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Estado de Minas CRIME NA AMAZ�NIA

Vale do Javari: local de morte de Bruno e Dom tem hist�rico de viol�ncia

Desde 2018, base da Funai que fica na regi�o sofreu pelo menos oito ataques. Em 2019, outro colaborador do �rg�o p�blico foi assassinado


16/06/2022 18:26 - atualizado 16/06/2022 19:01

Casas no Vale do Javari, no Amazonas
�rea onde Dom e Bruno trabalhavam, Vale do Javari abriga a maior quantidade de povos n�o-contatados do mundo (foto: Joao LAET / AFP)

O desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips fez com que, nos �ltimos dias, os olhos do mundo se voltassem para a criminalidade na Amaz�nia. O desfecho do caso, com a confiss�o de um dos suspeitos e a localiza��o dos restos mortais das v�timas, � mais um cap�tulo do hist�rico de viol�ncia na regi�o do Vale do Javari, no Oeste do Amazonas. 

A regi�o na fronteira com o Peru abriga a maior quantidade de povos n�o contatados do mundo e tem sido alvo de disputas por criminosos que tentam explorar os recursos naturais. A terra ind�gena foi demarcada em 2001 e, desde ent�o, sofre com atividades ilegais. 

Bruno Pereira, que era servidor licenciado da Funda��o Nacional do �ndio (Funai), estava na regi�o exatamente para apoiar a Uni�o dos Povos Ind�genas do Vale do Javari (Univaja) no combate ao crime. L�, ele ajudou a fundar uma equipe de vigil�ncia. Os cerca de 20 ind�genas faziam monitoramento da regi�o e documentavam os achados. Os integrantes desse grupo, agora, colaboraram nas buscas pelos dois.

Desde 2018, as bases da Funai na reserva sofreram com ao menos oito ataques a tiros, segundo a Indigenistas Associados, associa��o de servidores da Funai. Em 2019, a Justi�a determinou que o governo federal desse mais seguran�a para a regi�o. No mesmo ano, um colaborador da Funai morreu assassinado na cidade Tabatinga, pr�xima � terra ind�gena. Maxciel Pereira dos Santos levou dois tiros na nuca, ap�s receber diversas amea�as. At� hoje, a investiga��o n�o foi conclu�da e nenhum suspeito foi indiciado. 
 

No ano passado, a Univaja produziu um relat�rio que foi entregue ao Minist�rio P�blico Federal de Tabatinga, no Amazonas, com relatos do aumento das invas�es de criminosos na regi�o. O jornal O Globo teve acesso ao documento, que, inclusive, traz den�ncia contra Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, que confessou envolvimento com o assassinato de Bruno e Dom. No relato, � falado que ele estava pescando peixe liso e Pirarucu no interior da terra ind�gena pr�ximo � aldeia Korubo. De acordo com o MPF, um procedimento foi instaurado para investigar os relatos. 

Investiga��o 

At� o momento, tr�s suspeitos de envolvimento com o assassinato de Dom e Bruno foram presos. J� tinham sido detidos Amarildo e o irm�o dele, Osney da Costa. Nesta quinta, uma nova pris�o foi feita. O nome dele ainda n�o foi divulgado.

Na noite desta quarta (15/6), o superintendente da Pol�cia Federal do Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, informou que as investiga��es das causas da morte e das circunst�ncias do crime prosseguem. “Novas pris�es devem ocorrer a qualquer hora do dia", frisou.


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