O representante de Bittar disse, ainda, que a fam�lia de Daniel est� sendo amea�ada. O advogado do acusado explicou que, apesar de a imagem de seu cliente j� estar “condenada” pelos fatos, investigados pela Pol�cia Civil do Distrito Federal (PCDF), “� imperativo lembrar que, dentro do �mbito jur�dico, o devido processo legal deve ser respeitado, e o seu julgamento deve seguir estritamente os princ�pios estabelecidos pela Constitui��o Federal”.
“Por outro lado, � importante ressaltar que a fam�lia de Daniel Bittar n�o tem qualquer envolvimento com o caso em quest�o. No entanto, vem sofrendo graves amea�as diariamente, situa��o que j� foi devidamente documentada e demanda investiga��o. Pedimos respeito � integridade e � privacidade dos familiares neste momento dif�cil, enquanto as autoridades competentes prosseguem com as investiga��es e processos necess�rios”, concluiu (leia nota completa ao fim da mat�ria).
Daniel era analista de TI e trabalhava no BRB desde 2015, como servidor concursado — mas acabou demitido pela institui��o ap�s o caso ser revelado. Longe de suspeitas e se mostrando uma pessoa comum, o acusado chegou a usar as redes sociais para publicar um post contra a pedofilia.
"Pintou um clima? N�o. Pedofilia � crime, denuncie", dizia a postagem. Bittar tamb�m divulgava, em seu perfil nas redes, as poesias que escrevia e compartilhava uma rotina ass�dua de leitura.
O ped�filo chegou, inclusive, a publicar um livro de contos liter�rios. Na obra, de t�tulo Quando o amor bate � porta, o criminoso conta a hist�ria de uma mulher e uma crian�a de 6 anos que t�m em comum a hist�ria de uma nevasca que muda a vida das duas. Unidas pela dor, elas se unem, por meio de um violino, para superarem o inverno e as tristezas. Daniel e Geisy de Souza — presa e acusada de dopar a crian�a raptada e ter ajudado a coloc�-la no carro — pretendiam sequestrar outra crian�a.
De acordo com o delegado da 2ª DP, Jo�o Guilherme Medeiros Carvalho, ficou comprovado, tamb�m, que Geisy fazia uma esp�cie de intermedia��o entre Daniel e garotas de programa. "Ela tamb�m enviava fotos de nudez a ele em troca de ajuda financeira. A gente constatou o envio de v�rios Pix dele para ela. Tamb�m constatamos que eles j� se conheciam h� cerca de dois anos e, segundo a vers�o dela, entre janeiro e fevereiro deste ano ela chegou at� a morar na casa do autor", afirmou o delegado.
Segundo Jo�o Guilherme, os depoimentos de Daniel e Geisy coincidem, exceto pela declara��o dela de que foi for�ada a praticar o crime, perante amea�a de Daniel contra os filhos dela. "Est� comprovado que ambos est�o realmente envolvidos no crime", disse o delegado. "Ela disse que recebia dinheiro do Daniel devido a fotos de nudez. Tanto ele como ela afirmaram que nunca tiveram rela��es sexuais, mas o fato � que h� transfer�ncias em dinheiro dele para ela", acrescentou.
"Tanto ela como ele negaram haver outros crimes. Estamos com computadores e celulares apreendidos e vamos aprofundar as investiga��es para ver se tem algo a mais", finalizou. Geisy est� gr�vida de 6 meses e n�o revelou quem � o pai.
Relembre mais do caso
Bittar foi preso, na noite da �ltima quarta-feira (28/6) pela Pol�cia Militar do DF e de Goi�s. A menina estava a caminho da escola quando foi raptada, no Jardim Ing�, cidade do entorno do Distrito Federal. A v�tima foi levada para o apartamento do autor do crime, localizado na 411 Norte, dentro de uma mala.
Segundo os policiais do Grupo T�tico Operacional do 3º Batalh�o (Asa Norte), a garota foi encontrada seminua na cama com diversas escoria��es pelo corpo e algemada pelos p�s. A menina contou aos agentes que o homem usou uma faca para rend�-la e, em seguida, uma mulher colocou um pano com clorof�rmio para dop�-la.
No apartamento de Bittar, os militares encontraram m�quinas de choque, c�meras fotogr�ficas, objetos sexuais e materiais pornogr�ficos. A pol�cia suspeita que o ped�filo tenha filmado o estupro da garota. Os equipamentos eletr�nicos foram apreendidos e passar�o por uma per�cia. Al�m dos itens sexuais e c�meras, os agentes encontraram tamb�m uma estufa para produ��o de maconha e um gal�o com clorof�rmio.
Leia a nota completa
"Conquanto exista gravidade concreta dos atos atribu�dos a Daniel Bittar, que j� provocaram sua condena��o absoluta pela opini�o p�blica, � imperativo lembrar que, dentro do �mbito jur�dico, o devido processo legal deve ser respeitado, e o seu julgamento deve seguir estritamente os princ�pios estabelecidos pela Constitui��o Federal. Por outro lado, � importante ressaltar que a fam�lia de Daniel Bittar n�o tem qualquer envolvimento com o caso em quest�o. No entanto, vem sofrendo graves amea�as diariamente, situa��o que j� foi devidamente documentada e demanda investiga��o. Pedimos respeito � integridade e � privacidade dos familiares neste momento dif�cil, enquanto as autoridades competentes prosseguem com as investiga��es e processos necess�rios.Philipe Benoni."