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Estado de Minas YANOMAMI

Mais 8 corpos s�o encontrados na �rea yanomami

PF envia grupos de elite � regi�o. Corpos foram achados em sobrevoo na regi�o de garimpo onde agente de sa�de ind�gena morreu e dois foram baleados


02/05/2023 16:08 - atualizado 02/05/2023 16:43
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Terra Indígena Yanomami
Mais oito corpos foram encontrados na regi�o do Uxi�, dentro da Terra Ind�gena Yanomami (foto: LEO OTERO/MPI)
BRAS�LIA, DF (FOLHAPRESS) - Mais oito corpos foram encontrados na regi�o do Uxi�, dentro da Terra Ind�gena Yanomami, onde, no s�bado (29), garimpeiros assassinaram um ind�gena e balearam mais dois.

A Pol�cia Federal ainda apura o que causou as mortes e refor�ou a seguran�a na regi�o, em conjunto com a For�a Nacional. Como as v�timas n�o s�o ind�genas, pessoas envolvidas na apura��o acreditam que a a��o tenha sido uma retalia��o pelo ataque sofrido no s�bado, quando a comunidade fazia uma cerim�nia f�nebre.

Tamb�m em raz�o do confronto entre PRF (Pol�cia Rodovi�ria Federal) e Ibama (�rg�o ambiental) com garimpeiros ligados ao tr�fico de drogas, no domingo (30), a PF intensificou as a��es em toda a Terra Ind�gena Yanomami.

Foi instaurado um inqu�rito para apurar as mortes e encaminhadas para o local equipes de elite, do Comando de Opera��es T�ticas e do Grupo de Pronta Interven��o. O diretor de Amaz�nia da corpora��o tamb�m visitou a regi�o.

Os corpos foram encontrados no domingo, durante um sobrevoo das equipes de seguran�a. Eles estavam boiando na �gua, em um barranco, em uma regi�o de garimpo.

As mortes marcam uma escalada na viol�ncia regi�o desde o in�cio da opera��o de desintrus�o do garimpo do territ�rio, comandada pelo governo federal.

Ap�s o confronto no �ltimo s�bado, j� havia a expectativa de que a viol�ncia se agravasse.

Nesta segunda-feira (1º), associa��es ind�genas afirmaram que a comunidade Uxi� havia se organizado para atacar barcos de garimpeiros que passarem pr�ximos �s margens do rio Mucaja�. "Isso significa que pode ocorrer a qualquer momento mais uma trag�dia naquela regi�o."

Segundo nota conjunta da Hutukara Associa��o Yanomami (HAY) e Texoli Associa��o Ninam Estado de Roraima (Taner), entidades que atuam na regi�o, o ataque do s�bado que terminou com a morte de um ind�gena ocorreu quando a comunidade participavam de uma cerim�nia f�nebre.

O agente de sa�de Ilson Xirixana, 36, que trabalhava no Distrito Sanit�rio Ind�gena Yanomami (Dsei-Y), foi atingido na cabe�a, segundo as associa��es.

A cerim�nia acontecia �s margens do rio Mucaja�. Ap�s o ataque, de acordo com o relato, os ind�genas iniciaram uma persegui��o a barco contra os garimpeiros. Os invasores teriam feito novos disparos e atingido outros dois ind�genas, que permanecem internados.

Dirigentes de associa��es yanomamis afirmaram que a morte do ind�gena dentro da terra demarcada foi provocada por disparos de garimpeiros durante uma cerim�nia f�nebre na comunidade Uxi�. Ind�genas que estavam �s margens do rio Mucaja� participando do ritual foram alvos de seis garimpeiros.

No domingo, em outro ponto do territ�rio yanomami, quatro homens foram mortos num suposto confronto com agentes da da PRF e do Ibama durante uma a��o de repress�o contra um dos principais garimpos ilegais da regi�o.

O governo afirma que o ataque foi promovido por garimpeiros ilegais que atuam na terra ind�gena. Os servidores chegavam ao local para impedir a a��o criminosa. Entre os supostos criminosos mortos est�, segundo o Minist�rio do Meio Ambiente, um foragido da Justi�a do Amap�.

De acordo com a PRF, foram apreendidos um fuzil, tr�s pistolas sete espingardas, entre outros materiais para confronto (muni��es, carregadores, coldre, por exemplo).

A PRF afirma que ocorreram outros ataques. "Recente hist�rico aponta para ocorr�ncias em outros acampamentos clandestinos, como nas comunidades Maikohipi e Palimi�, sempre na tentativa de inibir o trabalho de desintrus�o das terras demarcadas."

O Minist�rio do Meio Ambiente afirmou haver ind�cios "de que uma fac��o criminosa controla o garimpo em que houve o confronto".

Na segunda, as ministras Marina Silva (Meio Ambiente), Sonia Guajajara (Povos Ind�genas) e N�sia Trindade (Sa�de) foram � regi�o, junto com membros da PF, do Ibama e da Funai, para averiguar a situa��o.

Elas anunciaram que o governo pretende intensificar as a��es e que 20% dos garimpeiros ilegais que atuavam na terra ind�gena persistem na a��o criminosa.

Guajajara disse que os garimpeiros que permanecem no territ�rio "est�o ali para provocar esses conflitos". "Nossa preocupa��o � que tudo aconte�a da forma mais pac�fica poss�vel. A gente n�o est� de forma alguma incentivando esses conflitos. A gente quer amenizar essa situa��o. N�o queremos derramamento de sangue."

O ataque ocorreu tr�s meses ap�s o in�cio da opera��o do governo federal a fim de acabar com o garimpo ilegal e retirar 20 mil invasores da regi�o. No per�odo, segundo o Minist�rio do Meio Ambiente, foram destru�dos 327 acampamentos de garimpeiros, 18 avi�es, 2 helic�pteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores.

As entidades afirmam que, apesar dos esfor�os, os yanomamis ainda sofrem com a atua��o de garimpeiros ilegais.

"Mesmo depois de tr�s meses de a��es [do governo federal], o povo da Terra Yanomami ainda sofre com surtos de doen�as como mal�ria, ataques e mais mortes por parte dos invasores que insistem em continuar explorando e devastando o nosso territ�rio sagrado e derramando o sangue dos nossos parentes", afirma a nota.


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