 prov�ncias diferentes. A testagem em massa da popula��o tamb�m foi usada como estrat�gia. 





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