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Estado de Minas MARQU�S DE SAPUCA�

Carnaval do Rio volta com emo��o e homenagens p�stumas; veja como foi

Primeiro dia de desfiles do Grupo Especial teve a for�a da Mangueira, o brilho da Imperatriz e a pulsa��o da Beija-Flor


23/04/2022 07:34 - atualizado 23/04/2022 15:11

Comissão de frente da Mangueira se apresenta na Sapucaí
Comiss�o de frente da Mangueira encheu os olhos do p�blico na avenida (foto: Mauro PIMENTEL / AFP))
Rio de Janeiro - O carnaval do recome�o, no Rio de Janeiro (RJ) deu o pontap� inicial entre a noite de ontem e a madrugada deste s�bado (23/4) lembrando de quem se foi. Seis escolas de samba passaram pela Marqu�s de Sapuca� e, durante as apresenta��es, houve diversas homenagens a �dolos da cultura nacional.

 

A Esta��o Primeira de Mangueira, por exemplo, apostou em um tributo ao cantor Jamel�o, ao compositor Cartola e ao mestre-sala Delegado. Na S�o Clemente, a emo��o tomou conta de muitos componentes, que desfilaram em mem�ria do ator Paulo Gustavo, v�tima da COVID-19.


A noite s� terminou ao raiar do dia, com um arrast�o do p�blico que resolveu seguir a Beija-Flor de Nil�polis, �ltima a desfilar. A Viradouro, com um enredo que remeteu implicitamente ao fim de restri��es como o uso de m�scaras, deixou mensagem de esperan�a.



Na capital carioca, a utiliza��o das prote��es faciais em espa�os abertos est� dispensada desde o in�cio de mar�o. Nas ruas que circundam a Sapuca�, nas arquibancadas e nos bastidores, foi dif�cil ver algu�m com rosto coberto.

Os sorrisos, al�m de aliviados, davam mostras de resist�ncia - palavra que guiou o desfile do Salgueiro sobre �cones da cultura negra.

Para um dos cantores oficiais da escola, Emerson Dias, o termo resist�ncia vai ao encontro dos dois anos sem carnaval das escolas de samba.

"Foram muitas coisas contr�rias a nossa festa e a nossa cultura. Resistimos bastante - profissionais e os apaixonados por carnaval", disse, ao Estado de Minas.

Negritude em destaque


A Mangueira abusou do verde e do rosa para retratar tr�s de seus �dolos. Os rostos de Jamel�o, Delegado e Cartola apareceram em v�rios pontos da apresenta��o - o compositor, inclusive, apareceu em fotos ao lado de Zica, seu grande amor.

Integrantes da comiss�o de frente utilizaram moldes dos rostos dos homenageados. Os bailarinos levantaram o p�blico durante trocas de roupas em pouqu�ssimos segundos.

Na Beija-Flor, a intelectualidade negra foi exaltada a todo tempo. Livros dos escritores Milton Santos e Carolina de Jesus - "Por Uma Outra Globaliza��o" e Quarto de Despejo", respectivamente - foram expostos em um dos carros. Uma ala trouxe, ainda, rostos de atores como Mussum, L�zaro Ramos e Grande Otelo.

O carro de som, comandado, por Neguinho da Beija-Flor deu um show. Antes da sirene tocar, ele cantou sambas famosos da escola.

"S�o 46 carnavais [completados] neste ano. N�o fosse a pandemia, seriam 47", lamentou o int�rprete.

Campe� tem carta'; S�o Clemente � Paulo Gustavo

Se houve uma escola a incorporar, de fato, a tese de que esta � a folia do recome�o foi a Viradouro, vencedora do concurso em 2020. O enredo foi sobre o carnaval de 1919, o primeiro ap�s o surto de Gripe Espanhola. No fim do desfile, bailarinos levantavam pe�as de um quebra-cabe�a que formava a letra do samba da escola.

O movimento levou as arquibancadas ao del�rio, porque a can��o, escrita como se fosse uma carta, foi cantada por todos os setores da Sapuca�.

Um dos compositores do samba, Felipe Fil�sofo se emocionou. Em desfiles importantes "assim, trago ch� de erva cidreira", contou, atribuindo o ritual � "sabedoria ancestral".

O compositor Felipe Filósofo
Felipe Fil�sofo (esq.) se emocionou ao ouvir composi��o pr�pria embalando desfile (foto: Guilherme Peixoto/EM/D.A Press)


A escola, no entanto, lamentou quando o mestre-sala Julinho perdeu um de seus sapatos - o incidente pode gerar perda de pontos no julgamento.

Na S�o Clemente, houve muitas men��es ao mais famoso personagem de Paulo Gustavo: dona Herm�nia, da trilogia "Minha M�e � Uma Pe�a".

 

A bateria e o time de canto da escola vieram, Inclusive trajados de Herm�nia. "Ele [Paulo Gustavo] foi irrever�ncia, alegria e descontra��o", explicou Maninho, um dos puxadoes clementianos.

Cicatrizes da pandemia


Os dois anos sem desfiles deixaram marcas profundas nas escolas. O presidente do Salgueiro, Andr� Vaz, lembrou os percal�os enfrentados para bancar o carnaval.

"Houve problemas financeiros. Toda escola tem. Mas, gra�as a Deus, temos patrocinadores e parceiros que ajudam a escola. Nossa quadra � a maior fonte de renda do Salgueiro", pontuou.

Impeatriz abre noite sob o brilho de Iza


Na Imperatriz Leopoldinense, que abriu seu desfile com o carisma de Iza, o encerramento foi um tributo a Jo�osinho Trinta, famoso carnavalesco que morreu em 2011. O tema principal foi, justamente, outro artista da folia: Arlindo Rodrigues.

"A escola est� muito feliz e linda. Vamos fazer um desfile memor�vel, para entrar para hist�ria da Imperatriz", celebrou a secret�ria F�tima Vilarinho, que desfilou em uma ala onde os componentes eram ladeados por m�scaras de carnaval.

A cantora Iza sorri e dá tchau para a câmera na Sapucaí
Iza foi um dos destaques do desfile da Imperatriz (foto: Guilherme Peixoto/EM/D.A Press)


Nas arquibancadas, o p�blico tamb�m celebrou o retorno da festa de momo. O ex-jogador Roberto Dinamite, �dolo do Vasco da Gama, fez quest�o de bater ponto na Sapuca�.

"Falo que o carnaval � muito parecido com o futebol. A concentra��o para entrar na avenida d� a mesma sensa��o de quando voc� entra em campo", comparou.


Hoje, na segunda e �ltima noite da primeira divis�o, desfilam Para�so do Tuiuti, Portela, Mocidade Independente de Padre Miguel,Unidosda Tijuca, Grande Rio e Unidos de Vila Isabel.


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