Falta vacina contra COVID-19 para as crian�as de at� 11 anos

O Minist�rio da Sa�de comandado por Marcelo Queiroga deixou de heran�a o desabastecimento da vacina contra COVID-19 para crian�as de at� 11 anos. Um contrato da pasta com a Pfizer prev� a chegada de novas doses no pa�s somente no fim de janeiro. Por isso, a atual gest�o se reuniu com a farmac�utica para negociar a antecipa��o do envio dos imunizantes. A informa��o foi confirmada nesta sexta-feira (6/1) pela secret�ria de Vigil�ncia em Sa�de e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel.

 

“N�s estamos com esse desabastecimento. Fizemos uma reuni�o agora de manh� (sexta-feira) com a Pfizer (...). Vamos resolver o problema da entrega. Vamos tentar negociar melhor, mas a previs�o de chegada � no final de janeiro. Ent�o, isso que n�s recebemos no governo anterior, vamos negociar para ver se conseguimos adiantar”, informou a gestora.

Para o p�blico com idade entre seis meses e 4 anos, o contrato da Pfizer com o Minist�rio da Sa�de prev� o envio de 4,2 milh�es de vacinas. Para a faixa et�ria entre 5 e 11 anos est� previsto o recebimento de pouco mais de 4 milh�es de unidades. Vale destacar que para o p�blico de 12 anos em diante, incluindo as vacinas adultas, h� excesso de imunizantes.

 

“Houve a amplia��o da possibilidade de vacina��o de todas as crian�as sem comorbidade. A gente tinha aquela limita��o para crian�a s� com comorbidade e, agora, houve a nota t�cnica ampliando esse p�blico. A gente vai negociar esse prazo para ver se conseguimos adiantar, porque h� falta nos estados neste momento e n�s temos que resolver esse problema”, explicou Ethel.

 

Ethel acrescentou que pretende restabelecer o contrato com o Instituto Butantan para ajudar a resolver o problema de desabastecimento da vacinas. “N�s temos o contrato do Butantan paralisado, recebemos o governo com o contrato paralisado. N�s estamos negociando porque a CoronaVac � fundamental para que a gente possa acelerar o abastecimento de estados e munic�pios, principalmente no p�blico de 3 anos em diante”, destacou. O Minist�rio da Sa�de passou a recomendar uma dose de refor�o da vacina da Pfizer contra a COVID-19 para crian�as de 5 a 11 anos. At� ent�o, a pasta indicava a terceira aplica��o apenas a partir dos 12 anos.

 

Segundo a nota t�cnica, a recomenda��o ocorre devido � redu��o da resposta imune �s vacinas e a circula��o de novas variantes em um cen�rio em que ainda n�o foram atingidas as coberturas vacinais consideradas adequadas para o p�blico infantil. No governo de Jair Bolsonaro (PL), a vacina n�o fazia parte do calend�rio anual de vacina��o e foi incorporada apenas ao Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina��o (PNO) contra a COVID-19).

Nova variante

Ethel disse ainda que a vacina��o contra a Covid para o grupo de risco poderia ocorrer em abril, junto com a vacina da gripe. Entretanto, por causa da nova variante est�o avaliando antecipar essa dose. Em rela��o ao primeiro caso da variante XBB.15 no Brasil, identificado em S�o Paulo, a secret�ria destacou que esse � um fator que leva o Minist�rio da Sa�de a considerar a antecipa��o de uma nova campanha de vacina��o, e que a prioridade no momento ser� completar o esquema vacinal de adultos.

 

“Recebemos a informa��o de que a variante est� circulando e a amostra � de novembro. Vamos discutir com a C�mara T�cnica. O que temos sobre a nova variante � a alta transmissibilidade e queremos retomar esses esquemas vacinais com pessoas com dose em atraso”, afirmou. “O que a gente considera m�nimo para efetividade s�o tr�s doses: as duas iniciais e mais uma de refor�o, no m�nimo. O segundo refor�o ou o terceiro refor�o foram necess�rios, s�o necess�rios dependendo da gravidade da doen�a”, acrescentou.

Sem comunica��o Tamb�m tem atrasado a campanha da vacina��o em diversas idades, al�m da falta de imunizantes, a interrup��o de fluxos na comunica��o entre estados, munic�pios e o governo federal. Por�m, segundo a secret�ria de Sa�de, o canal ser� imediatamente restabelecido em uma “rela��o de parceria”.

 

“Os munic�pios pedem ao estado, o estado pede ao governo federal. N�s estamos conversando com o Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass) e com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Sa�de (Conasems) para restabelecer esses fluxos, que foram bastante interrompidos com alguns dist�rbios que aconteceram nesse fluxo e que vai ser imediatamente estabelecido. Hoje, tivemos a reuni�o com os representantes das suas entidades para que a gente possa ver em que ponto est� o problema”, relatou Ethel.

Transpar�ncia

Nesta sexta-feira, tamb�m ocorreu a revoga��o do sigilo sobre as informa��es da C�mara T�cnica Assessora de Imuniza��o COVID-19 (Cetai). “Toda a nossa C�mara T�cnica tem o dever de comunicar. N�s estamos trabalhando com o dinheiro p�blico, ent�o o alinhamento do governo Lula e da ministra N�sia (Trindade) � de que n�s possamos trabalhar com transpar�ncia, com todos os dados”, frisou a secret�ria de Sa�de. Por fim, uma reuni�o do comit� foi agendada para a pr�xima ter�a-feira para que sejam discutidas a��es de antecipa��o para o calend�rio da vacina contra COVID19, que passar� a integrar o Plano Nacional de Imuniza��o (PNI) e ser� aplicada junto com a campanha de vacina��o da gripe. (Com ag�ncias)

 

Um menino de 4 anos, que tinha asma e havia recebido a 1ª dose da vacina, morreu na quinta-feira, em Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, v�tima da COVID-19. A crian�a ficou apenas um dia internada em hospital p�blico da cidade.Esse foi o quarto caso em Uberaba de morte de crian�a, v�tima da doen�a. Em outubro de 2020, ocorreu o �bito de um menino, de 6 anos; em janeiro de 2021, o de uma menina de apenas 1 ano; e, em setembro de 2022, de uma menina de 4 anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Sa�de, a aplica��o da 1ª dose da vacina em crian�as de 6 meses a 11 anos est� suspensa devido � espera de novas doses. J� a segunda dose est� sendo aplicada nas unidades de sa�de. De acordo com o Vacin�metro de Uberaba, 60% das crian�as de 6 meses a 11 anos receberam a 1ª dose da vacina, ou seja, 23.102 pessoas. Com rela��o � segunda dose, 16.641 crian�as da cidade receberam a mesma, o que representa 43% desse p�blico.