Minas Gerais abriga 20,7 milh�es dos brasileiros. O estado � o segundo maior do pa�s, atr�s de S�o Paulo (46 milh�es) e na frente do Rio de Janeiro (16,6 milh�es) e Bahia (14,6 milh�es).
A divulga��o foi motivada pela necessidade do �rg�o de encaminhar dados populacionais para o TCU (Tribunal de Contas da Uni�o).
Leia tamb�m: Censo 2022: IBGE j� entrevistou 72,27% dos brasileiros.
O repasse das estat�sticas � necess�rio para os c�lculos do FPM (Fundo de Participa��o dos Munic�pios), fonte de recursos das prefeituras.
O IBGE entrega os n�meros anualmente para o TCU. Nos anos de Censo, s�o repassados os dados do pr�prio recenseamento.
Mas, como a coleta de 2022 ainda n�o foi finalizada, o instituto teve de fazer adapta��es na metodologia, utilizando proje��es para complementar os n�meros j� levantados nos domic�lios at� 25 de dezembro.
"A divulga��o tem como objetivo cumprir a lei que determina ao Instituto fornecer, anualmente, o c�lculo da popula��o de cada um dos 5.570 munic�pios do pa�s para o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Seguindo um modelo estat�stico, o IBGE entrega um resultado pr�vio do ano de 2022 a partir dos 83,9% da popula��o [estimada] recenseada", disse o IBGE.
"Ap�s an�lises, a equipe do IBGE concluiu que o melhor modelo � o que utiliza os dados do Censo 2022 nos munic�pios onde a coleta j� havia terminado e uma combina��o de dados coletados e estimativas para os demais munic�pios", acrescentou.
Conforme nota t�cnica disponibilizada pelo instituto, 4.410 dos 5.570 munic�pios brasileiros foram considerados como coletados no Censo. Ou seja, com a contagem j� finalizada. Nesses casos, a popula��o considerada foi aquela observada na pesquisa.
Nos demais munic�pios (1.160), considerados n�o totalmente coletados, a popula��o total foi composta pela soma da popula��o observada nos setores da pesquisa com a popula��o estimada dos setores n�o totalmente coletados.
A divis�o do FPM � feita de acordo com o n�mero de habitantes dos munic�pios, que s�o divididos conforme as faixas de popula��o.
Nos anos sem Censo, o IBGE compartilha as chamadas estimativas populacionais com o TCU. Essas proje��es seguem um modelo de tend�ncia a partir dos dados do �ltimo Censo conclu�do -neste caso, o de 2010.
Recorrer a essa medida era uma das alternativas analisadas pelo instituto, mas acabou rejeitada. A nova edi��o do Censo deveria ser realizada em 2020, mas foi adiada duas vezes, at� 2022.
Segundo as estimativas populacionais, a popula��o brasileira havia sido de 213,3 milh�es em 2021, ou seja, maior do que a trazida pela pr�via do Censo de 2022.
"� muito comum essa diferencia��o entre estimativa e Censo. Em 1980, por exemplo, a gente tinha um Maranh�o a menos se comparado com a estimativa", disse o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, em entrevista nesta quarta-feira.
"Isso tem a ver com problemas que podem ter ocorrido em Censos anteriores, pode estar relacionado com n�o ter sido feita uma contagem no meio da d�cada. Se voc� tiver problema em um dos Censos, pode se arrastar", acrescentou.
Azeredo disse que o IBGE est� "muito seguro" dos dados divulgados nesta quarta. O n�mero de 207,8 milh�es ainda ser� reavaliado at� o final da pesquisa.
As entrevistas do Censo come�aram em 1º de agosto. Inicialmente, o instituto planejava o t�rmino da coleta para outubro, mas o prazo foi estendido para janeiro do pr�ximo ano.
Na ter�a-feira (27), o �rg�o sinalizou que o rescaldo da opera��o pode ficar para fevereiro. Ou seja, a coleta vai levar pelo menos seis meses para ser conclu�da, o dobro da previs�o inicial (tr�s meses).
O atraso do Censo traz risco de judicializa��o por parte das prefeituras. Como os valores do FPM s�o alvos de disputa, seja por munic�pios que t�m o coeficiente rebaixado, ou por aqueles que querem ampliar seus recursos, h� expectativa de que a metodologia ou a demora do levantamento possa servir para questionamentos.
"Uma coisa muito comum, quando termina o Censo, � o caso de prefeitos que reclamam da popula��o [divulgada pelo IBGE] nos seus munic�pios", disse Azeredo em entrevista na ter�a (27).
"Hoje, a gente tem ferramentas, como as coordenadas de GPS e a plataforma geogr�fica interativa, que permitem fazer diversos controles para saber se a popula��o est� correta ou n�o, se alguma quadra, se algum pr�dio, ficou de fora. Isso a gente pode acompanhar, sobretudo em munic�pios pequenos", completou.