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Estado de Minas MENDIGO DE PLANALTINA

Estimulante sexual 'Pau de mendigo' tem venda e fabrica��o suspensas

Contrato foi assinado dias antes de o EM revelar hist�rico do 'Mendigo de Planaltina'. Anvisa investiga o produto, fabricado por empresa de Valadares


28/06/2022 10:20 - atualizado 28/06/2022 18:54

Givaldo segurando um frasco do estimulante sexual 'pau de mendigo'
O estimulante foi "inspirado" em Givaldo Alves, de 48 anos, que virou celebridade ap�s ser flagrado fazendo sexo com uma mulher, no Distrito Federal (foto: Divulga��o)

Lan�ado h� duas semanas, o estimulante sexual “Pau de mendigo”, que tinha como garoto-propaganda o ex-sem-teto Givaldo Alves, teve a fabrica��o e venda suspensos.

A comercializa��o do produto est� sob investiga��o da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) por n�o possuir registro no �rg�o. A empresa fabricante, a AeG Produtos Naturais LTDA, com sede em Governador Valadares (MG), tamb�m n�o possui autoriza��o de funcionamento.

Em nota, a Anvisa confirmou ao Estado de Minas que o estimulante sexual n�o consta no banco de dados da ag�ncia e que a empresa tamb�m n�o tem autoriza��o para comercializar o produto.

“Foi aberto dossi� de investiga��o pela Ag�ncia para a investiga��o da pr�tica de infra��es sanit�rias, nos termos do Inciso IV, do Art. 10 da Lei 6.437/77, pela venda de medicamento sem registro, por pessoa/empresa sem licen�a ou autoriza��o do �rg�o sanit�rio”, informou a Anvisa.

Em meio � investiga��o, a AeG retirou do site a venda do estimulante sexual, que prometia resultados mirabolantes e duvidosos. Na p�gina, aparece agora um comunicado informando que a empresa desistiu do lan�amento.

"O produto pau de mendigo nem se quer (sic) teve sua produ��o iniciada e nem vendas pelas empresas parceiras, e mesmo se tivessem reafirmamos que o produto pau de mendigo � isento de registro na Anvisa conforme o RDC 18/2020, sendo apenas comunicado a inte��o (sic) de produ��o”, informa trecho da mensagem.

A Anvisa,  no entanto, desmentiu a informa��o. Segundo a ag�ncia, a dispensa de registro n�o se aplica a esse tipo de produto, que deve ser enquadrado no rol de medicamentos. “Verifica-se que o produto faz alega��es terap�uticas (como, por exemplo, efeitos sobre a disfun��o er�til) e, portanto, � obrigat�rio o enquadramento como medicamento conforme Art. 4 da Lei 5.991/1973”, explica o �rg�o.

DA FAMA AO CANCELAMENTO
O estimulante foi “inspirado” em Givaldo Alves, de 48 anos, que virou celebridade ap�s ser flagrado fazendo sexo com uma mulher, no Distrito Federal, em mar�o de 2022. Depois do epis�dio, o ‘mendigo de Planaltina’, como Givaldo ficou conhecido, passou a frequentar boates, onde posava para foto cercado de mulheres, e foi elevado ao posto de �cone sexual pelos milhares de seguidores que ganhou nas redes sociais.

E foi nessa fama de pegador do “mendig�o”, apelido que o pr�prio Givaldo se apresenta para seus seguidores, que a  AeG Produtos Naturais Ltda resolveu apostar.

Em 17 de abril, 33 dias antes de o Estado de Minas revelar que o "Mendigo de Planaltina" tinha sido preso em 2004 por extors�o mediante sequestro, a empresa fechou um contrato de publicidade. O documento garantia direito a uso exclusivo da imagem do influenciador digital para os produtos ‘’Pau de Mendigo’’, ‘’Arte de Sedu��o do Mendigo’’, Super Mendigo Gel e similares. O EM teve acesso ao documento, que detalha a negocia��o. 


O contrato foi registrado em Belo Horizonte, em 19 de abril de 2022. Aparece como contratante empresa fabricante a AeG Produtos Naturais LTDA, representada por tr�s empres�rios de BH.

'ARTE DE SEDU��O DO MENDIGO'


Givaldo recebeu R$ 30 mil para ser o garoto-propaganda da linha de produtos cancelados antes mesmo do lan�amento. NesSe valor estavam inclusos a grava��o de v�deos e fotos publicit�rios, de acordo com a necessidade da contratante. O valor foi dividido em tr�s vezes, respeitando as etapas da concretiza��o do neg�cio.

O cronograma apresentado no documento diz que a primeira parcela, de R$ 10 mil, foi paga na assinatura do contrato. A segunda presta��o, tamb�m de R$ 10 mil, seria paga em 21 de abril, "um dia antes do lan�amento de um dos produtos (Pau de Mendigo)”, como descreve o contrato.

A �ltima seria quitada em 28 de abril, “um dia antes do lan�amento do produto digital (Arte de Sedu��o do Mendigo)”. O acordo ainda definia mais 30% de comiss�o por cada venda gerada nas plataformas digitais de com�rcio.

ATRASO NO LAN�AMENTO  DO 'PAU DE MENDIGO'

Fotos de Givaldo com aparências diferentes
O Estado de Minas teve acesso a dois processos criminais que revelam uma parte da hist�ria de Givaldo que n�o aparece nas entrevistas (foto: Divulga��o/redes sociais)
O cronograma de lan�amento dos produtos atrasou. Em 11 de junho, quando o ‘Pau de mendigo’ foi lan�ado, a fama de Givaldo j� era outra. Em 20 de maio, o EM revelou que o homem tem passagem pela pol�cia de S�o Paulo e chegou a ficar preso por oito anos.

Givaldo foi preso em flagrante em 2004 por participar de um sequestro que teve um beb� amorda�ado. A informa��o ganhou repercuss�o nacional. Ele cumpriu pena em regime fechado at� 2013, quando conseguiu uma revis�o criminal, com redu��o de pena, e foi solto.

GIVALDO: “EU DESISTI”

Em v�deo publicado em seu perfil no Instagram em 26 de maio, Givaldo aparece chorando e diz que sofre persegui��o da “m�dia” e que “desistiu”, sem especificar exatamente se � da carreira de influenciador digital ou do posto de garoto-propaganda do estimulante sexual. “N�o aguentei a press�o, as falsas acusa��es, a difama��o, a cal�nia, a maldade, a perversidade. Nem na rua me sentia t�o perseguido”, disse. 



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