
A opera��o envolve agentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis), da Funai (Funda��o Nacional dos Povos Ind�genas) e da For�a Nacional de Seguran�a P�blica, vinculada ao Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica.
Na segunda (6) e na ter�a (7), o Ibama deu in�cio a a��es voltadas � tentativa de desmobiliza��o do garimpo ilegal, que provocou surtos de mal�ria e gerou uma crise de sa�de p�blica no territ�rio, com aumento expressivo de casos de desnutri��o grave entre os ind�genas. Houve destrui��o de aeronaves e maquin�rios e apreens�o de mantimentos.
A a��o inicial do Ibama envolveu poucos agentes, se comparada � opera��o colocada em pr�tica nesta sexta.
No governo Jair Bolsonaro (PL), helic�pteros do tipo foram sucessivamente negados pelas For�as Armadas diante de pedidos da PF por apoio log�stico para a��es na terra yanomami.
A aus�ncia dos militares e a realiza��o de opera��es com pouco efeito pr�tico levaram a um crescimento e a uma consolida��o do garimpo, que avan�ou por comunidades yanomamis at� a fronteira com a Venezuela.
Bases policiais
A opera��o planeja garantir o funcionamento de bases policiais no territ�rio. Essas bases devem permanecer por meses no territ�rio e ser�o operadas por policiais da For�a Nacional. A opera��o log�stica das bases caber� ao Ex�rcito.
No dia 20, o governo Lula (PT) declarou estado de emerg�ncia em sa�de p�blica no territ�rio, diante da explos�o de casos de mal�ria, desnutri��o grave e doen�as associadas � fome, como infec��es respirat�rias. Houve refor�o de atendimento m�dico nas regi�es mais atingidas, Surucucu e Auaris, esta �ltima quase na fronteira com a Venezuela.
Depois, o governo passou a articular a realiza��o de opera��es para retirada dos garimpeiros. A FAB (For�a A�rea Brasileira) deu in�cio a um controle do espa�o a�reo, a partir do dia 1º, e cinco dias depois flexibilizou esse controle, para permitir a fuga de invasores em avi�es e voos clandestinos usados no garimpo.
Invasores come�aram a deixar o territ�rio. Quem n�o consegue voar faz um percurso que inclui dias de vara��o na floresta, dias num barco e caminhadas por estradas vicinais que conectam portinhos clandestinos a vilas de moradores em cidades do interior de Roraima.
Diante da complexidade e do tamanho do problema, o governo passou a adotar o discurso de que a retirada dos milhares de garimpeiros levar� mais tempo do que o imaginado.
"N�o vamos conseguir resolver isso numa semana. Temos a��es e planos a m�dio prazo, a longo prazo. S�o a��es que v�o durar seis meses, um ano", disse na quarta a ministra S�nia Guajajara, dos Povos Ind�genas.
No mesmo dia, o ministro da Defesa, Jos� Mucio Monteiro, afirmou que existe a preocupa��o de "n�o prejudicar inocentes", em refer�ncia a garimpeiros em fuga da terra yanomami.
"T�m pessoas que trabalham no garimpo para se sustentar. T�m mulheres, t�m crian�as. T�m alguns que est�o trabalhando pelo seu sustento", disse Mucio.
Opera��o Liberta��o
Nesta quinta (9), a PF instalou um centro de comando e controle na sede da superintend�ncia em Boa Vista. O centro � coordenado pela PF e integrado por Ibama, Funai, For�a Nacional de Seguran�a P�blica e Minist�rio da Defesa.
O objetivo do centro de comando � planejar a��es para a Opera��o Liberta��o. O foco na primeira fase � destruir equipamentos de log�stica que garantem o funcionamento do garimpo.
"A opera��o integrada teve in�cio nesta semana e permanecer� em andamento at� o restabelecimento da legalidade na terra yanomami", disse a PF, em nota.
Tamb�m nesta sexta, a PF deflagrou em Boa Vista (RR) uma opera��o para cumprir oito mandados de busca e apreens�o em endere�os de suspeitos de integrar uma organiza��o criminosa de lavagem de dinheiro a partir do com�rcio il�cito de ouro.
O grupo teria movimentado R$ 64 milh�es em dois anos, segundo a PF. Empresas de fachada foram usadas na tentativa de dar ar de legalidade �s transa��es financeiras, conforme as investiga��es. O dinheiro era oriundo de compra e venda de ouro ilegal.