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Estado de Minas Viol�ncia

Bahia tem o segundo maior �ndice de mortes violentas; saiba o motivo

Levantamento do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica, divulgado em julho, mostra que fica atr�s somente do Amap�. Assassinato de M�e Bernadete refor�a as estat�sticas ruins da seguran�a p�blica no estado


19/08/2023 03:55 - atualizado 19/08/2023 09:14
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Wellington Santos (de boné), filho de Bernadete: omissão no caso do irmão levou à morte da mãe
Wellington Santos (de bon�), filho de Bernadete: omiss�o no caso do irm�o levou � morte da m�e (foto: (Jana�na Neri))

Por Raphael Pati*

O assassinato de Maria Bernadete Pac�fico, a M�e Bernadete , est� longe de ser um fato isolado, como denunciam os dados do Anu�rio do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica . Segundo o levantamento, divulgado em julho, a Bahia tem o segundo �ndice de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes (com 47,1), atr�s somente do Amap� (que tem 50,6).


 Al�m disso, Salvador � a segunda capital mais violenta do pa�s, com 66 mortes violentas intencionais (MVI) a cada 100 mil habitantes, atr�s apenas de Macap� (AP), com 70. Outros n�meros tamb�m confirmam o quadro de descontrole no enfrentamento � criminalidade no estado. Os quatro munic�pios com a maior taxa de MVI s�o da Bahia — um deles � Sim�es Filho, onde fica o quilombo que era liderado por M�e Bernadete.


 Para o especialista em seguran�a p�blica Leonardo Sant'Anna, esses dados sobre a Bahia apenas comprovam a falta de aplica��o de recursos na seguran�a p�blica. "A gente percebe que os investimentos feitos n�o permitem dizer que o estado se preocupou em desenhar algo de qualidade para a seguran�a p�blica", afirma.

Sant'Anna lista outras dificuldades que a seguran�a p�blica enfrenta na Bahia, como os baixos sal�rios para os profissionais do setor, a falta de capacita��o. Segundo o especialista, at� mesmo a localiza��o geogr�fica contribui para o quadro de descalabro na seguran�a p�blica no estado.

 

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"H� uma grande extens�o de �rea rural e rodovi�ria, o que gera dificuldades em exercer o patrulhamento nesse espa�o", explica.

Isso explicaria o avan�o do crime organizado na Bahia nos �ltimos anos, o que fez com que grupos vulner�veis, como os quilombolas, fiquem ainda mais desprotegidos. Segundo um levantamento da Coordena��o Nacional de Articula��o das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), pelo menos 30 quilombolas foram assassinados desde 2013 no pa�s. E, desse total, 11 ocorreram na Bahia.

"Em um momento em que essas mesmas comunidades, j� fragilizadas social e economicamente, come�am a buscar a garantia de alguns dos direitos — o que, culturalmente, n�o � comum em regi�es como essa —, a gente acaba tendo um desdobramento negativo", avalia Sant'Anna.

*Estagi�rio sob a supervis�o de Fabio Grecchi

 


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