
O grupo, que oferece viagens aos alunos, esteve em S�o Paulo em fevereiro e promoveu uma festa com mulheres. Ele tem o costume de visitar pa�ses subdesenvolvidos e, em suas publica��es, enaltece a desigualdade social que marca os locais por onde passam.
"N�o s�o bem-vindas em nosso pa�s pessoas que desejam praticar crimes. O turismo para fins de explora��o sexual fere nossas leis e quem o pratica ser� submetido � devida investiga��o, julgamento e puni��o", diz a Embratur em nota.
O �rg�o afirma que se "solidariza com as mulheres v�timas de explora��o sexual em S�o Paulo". Anuncia ainda que o presidente da ag�ncia, Marcelo Freixo, se reunir� com o diretor-geral da Pol�cia Federal, Andrei Rodrigues, para formalizar o pedido de abertura de investiga��o.
Leia: Peti��o on-line defende retomada do turismo brasileiro na It�lia
Os americanos que vieram ao Brasil por meio do curso de como "pegar mulheres" � investigado pelo 34º DP, localizado no Morumbi, zona oeste de S�o Paulo. Em nota, a Secretaria da Seguran�a P�blica afirma que a ocorr�ncia foi registrada como favorecimento de prostitui��o ou "outra forma de explora��o sexual e agenciar, aliciar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher explora��o sexual".
Na noite desta quinta, a pasta afirma que uma equipe de investiga��o da unidade realiza dilig�ncias para identificar e ouvir formalmente os organizadores e esclarecer todas as circunst�ncias do fato.
Leia: Ministro do Turismo: retomada de cruzeiros vai depender de dados da COVID
O Minist�rio P�blico de S�o Paulo acompanha a investiga��o. De acordo com o promotor Rog�rio Sanches Cunha, o caso � investigado como explora��o sexual prevista pelo artigo 228 do C�digo Penal, que foi alterado em 2009. Antes, a lei s� punia quem atra�sse a v�tima � prostitui��o. Agora, tamb�m pune o ato de atrair pessoas em outra forma de explora��o sexual.
"Ningu�m est� pensando em prostitui��o. Eles atra�ram essas mulheres mediante fraude para que elas fossem usadas como objetos sexuais para homens que est�o treinando como se aproximar de mulheres", explica o promotor. Segundo ele, o convite feito a mulheres para uma festa foi usado como artif�cio para atrair com mais facilidade essas v�timas.
OUTRO LADO
Ap�s a repercuss�o do caso nas redes sociais, os integrantes do Millionaire Social Circle gravaram uma live em que afirmam que foram v�timas da cultura do cancelamento no Brasil e que foram acusados falsamente de turismo sexual e tr�fico humano e de promover prostitui��o.
"Essas feministas s�o t�o est�pidas", diz Mike, para quem as mulheres que revelaram o caso n�o est�o "fazendo nada da vida" e "n�o s�o pessoas ocupadas". "Nenhuma delas est� na faculdade de medicina."
Em outro momento, afirma que uma das mulheres que foi � festa e gravou um v�deo sobre o evento � uma "garota feia e gorda". "As mulheres atraentes nos defenderam. Nos v�deos da festa, todos est�o sorrindo."
� Folha o grupo nega que a festa tenha liga��o com o curso e afirma que estiveram em S�o Paulo para realizar uma "confer�ncia de namoro". "N�s queremos que as pessoas saibam o que n�s fazemos. Tudo � p�blico."