
Em nota, o instituto diz que criminosos armados teriam furado o bloqueio montado no rio Uraricoera e atirado contra agentes que haviam abordado uma das embarca��es. Os fiscais teriam revidado, ferindo um dos garimpeiros.
Ainda segundo o Ibama, o homem foi detido pela Pol�cia Federal por atacar servidores p�blicos e estava internado at� a noite desta quinta.
"Os criminosos desciam o rio em sete 'voadeiras' de 12 metros carregadas de cassiterita. O carregamento de min�rio roubado da terra ind�gena foi identificado por drones operados pelo Ibama. Ap�s o ataque, os criminosos fugiram", diz a nota.
A base federal de controle, cujo objetivo � impedir a entrada de barcos com suprimentos e equipamentos para garimpo no territ�rio yanomami, � protegida por agentes da For�a Nacional de Seguran�a P�blica, da Pol�cia Rodovi�ria Federal e do Ibama.O Ibama afirma que desde a instala��o de uma barreira f�sica com cabos de a�o sobre o rio, no �ltimo dia 20, nenhum barco carregado seguiu em dire��o �s �reas de garimpo ilegal.
"Foi um ataque criminoso programado. Todos aqueles que tentarem furar o bloqueio ser�o presos. Acabar com o garimpo ilegal � uma determina��o do presidente Lula", disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
A opera��o para destrui��o da log�stica do garimpo e retirada de mais de 20 mil invasores da regi�o teve in�cio de forma descoordenada entre os �rg�os envolvidos. Minist�rios do governo Lula (PT) v�m manifestando posi��es divergentes sobre o tratamento a ser dado � fuga dos garimpeiros, o que pode influenciar o ritmo da desintrus�o da terra ind�gena.
Integrantes do Ibama se sentiram exclu�dos do planejamento para a Opera��o Liberta��o, capitaneada pela PF e pelas For�as Armadas. O �rg�o ambiental executou as primeiras a��es contra o garimpo no dia 6 de fevereiro. PF e militares, no dia 10. O balan�o de uma semana da opera��o deixou de fora dados das a��es do Ibama.
Um consenso poss�vel no comando conjunto da opera��o, que funciona na superintend�ncia da PF em Boa Vista, foi sobre a necessidade de abrir caminhos para garimpeiros em fuga. Mas h� diverg�ncias, por exemplo, sobre a decis�o de abrir corredores a�reos at� maio, adotada pela FAB. O Minist�rio da Justi�a enxerga exagero. A Defesa defende a medida.
Tamb�m h� diverg�ncia sobre dar ou n�o suporte log�stico para a retirada de invasores.
"A discuss�o quanto a restri��es ou abertura parcial do espa�o a�reo na regi�o Norte partiu do Minist�rio da Justi�a", disse o Minist�rio da Defesa, em nota. "O tema est� em estudo e poss�veis altera��es ao longo da opera��o s�o decis�es ministeriais, que cabem ao Comando Operacional Conjunto Amaz�nia executar."
O Minist�rio da Justi�a, por sua vez, afirmou que n�o existe descoordena��o nas a��es. "Em que pese haver uma opera��o integrada, cada institui��o n�o deixa de atuar tamb�m dentro de suas �reas de compet�ncia constitucional e legal, conforme princ�pios de conveni�ncia e oportunidade", disse, em nota.
A pasta n�o dar� apoio ao transporte de garimpeiros, por haver incompatibilidade entre a natureza criminosa do garimpo ilegal e um apoio log�stico pelo governo, conforme a nota. "A prioridade do minist�rio � proteger o povo yanomami, por meio da retirada dos garimpeiros ilegais do local."
O governo pouco avan�ou ainda na investiga��o sobre a den�ncia de que 30 adolescentes yanomamis ficaram gr�vidas ap�s estupro por garimpeiros. O relato foi feito por lideran�as ind�genas a uma equipe do MDH (Minist�rio dos Direitos Humanos e da Cidadania), que divulgou a informa��o e disse que daria in�cio a uma investiga��o pr�via.
Segundo a pasta, as apura��es est�o em andamento e n�o h� o que comentar por enquanto.