
Antes de explicar o que ocorreu no dia 9 de mar�o, Sandra Fernandes agradeceu sua fam�lia, amigos e profissionais que a trataram durante a interna��o. Ela e Givaldo, que se encontrava em situa��o de rua, foram encontrados pelo marido de Sandra mantendo rela��es sexuais dentro de um carro estacionado em uma rua de Planaltina.
"Hoje eu busco na Justi�a os meus direitos, pois nunca faltei com respeito com ningu�m. Eu n�o merecia ter sido tratada como uma qualquer e principalmente, ter sido usada como objeto de prazer durante del�rios e alucina��es que confundiram minha mente e me colocaram num contexto nojento e s�rdido", comenta Sandra.
Fora do ve�culo, Givaldo foi agredido pelo personal trainer Eduardo Alves at� cair desacordado no ch�o. O caso tomou conta do notici�rio nos dias seguintes com a divulga��o das imagens de uma c�mera de seguran�a pr�ximo ao local que flagrou as cenas. O agora ex-morador de rua foi encaminhado a um hospital e ganhou status de subcelebridade ap�s o caso.
Depois de ter sido atendido e liberado do hospital e ser informado da propor��o que o caso tomou, Givaldo afirmou que estava pr�ximo ao terminal rodovi�rio de Planaltina, quando foi abordado por Sandra dizendo que queria 'namorar' com ele. Ao informar que era morador de rua, ele conta que ela teria respondido n�o ter problemas.

"Fui v�tima de chacotas, humilha��es em rede social. Fui tachada como uma mulher qualquer, uma mulher prom�scua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior. Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu n�o escolhi ter um surto, eu n�o escolhi ter sido humilhada, eu n�o escolhi ter minha vida exposta e devastada", aponta.
Confira o texto na �ntegra:
"Ol� me chamo Sandra Mara Fernandes, sou m�e de Anna Laura e esposa do Eduardo Alves. Venho atrav�s dessa postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu n�o tinha condi��es.
Passei por dias muito dif�ceis, nunca me imaginei naquela situa��o. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ci�ncia de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidado por m�dicos, psic�logos e assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.
Fui v�tima de chacotas, humilha��es em rede social. Fui tachada como uma mulher qualquer, uma mulher promiscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior.
Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu n�o escolhi ter um surto, eu n�o escolhi ter sido humilhada, eu n�o escolhi ter minha vida exposta e devastada"
Ent�o na condi��o onde estive eu sei que tinha leg�timo direito de ser defendida. Agrade�o ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condi��es normais eu jamais teria permitido passar por aquilo. Agrade�o tamb�m ao meu pai, minha madrasta, meus irm�os e amigos, que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a Anna Laura. Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu j� n�o tinha dom�nio da minha pr�pria vida.
Hoje eu busco na Justi�a os meus direitos, pois nunca faltei com respeito com ningu�m, e eu n�o merecia ter sido tratada como uma qualquer e principalmente, ter sido usada como OBJETO de prazer durante del�rios e alucina��es que confundiram minha mente e me colocaram num contexto nojento e s�rdido. Sigo Batalhando, um dia de cada vez para retornar a minha exist�ncia e vou conseguir porque Deus � maior e infinitamente bom."
