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Estado de Minas FEBRE MACULOSA

Febre maculosa: 6 mortes j� foram confirmadas no pa�s, no ano; 1 em Minas

Quarenta e nove casos de febre maculosa j� foram confirmados no pa�s; a regi�o Sudeste � com mais concentra��o de contamina��es


13/06/2023 22:29 - atualizado 13/06/2023 22:32
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Carrapato
A febre maculosa � transmitida pela picada do carrapato e � causada pela bact�ria do g�nero Rickettsia (foto: Adelcio R. Barbosa/Divulga��o)
Quarenta e nove casos de febre maculosa, sendo seis mortes, j� foram confirmados no Brasil neste ano. A regi�o Sudeste � a que concentra a maioria das contamina��es, com 25. Quatro foram em Minas Gerais (um �bito), oito no Esp�rito Santo, sete em S�o Paulo e seis no Rio de Janeiro. 

A febre maculosa � transmitida pela picada do carrapato e � causada pela bact�ria do g�nero Rickettsia. A doen�a n�o � passada diretamente entre pessoas pelo contato. No Brasil, os principais vetores s�o carrapatos do g�nero Amblyomma, popularmente conhecido como carrapato estrela. 

Normalmente a doen�a se manifesta de forma repentina, e com sintomas semelhantes a outras infec��es como: febre alta, dor na cabe�a e no corpo, falta de apetite e des�nimo. Al�m disso, � comum aparecerem pequenas manchas avermelhadas. De acordo com o Minist�rio da Sa�de, o quadro se agrava com n�useas e v�mitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, incha�o e vermelhid�o nas palmas das m�os e sola dos p�s, gangrena nos dedos e orelhas. Nos casos mais graves, pode haver paralisia, come�ando nas pernas e subindo at� os pulm�es, o que pode causar parada respirat�ria.


No fim de abril deste ano, um homem de 54 anos, que morava em Manhua�u, na Regi�o da Zona da Mata, em Minas Gerais, morreu em decorr�ncia da doen�a. A causa da morte foi confirmada apenas no in�cio de junho. Conforme a Secretaria Municipal de Sa�de, o paciente tinha comorbidades, como diabetes, hipertens�o e cardiopatia. Ele morava no bairro Nossa Senhora Aparecida, mas relatou ter tido contato com �reas com presen�a de carrapatos, como o bairro Ponte da Aldeia e Bom Pastor, ambas pr�ximas a um rio. 

Outras duas mortes pela febre maculosa tamb�m podem estar ligadas a Minas. Um casal que morava em S�o Paulo esteve no distrito de Monte Verde, no Sul do estado, e na semana anterior em Campinas, no interior de S�o Paulo. Ambos morreram depois de serem internados com febre e dores de cabe�a. Aos m�dicos, a mulher relatou marcas de picada de inseto pelo corpo. 

A reportagem do Estado de Minas procurou a Secretaria de Estado de Sa�de para atualizar os dados de casos e mortes em Minas Gerais, mas at� a publica��o desta mat�ria n�o obteve resposta.

Campinas 


Ontem, a Secretaria de Sa�de de Campinas, no interior de S�o Paulo, confirmou a morte de tr�s pessoas e a poss�vel contamina��o de uma quarta, por febre maculosa. Todos os pacientes estiveram em um evento na Fazenda Santa Margarida, na regi�o rural da cidade, em 27 de maio. Entre as v�timas est� o casal, que tamb�m esteve em Minas Gerais, e uma mulher de 28 anos. Uma adolescente de 16 anos, outra que esteve no mesmo local, est� internada com sintomas da doen�a. O caso ainda est� sendo investigado, para saber se ela contraiu a bact�ria ou n�o.

A Prefeitura de Campinas informou que assim que foi notificada dos casos, na segunda-feira (12/6), promoveu uma s�rie de a��es de preven��o, informa��o e mobiliza��o contra a doen�a na fazenda onde as contamina��es devem ter acontecido. O local s� poder� sediar novos eventos quando apresentar um plano de conting�ncia ambiental e de comunica��o.


“Essa informa��o � imprescind�vel para que a pessoa adote comportamentos seguros ao frequentar esses espa�os e tamb�m para que, ap�s frequentar, apresentar sinais e sintomas, informe o m�dico e facilite o diagn�stico. Nos pr�ximos dias, t�cnicos do Devisa far�o uma pesquisa para verificar como est� a infesta��o de carrapatos (pesquisa acarol�gica) no espa�o”, explicou a administra��o municipal. 

Com a alta de casos, a Associa��o dos Pesquisadores Cient�ficos do Estado de S�o Paulo divulgou nota externando preocupa��o com a not�cia de mortes provocadas pela febre maculosa. A institui��o afirmou que, nos �ltimos anos, o estado vem sofrendo um desmonte da estrutura de pesquisa cient�fica, essencial para orientar a��es de vigil�ncia epidemiol�gica. 

A associa��o afirmou que entregou, em mar�o, ao Instituto Pasteur, uma proposta para que seus laborat�rios sejam incorporados ao grupo farmac�utico, mas aguarda decis�o do governo do estado. “Sem investimentos em ci�ncia, a resposta a casos como este, de morte provocada por uma bact�ria, fica comprometida e exp�e a sociedade ao risco de novos casos e mortes”, afirmou a entidade. 

Em nota, a Fazenda Santa Margarita lamentou as mortes e disse que sempre agiu de acordo com as normas e exig�ncias legais relacionadas � vigil�ncia sanit�ria. A administra��o do local informou ainda que mant�m um rigoroso processo de manuten��o e cuidados em rela��o ao espa�o e sua conserva��o.

O comunicado tamb�m ressalta que a regi�o rural da cidade apresenta recorrentemente casos de febre maculosa e que a responsabilidade pelo controle e preven��o da doen�a � do munic�pio. “Essa enfermidade � considerada uma zoonose, ou seja, uma doen�a que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. Cabe ressaltar que a responsabilidade pelo controle e preven��o da febre maculosa � atribu�da ao munic�pio, conforme estabelecido pela legisla��o pertinente”.


Diagn�stico e tratamento


Segundo o Minist�rio da Sa�de, o diagn�stico precoce da febre maculosa � muito dif�cil, principalmente nos primeiros dias da infec��o. Isso porque os primeiros sintomas podem ser confundidos com os de outras doen�as, como leptospirose, dengue, hepatite viral, entre outras. Para a pasta, em caso de aparecimento de qualquer sintoma, � imprescind�vel que o paciente informe se esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecol�gicas ou onde possa ter sido picado por um carrapato. 

A doen�a tem cura, desde que o tratamento com antibi�ticos espec�ficos seja administrado nos primeiros dois ou tr�s dias da infec��o. Ainda de acordo com o Minist�rio da Sa�de, mesmo sem diagn�stico confirmado, o medicamento deve come�ar a ser aplicado. Atrasos no diagn�stico e, consequentemente, no in�cio do tratamento podem provocar complica��es graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulm�es e das les�es vasculares e levar ao �bito.

(Com Ag�ncia Brasil)


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