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Estado de Minas ACUSADO DE ESTUPRO

Anestesista precisou ser isolado ap�s ser hostilizado por outros presos

Ele pode responder por mais crimes, al�m de estupro de vulner�vel


13/07/2022 18:38 - atualizado 13/07/2022 18:43

Foto de anestesista acusado de estupro
O m�dico foi preso na madrugada de segunda-feira (11) ap�s a pol�cia ter acesso a um v�deo feito por profissionais da equipe que atuou com ele na cirurgia de uma mulher no domingo passado (foto: Redes Sociais/Reprodu��o)
A delegada B�rbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento � Mulher de S�o Jo�o de Meriti, na Baixada Fluminense, disse que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, pode ser indiciado por outros crimes, al�m do estupro de vulner�vel, pelo qual j� responde.

O m�dico foi preso na madrugada de segunda-feira (11) ap�s a pol�cia ter acesso a um v�deo feito por profissionais da equipe que atuou com ele na cirurgia de uma mulher no domingo passado. As imagens mostram que o anestesista estuprou uma paciente durante cesariana feita no Hospital da Mulher Heloneida Studart, tamb�m em S�o Jo�o de Meriti.

Segundo a delegada, se ficar comprovado que Giovanni Bezerra aplicou tipos e quantidades desnecess�rios de sedativos na paciente, ele poder� responder por viol�ncia obst�trica. No mesmo dia, o m�dico participou de mais dois partos. A v�tima que aparece no v�deo e as outras duas ainda n�o prestaram depoimento porque a delegada aguarda um momento mais adequado para conversar com elas, que ainda se recuperam da cirurgia.
Ontem (12), a delegada ouviu algumas mulheres que tamb�m fizeram cirurgias com a presen�a do anestesista. B�rbara Lomba quer identificar se ele agiu sistematicamente, repetindo o comportamento em outras cesarianas, o que pode caracterizar crime em s�rie. Profissionais das equipes que trabalharam com o anestesista tamb�m prestaram depoimentos e manifestaram estranhamento com o uso dos sedativos.

Desde as 21h de ontem, Giovanni Bezerra est� preso na Cadeia P�blica Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo de Gericin�, para onde s�o levados os custodiados que t�m n�vel superior. Por medida de seguran�a, o anestesista est� isolado em uma cela da Galeria F da unidade. � que, ao chegar, ele foi hostilizado pelos outros presos, que reagiram xingando-o e batendo na grade das celas.

Pris�o

Tamb�m ontem, em audi�ncia de cust�dia, a ju�za Rachel Assad converteu a pris�o em flagrante do anestesista em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Giovanni foi denunciado pelo estupro de uma mulher durante o parto. O processo tramita em segredo de Justi�a para preservar a identidade da v�tima.

Na decis�o, Rachel alertou para a gravidade do ato praticado pelo acusado, que, segundo a magistrada, nem se preocupou com presen�a de outros profissionais que estavam a seu lado, na sala de cirurgia.

“A gravidade da conduta � extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e inten��o do custodiado de satisfazer a lasc�via, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presen�a de toda a equipe m�dica, em meio a um procedimento cir�rgico. Portanto, sequer a presen�a de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante a��o, que contou com a absoluta vulnerabilidade da v�tima, condi��o sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, j� que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, afirmou.

Segundo a magistrada, houve brutalidade e crueldade na a��o do anestesista, que foi divulgada em diversos meios de comunica��o, o que demonstrou o completo desprezo do acusado pela dignidade da mulher, pela �tica m�dica e pelo compromisso profissional que firmara n�o havia muito tempo.

“Em um parto onde a mulher, al�m de anestesiada, dava � luz seu filho – em um dos prov�veis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profiss�o, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento do filho ser� marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que ser� recordado em todos os anivers�rios”, finalizou.

Cremerj

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) suspendeu provisoriamente o registro de Giovanni Quintella Bezerra, ap�s ter acesso �s imagens, que considerou grav�ssimas, do estupro da paciente. Com isso, o anestesista fica impedido de exercer a medicina em todo o pa�s. “A medida � um recurso para proteger a popula��o e garantir a boa pr�tica m�dica”, diz o Cremerj.

Al�m de suspender provisoriamente o exerc�cio da medicina por Giovanni, o conselho instaurou processo �tico-profissional que pode resultar na cassa��o definitiva do registro dele.

O presidente do Cremerj, Clovis Munhoz, ressaltou o compromisso da entidade de dar celeridade �s provid�ncias sobre o caso, no que fosse poss�vel, e disse que a suspens�o provis�ria � uma resposta. “A situa��o � estarrecedora. Em mais de 40 anos de profiss�o, n�o vi nada parecido. E o nosso comprometimento n�o acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e tamb�m vamos agir com a celeridade que o caso exige”, afirmou.


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