No texto, ele disse que a artista deveria apagar o conte�do ou “caso contr�rio ela dever� sofrer um processo ou levar um tiro”. O v�deo em quest�o era uma par�dia de um trecho de um podcast em que Schutz participou e disse que n�o deixaria de beber Campari se mulheres o oferecessem cerveja.
Ap�s repercuss�o nas redes sociais, ele ganhou o apelido de “Calvo do Campari” e “Coach do Campari”.
Na nota, a empresa disse que “n�o tem, e nem nunca teve, nenhum tipo de rela��o, v�nculo ou contato com Thiago Schutz" e "se solidariza com todas as mulheres que foram envolvidas nesse caso de misoginia e amea�as, e recha�a veementemente toda atitude preconceituosa e violenta manifestada por este influenciador."
Entenda o caso:
Recentemente, um trecho de um podcast que Schutz participou viralizou. Nele, o coach conta sobre uma situa��o em que saiu com uma mulher e, enquanto bebia Campari, ela insistiu para que dividisse uma cerveja com ela. Revoltado, ele afirma que ela estava testando seus limites como homem e que n�o se renderia �s suas vontades. No v�deo de La Gatto, ela zomba dos trejeitos do coach ao falar sobre mulheres.
No Instagram, a atriz postou um print da conversa com Schutz em que ele amea�a sua integridade f�sica e pede para que ela retire o conte�do do ar em 24 horas. Como op��es para a amea�a, ele afirma que, caso o pedido n�o surtisse efeito, ela responderia por um processo ou levaria tiros. “Voc� tem 24 horas para retirar seu conte�do sobre mim. Depois disso, processo ou bala. Voc� escolhe”, escreveu ele na mensagem.
Ela n�o respondeu ao coach e ainda ironizou: “‘Tchurma', o Guerreiro campa me amea�ou. Devo me preocupar?”. Ap�s a publica��o, ela bloqueou Schutz no Instagram e registrou um boletim de ocorr�ncia.
Ap�s a viraliza��o do trecho do podcast em que ele critica a mulher por ter insistido para ele dividir uma cerveja com ele enquanto este tomava Campari – caso que o levou a ser chamado de “Calvo do Campari” ou “Coach do Campari” –, Thiago postou um outro v�deo em que tenta se explicar pelas falas, consideradas mis�ginas pelo p�blico nas redes sociais. Nele, o coach tenta criar uma situa��o em que os pap�is fossem invertidos e fosse ele a tentar “empurrar” um gim para uma mulher.
“A� eu estaria sendo um put* de um assediador, ou seja, nas duas situa��es o homem � um c*z�o. Essa manobra do feminismo foi o seguinte: o pessoal fala em repara��o hist�rica, a mulherada sofreu para caralh*, eu entendo isso, s� que, agora, o el�stico esticou para o outro lado, entendeu?”, comentou ele.
Ainda na �ltima semana, internautas descobriram que Thiago participou de um reality show de relacionamento na Netflix, “O Crush Perfeito”, lan�ado ainda em 2020. No programa, seis pessoas t�m encontros �s cegas, e Schutz, que usa o sobrenome Schoba, tem um encontro com uma mulher bem mais velha que ele, que o encanta, mas n�o o corresponde.
Nas redes sociais, surgiram diversos coment�rios relacionando a decep��o amorosa do coach ao conte�do que ele produz atualmente. “J� descobrimos o motivo de tanta raiva das mulheres”, escreveu uma usu�ria do Twitter.
Na mesma �poca do lan�amento do reality, Schutz tamb�m foi acusado de “roubar” um livro escrito por uma jovem. “Quando eu tinha 15 anos, fui roubada por esse cara, que � dono dessa editora [Nova Editorial]. Ele publicou meu livro e, al�m de n�o me mandar o lucro, n�o enviou a obra para as pessoas que compraram. Agora, ele est� numa s�rie da Netflix”, escreveu ela nas redes sociais.
Dentre as imagens que postou como prova, a jovem mostrou um contrato assinado por ela e Thiago, constando dados da obra roubada. Ela tamb�m acusou a editora de ser falsa, afirmando que Schutz usaria a empresa para fraudar os escritores, e foi apoiada por diversos usu�rios do Twitter, alguns dizendo, inclusive, ter passado pela mesma experi�ncia com a Nova Editorial. “Ele foi meu editor. Sumiu. Nunca prestou conta de nada. Tenho v�rios amigos nesta mesma situa��o”, comentou uma seguidora da jovem.
Thiago fechou seus perfis em redes sociais ap�s o caso, voltando a circular recentemente com outro sobrenome.
O que � “red pill”?
O conte�do produzido por Schutz � chamado de “red pill”, em refer�ncia ao filme “Matrix” (1999). Em analogia �s p�lulas recebidas pelo protagonista Neo (Keanu Reeves), uma azul – que significaria a perman�ncia num mundo de ilus�es – e a uma vermelha – que o levaria a ganhar consci�ncia sobre a realidade –, o termo � conhecido em grupos masculinistas e faz parte do vocabul�rio da direita e da extrema-direita.
O grupo conhecido como “red pills” � composto por homens que dizem se opor ao “sistema que favorece as mulheres” por terem alcan�ado um conhecimento privilegiado sobre essas rela��es. Atualmente, o coach, que tamb�m � palestrante, apresentador e escritor, chega a cobrar at� R$ 2.500 por uma consultoria para homens que se consideram membros do grupo masculinista.
As irm�s Wachowski, diretoras do filme “Matrix”, j� chegaram a confrontar figuras p�blicas como Ivanka Trump, Elon Musk e Abraham Weintraub pelo uso do termo “red pill” num contexto de pol�ticas de extrema-direita. Lilly e Lana Wachowski s�o mulheres transg�nero e trabalham com ativismo pela causa trans.