Na segunda (6), policiais foram enviados � regi�o de Homoxi para investigar uma den�ncia que, inicialmente, apontava o assassinato de tr�s jovens yanomamis por garimpeiros.
A den�ncia foi feita por J�nior Yanomami, presidente do Condisi (Conselho Distrital de Sa�de Ind�gena) dos Yanomami e Ye'kuana. Ele esteve na terra ind�gena acompanhando as a��es de emerg�ncia em sa�de p�blica, declarada pelo governo Lula (PT) no �ltimo dia 20.
In loco, os policiais confirmaram que houve um assassinato e outra tentativa de homic�dio, que deixou o ind�gena em estado grave. Segundo agentes que est�o a par das dilig�ncias, o corpo n�o foi encontrado porque teria sido levado por outros ind�genas, segundo relatos colhidos no local.
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O ferido precisou de transporte a�reo para ser socorrido e foi levado para um hospital em Boa Vista. Ele foi ferido no abdome por arma de fogo.
A suspeita � que os crimes tenham sido cometidos por garimpeiros do Homoxi. Os ind�genas t�m rela��o com a comunidade Haxiu.
O homic�dio e a agress�o ocorreram em meio a um processo de asfixia do garimpo ilegal, com controle do tr�fego a�reo pela FAB (For�a A�rea Brasileira) e promessa de opera��es de retirada de invasores. Com isso, existe um temor, entre policiais federais, de intensifica��o dos conflitos entre garimpeiros e ind�genas.
H�, ainda, preocupa��o quanto �s rea��es de garimpeiros em Boa Vista, no momento em que come�ar a avan�ar a retirada de invasores da terra ind�gena.
A regi�o de Homoxi foi tomada por garimpeiros. Eles bloquearam a pista de pouso antes usadas por aeronaves da sa�de ind�gena, passaram a impedir o acesso por ar das equipes m�dicas e tocaram fogo na unidade de sa�de.
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O controle do espa�o a�reo, a maior presen�a do Estado e a decis�o anunciada — ainda que sem data — de retirada dos garimpeiros da terra yanomami levaram a uma mobiliza��o de grupos de invasores do territ�rio, que passaram a fugir do lugar ou a tentar fugir de alguma forma.
Os garimpeiros passaram, ent�o, a enfrentar uma infla��o nos pre�os dos voos clandestinos de helic�ptero para deixar o territ�rio, cobrados pelos pr�prios garimpeiros detentores de aeronaves. Um �nico voo passou a custar R$ 15 mil por pessoa, conforme relatos de invasores levados em conta no monitoramento feito pela PF.
Parte dos garimpeiros tenta chegar � Venezuela, segundo integrantes da PF, e h� movimentos de fuga voltados at� mesmo para a Guiana, distante da terra ind�gena.
Um peda�o do territ�rio est� na fronteira com a Venezuela. Uma das regi�es mais atingidas pela crise de sa�de, com explos�o de casos de mal�ria e desnutri��o grave, � Auaris, que fica perto da fronteira. O garimpo ilegal de ouro avan�ou tanto, com a coniv�ncia e o est�mulo do governo Jair Bolsonaro (PL), que chegou at� comunidades de Auaris.
Garimpeiros est�o tentando deixar a terra ind�gena tamb�m em barcos. Outros dizem estar ilhados, sem condi��es de sair do territ�rio e com mantimentos se esgotando.
Passaram a ser mais frequentes caminhadas pela mata — chamadas de varadouros — at� pistas clandestinas, na expectativa de voos que permitam a fuga.