
“� importante que as autoridades tamb�m tomem conhecimento da emerg�ncia de sa�de p�blica e de interesse internacional, das recomenda��es e tomem as medidas adequadas”, declarou. Ela tamb�m disse que o surto pode ser interrompido com “estrat�gias certas nos grupos certos”. “Mas o tempo est� passando e todos precisamos nos unir para que isso aconte�a”, acrescentou.
No s�bado (23), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a var�ola dos macacos configura emerg�ncia de sa�de p�blica de interesse internacional. “Temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo, atrav�s de novas formas de transmiss�o, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se encaixa nos crit�rios do Regulamento Sanit�rio Internacional”, declarou.
O Minist�rio da Sa�de destacou, por meio de nota, que a doen�a � prioridade para a pasta, que faz constante monitoramento e analisa a todo momento a situa��o epidemiol�gica para definir orienta��es e a��es de vigil�ncia e resposta � doen�a no pa�s. “Todas as medidas hoje anunciadas pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) j� s�o realizadas pelo Brasil desde o in�cio de julho de forma a realizar uma vigil�ncia oportuna da doen�a”, diz o texto.
O �rg�o ressaltou tamb�m que, antes mesmo da confirma��o de casos no Brasil, foi instalada “uma sala de situa��o para elaborar um plano de a��o com o objetivo de estabelecer estados e munic�pios sobre a melhor forma de atender a popula��o”. Ainda segundo o minist�rio, “testes para diagn�stico est�o dispon�veis para toda a popula��o que se enquadre na defini��o de casos suspeitos para var�ola dos macacos”.
No s�bado (23), a pasta informou que articula com a OMS a aquisi��o da vacina contra a doen�a. Em nota, o Minist�rio da Sa�de disse que as negocia��es est�o sendo feitas de forma global com o fabricante para ampliar o acesso ao imunizante para os pa�ses com casos confirmados.
N�meros
No Brasil, o maior n�mero de casos est� em S�o Paulo, com 595 infec��es confirmadas. No Rio de Janeiro, s�o 109 pessoas com a doen�a, em seguida est�o: Minas Gerais (44), Distrito Federal (13), Paran� (19), Goi�s (16), Bahia (3), Cear� (2), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Esp�rito Santo (2), Pernambuco (3), Mato Grosso do Sul (1) e Santa Catarina (3).
O v�rus
A var�ola causada pelo v�rus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em ingl�s) provoca uma doen�a mais branda do que a var�ola smallpox, que foi erradicada na d�cada de 1980.Trata-se de uma doen�a viral rara transmitida pelo contato pr�ximo com uma pessoa infectada e com les�es de pele. O contato pode ser por abra�o, beijo, massagens ou rela��es sexuais. A doen�a tamb�m � transmitida por secre��es respirat�rias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superf�cies utilizadas pelo doente.
N�o h� tratamento espec�fico, mas os quadros cl�nicos costumam ser leves, sendo necess�rios o cuidado e a observa��o das les�es. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, met�stase, transplantados, pessoas com doen�as autoimunes, gestantes, lactantes e crian�as com menos de 8 anos de idade.
Sintomas
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabe�a, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansa�o. De um a tr�s dias ap�s o in�cio dos sintomas, as pessoas desenvolvem les�es de pele, geralmente na boca, p�s, peito, rosto e ou regi�es genitais.
Para a preven��o, deve-se evitar o contato pr�ximo com a pessoa doente at� que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Tamb�m � importante a higieniza��o das m�os, lavando-as com �gua e sab�o ou utilizando �lcool gel.