
A Pol�cia Civil do Esp�rito Santo investiga se o adolescente que atirou em duas escolas no munic�pio de Aracruz (ES) na sexta-feira (25/11) teve ajuda no planejamento ou se foi incentivado a cometer o crime. Para isso, ser� solicitado o acesso ao celular, que j� foi apreendido, e a computadores utilizados por ele.
Armado com uma pistola .40 e um rev�lver, o jovem de 16 anos - que n�o teve a identidade revelada - invadiu os dois edif�cios e abriu fogo contra alunos e professores. O saldo at� o momento � de quatro pessoas mortas e 10 feridas.
A inten��o da investiga��o � saber se o adolescente participa de alguma rede ou f�rum na internet que promova extremismo e discurso de �dio, e se houve troca de informa��es sobre o ataque com anteced�ncia.
O adolescente usava dois emblemas com a su�stica nazista desenhada � m�o. Um deles estava em um peda�o de papel�o pintado de vermelho, e o outro, colado com velcro na roupa camuflada que usava durante os ataques.
Outra linha de investiga��o vai analisar a facilidade de acesso que ele teve �s duas armas de fogo e outros materiais usados nos atentados. As armas, uma pistola autom�tica e um rev�lver calibre 38, s�o de uso funcional e particular do pai do adolescente, um policial militar.
Para ir de uma escola a outra, distantes em um quil�metro, ele dirigiu o carro do pai. A pol�cia vai apurar se o policial sabia que o filho tinha interesse nas armas e como o jovem aprendeu a us�-las.
"O que n�s vamos investigar � justamente a facilidade que ele teve no acesso a essas armas, se o pai confiava que ele n�o tinha interesse em mexer nelas", disse o delegado-geral da Pol�cia Civil no Esp�rito Santo, Jos� Darcy Arruda.
Segundo o investigador, o adolescente demonstrou ter conhecimento em t�ticas de assalto e quais equipamentos seriam necess�rios. Para arrombar o cadeado de um port�o da primeira escola que atacou, a estadual Primo Bitti, o adolescente usou um tipo de alicate especial, utilizado pela pr�pria pol�cia durante opera��es. A investiga��o quer entender como ele obteve o equipamento.
A fam�lia disse em depoimento � pol�cia que ele fazia tratamento psicol�gico, mas a investiga��o n�o tem certeza se o adolescente tem algum dist�rbio psicol�gico.
Ao ser ouvido pela pol�cia, segundo Arruda, o jovem admitiu os crimes e disse que planejou a a��o por dois anos. Ele tamb�m teria afirmado no depoimento que sofria bullying na escola - ele estudou na Primo Bitti at� junho, quando foi transferido a pedido da fam�lia.
QUARTA V�TIMA
A Secretaria de Sa�de do Esp�rito Santo confirmou a morte da quarta v�tima dos ataques. Fl�via Amoss Mer�on Leonardo tinha 38 anos e era professora da Escola Estadual Primo Bitti. Ela estava internada no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra. A confirma��o da morte ocorreu na tarde deste s�bado (26/11).
A Secretaria de Sa�de do Esp�rito Santo confirmou a morte da quarta v�tima dos ataques. Fl�via Amoss Mer�on Leonardo tinha 38 anos e era professora da Escola Estadual Primo Bitti. Ela estava internada no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra. A confirma��o da morte ocorreu na tarde deste s�bado (26/11).
Outras tr�s pessoas morreram em decorr�ncia do ataque. A estudante Selena Zagrillo, 12 anos, e as professoras Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48 anos, e Cybelle Passos Bezerra, 45 anos.
Ainda h� mais cinco v�timas internadas, duas em estado grave. Uma delas � um menino de 14 anos, que teve perfura��es na barriga, e a outra � uma menina de 14, que levou um tiro na cabe�a e est� entubada.
Neste s�bado a Pol�cia Civil do Esp�rito Santo anunciou que o autor do atentado nas duas escolas de Aracruz dever� responder por ato infracional correspondente aos crimes de 10 tentativas de homic�dio qualificada e tr�s homic�dios qualificados (a professora Fl�via Amoss n�o havia falecido at� o an�ncio da pol�cia), todos com o agravante de crime por motivo f�til e com impossibilidade de defesa da v�tima. Hoje, a pena m�xima para ato infracional cometida por menores de idade � de tr�s anos.
S�MBOLO NAZISTA
Ao invadir as escolas, o jovem usava roupa camuflada com uma su�stica nazista no bra�o, chap�u, e tinha o rosto coberto por uma m�scara de caveira. O suspeito de ser autor dos crimes foi apreendido na sexta-feira (25/11) na casa onde mora.
Ao invadir as escolas, o jovem usava roupa camuflada com uma su�stica nazista no bra�o, chap�u, e tinha o rosto coberto por uma m�scara de caveira. O suspeito de ser autor dos crimes foi apreendido na sexta-feira (25/11) na casa onde mora.
O primeiro ataque aconteceu por volta das 9h30 na Escola Estadual de Ensino M�dio Primo Bitti, na qual o acusado estudou at� junho. L�, o jovem atirou v�rias vezes no p�tio e, depois, dirigiu-se � sala dos professores, onde fez mais disparos.
Depois de alvejar as v�timas, o atirador fugiu em um carro e se dirigiu at� o Centro Educacional Praia de Coqueiral, antigo Centro Darwin. A escola, que � particular, fica na mesma via da primeira institui��o atacada. Segundo o secret�rio de Seguran�a P�blica, M�rcio Celante, no local "ele fez a mesma coisa: entrou nas salas efetuando disparos. Atingiu cerca de cinco pessoas e um �bito foi confirmado no local. Os feridos foram socorridos em hospitais da regi�o".