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Estado de Minas FAC��O CRIMINOSA

De dentro do c�rcere, PCC controla tr�fico, ordena mortes e batiza membros

Onze criminosos foram alvos de uma megaopera��o da PC contra integrantes do PCC e um do Comando Vermelho


30/05/2023 10:19 - atualizado 30/05/2023 10:52
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soldado armado com um fuzil
Recrutamento e batismos, amea�as de morte, tribunal do crime e comandos de dentro de uma cadeia do DF (foto: Carl de Souza/AFP)

Transmiss�o de recados, imposi��o de ordens e coopta��o de novos membros. Das cadeias do Distrito Federal, o Primeiro Comando da Capital (PCC) chefiava a pr�tica de tr�fico de drogas e roubos e ordenava homic�dios de rivais e planejando sequestro de familiares de autoridades. Uma megaopera��o desencadeada, ontem, pela 18ª Delegacia de Pol�cia (Brazl�ndia) trouxe � tona a atua��o da fac��o paulista no Distrito Federal e resultou na pris�o de 11 integrantes da c�pula do PCC e de um do Comando Vermelho (CV).

 

As pris�es fazem parte da segunda fase da opera��o Sic�rio. A primeira foi desencadeada em mar�o e levou � cadeia Gabriel dos Santos Lima e Grasielly dos Santos. Gabriel � filho de Walter Pereira de Lima, atualmente preso na Penitenci�ria do DF 1 (PDF1), onde cumpre mais de 58 anos de pena por diversos crimes, entre eles organiza��o criminosa, roubos, tr�fico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Grasielly � casada com Walter.

 

Teria sido de Walter a ideia de recrutar o filho para o PCC, que, por sua vez, foi encarregado de aliciar e batizar novos membros para a fac��o. O pai ainda atribuiu outras ordens ao criminoso de atacar policiais e atear fogo nos �nibus da cidade. O objetivo era gerar p�nico na cidade e atacar grupos rivais.

Todas essas ordens eram transmitidas pela mulher de Walter e tamb�m integrante do PCC. A pol�cia apurou que ela era respons�vel por passar os recados e demandas dos membros da fac��o detidos na Papuda para a "Sintonia Final" — da alta c�pula — da fac��o em S�o Paulo. Em um dos recados repassados ao filho, Walter orientava o filho a andar com "gente grande" e vender drogas em alta quantidade.

 

Walter tamb�m se envolveu na transmiss�o de recados amea�adores a um delegado da PCDF e � ju�za da Vara de Execu��es Penais do Distrito Federal (VEP), Leila Cury. No manuscrito, ele ordenava o sequestro de um familiar da magistrada, na tentativa de coagi-la a expedir alvar�s de soltura de internos.

 

"A investiga��o contou com o apoio da Secretaria de Estado de Administra��o Penitenci�ria/Seape, Pol�cias Penais do Distrito Federal e do Estado de Goi�s, al�m da Vara de Execu��es Penais. O enfrentamento �s organiza��es criminosas exigiu o cumprimento de busca em celas, an�lise de teor de bilhetes compartilhados entre custodiados e a inclus�o de lideran�as negativas no regime disciplinar diferenciado", afirmou o delegado-chefe da 18ª DP, Fernando Cocito. 

Guerra

Uma carta escrita por um membro do PCC, de dentro da Papuda, revela a avers�o e a repulsa de membros da fac��o paulista contra integrantes do Comboio do C�o (CDC). O manuscrito tamb�m foi alvo da investiga��o de ontem. 

 

O recado foi produzido por um preso lotado na PDF 1. "Estamos vivendo uma situa��o de abandono e opress�o tanto pelo Estado e tanto por uma quadrilha que se denomina Comboio do C�o (SIC). Precisamos de aten��o do PCC com urg�ncia. S� uma fac��o do nosso porte para nos amparar e lutar em bando e bem armado contra ao Estado no centro do poder", escreve.

 

O detento fala sobre o Comboio do C�o "brecar" o PCC no sistema penitenci�rio e "impedir" de "pregar" a ideologia da organiza��o criminosa fundada no DF. "Disseram que v�o batizar exclu�dos e decretados pelo PCC e que o projeto deles j� foram lan�ados pra rua, pra nos brecar na rua tamb�m." Ainda segundo o faccionado, h� 27 integrantes do PCC no p�tio e 80 do CDC, o que resultaria em uma certa preocupa��o. "Somos minoria em todos os blocos e a maioria � sempre CDC."

 

Outros recados captados pela pol�cia mostram a mulher de Walter e outro faccionado decidindo sobre a tortura e morte de um criminoso e da esposa, que teriam tra�do a organiza��o criminosa. Segundo as conversas, em meio � tortura, os executores deveriam dizer aos traidores que eles iriam sobreviver. A fac��o, no entanto, afirmou que isso garantiria a coleta de informa��es sens�veis antes da execu��o do casal.

 

Conforme revelaram as investiga��es, os faccionados do PCC exigiram para o recrutamento de dois novos integrantes que eles matassem o sobrinho de um policial militar de Brazl�ndia. Os autores aceitaram a proposta e a v�tima, identificada como Denerson Albernaz da Silva, 37 anos, foi morta � luz do dia, na quadra 58 da Vila S�o Jos� de Brazl�ndia, em 25 de setembro de 2022. Ap�s a empreitada, os criminosos foram filiados ao PCC. Ambos foram presos na manh� de ontem.

 


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