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Estado de Minas PIONEIRISMO

Primeiros testes de vacina contra chikungunya no mundo come�am no Brasil

Se aprovado, ele ser� a �nica forma de prevenir contra a doen�a, que pode provocar les�es na pele, dores nas articula��es, imobiliza��o e at� morte


10/11/2022 11:24 - atualizado 10/11/2022 13:00

Imagem ilustrando pontos das articulações, locais em que a doença causa dor intensa. No canto direito superior, um circulo com uma foto do aedes aegypti, mosquito transmissor da doença
O imunizante, desenvolvido pelo laborat�rio europeu Valneva em parceria com o Instituto Butantan, � o primeiro no mundo contra o pat�geno (foto: Sociedade Brasileira de Medicina/ Reprodu��o)
O Brasil vai iniciar os testes em humanos de uma vacina contra o v�rus chikungunya nos pr�ximos meses.

 

O imunizante, desenvolvido pelo laborat�rio europeu Valneva em parceria com o Instituto Butantan, � o primeiro no mundo contra o pat�geno. Se aprovado, ele ser� a �nica forma de prevenir contra a doen�a, que pode provocar les�es na pele, dores nas articula��es, imobiliza��o e at� morte.

 

Chamada de VLA1533-101, a vacina cont�m o v�rus chikungunya modificado (atenuado) de forma a n�o ser capaz de infectar as c�lulas. Uma etapa anterior da pesquisa, conduzida nos Estados Unidos com 4.115 volunt�rios adultos, demonstrou que a vacina � segura e leva � produ��o de anticorpos em at� 96% dos participantes.

 

Agora, o estudo de fase 3 no Brasil ir� avaliar a seguran�a e a capacidade de produzir anticorpos da vacina em adolescentes que j� tiveram a doen�a no passado e naqueles que nunca foram infectados.

 

Na etapa brasileira, ser�o inclu�dos somente adolescentes saud�veis de 12 a 17 anos. Os volunt�rios interessados em participar nos testes podem se cadastrar em um dos dez centros espalhados no pa�s atrav�s do site do estudo do Butantan. A expectativa � que sejam inclu�dos 750 participantes.

 

Um dos centros que v�o participar dos testes � a Unidade de Pesquisa do Instituto de Infectologia Em�lio Ribas, o �nico com abrang�ncia na cidade de S�o Paulo e na Grande SP. Ligado ao estado, o centro teve tamb�m papel importante no ensaio cl�nico da vacina contra Coronavac, contra a Covid-19.

 

Para Ana Paula Veiga, m�dica infectologista e pesquisadora do Em�lio Ribas, o teste em adolescentes no pa�s � fundamental pois pode levar � aprova��o do imunizante pela Anvisa (Ag�nca Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria).

"A etapa anterior j� demonstrou que � uma vacina segura e imunog�nica [que gera a produ��o de anticorpos], e estamos testando a mesma dosagem, mesma vacina que foi aplicada em adultos em adolescentes. O que se espera � que ap�s os resultados e aprova��o, essa vacina possa ser fabricada no Instituto Butantan", diz.

 

A chikungunya � uma doen�a causada por um v�rus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo relacionado a dengue, zika e febre amarela. Entre os sintomas est�o febre alta, dores no corpo e na cabe�a, manchas avermelhadas e dores nas articula��es, que podem ser incapacitantes. Em pessoas com comorbidades, o quadro cl�nico pode ser ainda pior.

 

No pa�s, no �ltimo ano, foram registrados 136 mil casos de chikungunya, com maior distribui��o nos estados de Pernambuco (40.904), S�o Paulo (30.112) e Bahia (17.484). Este ano, nas sete primeiras semanas epidemiol�gicas, foram registrados cerca de 6.000 casos no pa�s, uma redu��o de 16% em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior, de acordo com o Minist�rio da Sa�de.

 

O estudo da vacina vai contar com uma divis�o de dois grupos, um recebendo o imunizante e o outro o placebo. Nem os participantes, pais ou respons�veis nem os profissionais de sa�de sabem quem recebeu qual subst�ncia (duplo-cego). Ao final do acompanhamento do estudo, que deve durar de seis meses a um ano, os participantes ir�o receber um comunicado de qual tipo de inje��o receberam.

 

O pr�ximo passo, descreve a pesquisadora, ser� a utiliza��o da vacina em locais onde h� alta circula��o do v�rus (ou seja, onde ele � end�mico) para avaliar a efic�cia em vida real, e o Brasil � um desses pa�ses.

 

Segundo Veiga, os resultados obtidos at� agora criam uma boa expectativa quanto ao que ser� observado tamb�m nos adolescentes. "Esperamos que seja uma vacina com uma produ��o duradoura de anticorpos, n�o temos ainda como saber qual vai ser a efic�cia, mas se for semelhante ao que ocorre com a vacina da febre amarela, � prov�vel que tenha uma prote��o em dose �nica que dure at� 10, 15 anos", diz.

 

 

 


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