
Em 12 de fevereiro, seis dias ap�s as primeiras a��es para destrui��o da log�stica do garimpo, a m�e da jovem procurou a Pol�cia Civil de Roraima e registrou o desaparecimento da filha.
Policiais encontraram, numa embarca��o no rio Mucaja�, que corta a terra ind�gena, mulheres levadas a �reas de garimpo para prostitui��o. Entre elas estava a adolescente desaparecida.
Ela prestou depoimento na superintend�ncia da PF em Boa Vista, onde fica o centro de comando da Opera��o Liberta��o.
Segundo o relato, houve uma proposta para que trabalhasse como cozinheira no garimpo, a partir de um contato por rede social. O deslocamento ao garimpo ocorreu no dia seguinte, em um avi�o, conforme a PF.
Outras quatro mulheres foram cooptadas para prostitui��o no mesmo contexto, e a adolescente ficou mais de 20 dias em regi�o de garimpo, segundo os policiais.
A PF deu in�cio a uma investiga��o sobre a atua��o de organiza��o criminosa na coopta��o de adolescentes e adultas para prostitui��o em �reas invadidas por garimpeiros.
A Opera��o Liberta��o envolve PF, For�as Armadas, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis), For�a Nacional de Seguran�a P�blica e Funai (Funda��o Nacional dos Povos Ind�genas).
A previs�o � que a a��o de desintrus�o pode levar de seis meses a um ano, dada a dimens�o da invas�o, com mais de 20 mil garimpeiros no auge da atividade ilegal.
Em um m�s de opera��o, segundo balan�o divulgado pela PF, houve apreens�o de 27 toneladas de cassiterita, explorada ilegalmente na terra ind�gena, assim como o ouro. Houve ainda apreens�o ou destrui��o de 84 balsas e embarca��es, 11,4 mil litros de combust�vel, duas aeronaves, 200 acampamentos e 172 motores e geradores de energia.
O governo Lula (PT) chegou a fechar o espa�o a�reo no territ�rio, o que intensificou a fuga de garimpeiros. Depois, houve flexibiliza��o da medida, que durar� at� abril.
O garimpo ilegal de ouro e cassiterita foi aceito e estimulado pelo governo Jair Bolsonaro (PL), um defensor de minera��o em terras ind�genas.
O avan�o de milhares de invasores, at� �reas antes intocadas, j� na proximidade da fronteira com a Venezuela, fez explodirem entre os yanomamis casos de mal�ria e de doen�as associadas � fome, como desnutri��o grave, diarreia aguda, pneumonia e infec��es respirat�rias.
A atual gest�o declarou estado de emerg�ncia em sa�de p�blica na terra yanomami em 20 de janeiro.
O atendimento m�dico foi refor�ado em unidades de sa�de nas regi�es de Surucucu e Auaris. Mas, at� agora, n�o h� data para o funcionamento de um hospital de campanha em Surucucu, o que reduziria a transfer�ncia de ind�genas em avi�es para hospitais em Boa Vista.