Andr� Luiz do Nascimento Soares, 48, e a filha dele, Samara Kiffini do Nascimento Soares, 23, tiveram a pris�o em flagrante convertida em preventiva em audi�ncia realizada nesta ter�a-feira (18) na Central de Cust�dia de Benfica, no Rio de Janeiro.
Os dois s�o acusados de agredir a m�dica Sandra Lucia Bouyer Rodrigues, 53, na emerg�ncia do Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, em Iraj�, zona norte no Rio, na madrugada de domingo (16). Segundo a pol�cia, eles quebraram portas, janelas e agrediram a �nica m�dica de plant�o.
Sandra recebeu cinco pontos na boca e tem hematomas e arranh�es nos bra�os e pesco�o. Os dois foram presos em flagrante no fim de semana e agora ficar�o detidos preventivamente enquanto respondem pelas acusa��es.
Segundo o Tribunal de Justi�a do Rio, a decis�o foi baseada na gravidade dos fatos. Enquanto as agress�es aconteciam, Arlene Marques da Silva, 82, internada na sala vermelha (cuidados intensivos), sofreu uma parada cardiorrespirat�ria e morreu.
A filha de Arlene diz que a m�e come�ou a passar mal na cama quando viu o homem socando o rosto da m�dica. Ela estava no hospital havia duas semanas por conta de um infarto.
"Conforme se constatou, a paciente em quest�o estava sendo monitorada o tempo todo pela equipe m�dica de plant�o, mas em raz�o das agress�es e do tumulto generalizado causados pelos custodiados a paciente ficou sem acompanhamento m�dico, vindo a �bito", afirma a decis�o judicial.
De acordo com o processo, no momento da agress�o Andr� estaria com a m�o direita atr�s da bermuda simulando estar com uma arma de fogo. Ainda de acordo com a investiga��o, Samara teria amea�ado "quebrar" a m�dica.
O pedido de convers�o da pris�o em flagrante em preventiva foi feita pelo Minist�rio P�blico. A defesa de pai e filha pediu o relaxamento da pris�o em flagrante e a concess�o de liberdade provis�ria aos dois.
A defesa dos dois, representada pelo advogado Cl�udio Rodrigues, disse na segunda-feira (17) que tem convic��o de que a responsabilidade pela morte de Arlene � do poder p�blico e afirma que a imputa��o de homic�dio � desproporcional e equivocada. O advogado n�o respondeu aos contatos nesta ter�a.
Cardiologista com experi�ncia em terapia intensiva, Sandra atua h� um ano e meio no hospital Silva Telles. Ela era a �nica m�dica para mais de 60 pacientes no plant�o no domingo. Tamb�m nesta ter�a, o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) recebeu a m�dica agredida para uma reuni�o.
Ela falou sobre os ataques no hospital e defendeu que outros m�dicos denunciem atos violentos. Sandra recebeu orienta��es e suporte da assessoria jur�dica da autarquia.