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Estado de Minas FEMINIC�DIO

Todos os tipos de viol�ncia contra a mulher aumentaram em 2022

Constata��o � de pesquisa realizada pelo F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica. N�meros se referem ao ano passado


03/03/2023 09:28 - atualizado 03/03/2023 10:07

Mulher sem muita iluminação, dá um efeito de ser sua sombra
Viol�ncia contra a mulher aumentou em 2022. (foto: Paulo Sergio/Jornal Vale do Aco/Divulga��o)

Pesquisa divulgada ontem mostra que todos os tipos de viol�ncia contra brasileiras aumentaram no ano passado. Segundo a quarta edi��o do levantamento Vis�vel e Invis�vel: a Vitimiza��o de Mulheres no Brasil, divulgada pelo o F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica, cerca de 7,4 milh�es delas (11,6%) foram agredidas fisicamente — o que representa 14 mulheres por minuto recebendo tapas, socos ou pontap�s. Mais: quando o ataque � a ofensa verbal, a sondagem mostra que chegou a pouco mais de 23% das brasileiras.

 

A pesquisa revelou que os ex-parceiros s�o apontados como os principais agressores, seguidos dos atuais companheiros. Isso representa que os ataques continuam sendo praticados, em 74% dos casos, causados por um autor conhecido �ntimo da v�tima e, em mais da metade dos casos, na pr�pria casa.

 

O levantamento aponta, tamb�m, que uma em cada tr�s brasileiras com mais de 16 anos sofreu viol�ncia f�sica e sexual provocada por parceiro �ntimo ao longo da vida. Essa constata��o representa mais de 21,5 milh�es de mulheres que passam por essa situa��o, uma quantidade maior que a m�dia global (de 27%) apontada pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). 

"Algumas hip�teses (para este dado) s�o que justamente quando a mulher tenta sair do relacionamento, h� uma rea��o do parceiro. Existem duas situa��es: j� estava em uma rela��o violenta, e as agress�es foram intensificadas, ou iniciaram-se os ataques por n�o aceitar o fim. A tentativa ou o t�rmino do relacionamento s�o fatores para o feminic�dio — temos pesquisas que comprovam. A gente sabe que esse crime � resultado de uma s�rie de viol�ncias que se acumulam h� algum tempo", enfatizou a coordenadora do n�cleo de dados do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica, Isabela Sobral.

Desconstru��o

A pesquisadora frisa que isso desconstr�i a ideia de que se a mulher quiser sair de uma situa��o de viol�ncia, ela simplesmente pode encerrar o relacionamento. Ela acrescenta que uma decis�o assim pode levar a um desfecho tr�gico.

 

Outro dado do levantamento mostra que as mulheres solteiras relataram ter sofrido quatro agress�es ao longo do ano passado, enquanto que as divorciadas disseram sido atacadas ao menos nove vezes. Para Isabela, isso � um retrato da viol�ncia que se perpetua ao longo da vida das mulheres e que muda de acordo com a faixa et�ria, piorando quando se tornam mais velhas.

 

Apesar de ter aumentado o n�mero de mulheres que foram at� uma Delegacia da Mulher, 45% das v�timas se calaram em rela��o �s den�ncias. Para a pesquisadora, trata-se de um reflexo da falta de confian�a das v�timas na prote��o que deveriam receber.

 

"Entre essas que n�o fizeram nada, mais de 20% disseram que n�o fizeram porque n�o acreditavam que a pol�cia poderia oferecer alguma prote��o. � importante que se construa a conscientiza��o de igualdade de g�nero na sociedade. Para que as pol�cias possam atender as mulheres, � necess�rio que exista investimento e o governo federal efetive os gastos contra a viol�ncia contra a mulher", cobrou. 


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