
O homem, que � comerciante e tem 51 anos, foi ouvido e indiciado em um inqu�rito separado do que apura as circunst�ncias do ataque.
Segundo a pol�cia, o aluno passou o �ltimo fim de semana na casa do pai, em Santo Andr� (Grande S�o Paulo). L� ele pegou rev�lver calibre 38 usado no crime, que era guardado sob um colch�o. O adolescente tamb�m localizou as muni��es, que estavam em outro local da casa. Segundo a pol�cia, o jovem teria vasculhado a casa at� encontrar os objetos.
Os pais s�o separados. No domingo (22) ele retornou para a casa da m�e j� armado.
O rev�lver era registrado e estava regular, mas n�o havia sido recadastrado, segundo a pol�cia.
As motiva��es do ataque ainda s�o investigadas. Segundo o advogado Antonio Edio, que representava o atirador mas que deixou o caso na quarta-feira (25), o adolescente disse que cometeu o crime na tentativa de resolver o bullying e a homofobia que sofria e que pegou a arma escondido do pai.
A Escola Estadual Sapopemba tinha conhecimento de brigas em sala de aula envolvendo o autor do ataque.
A Folha de S.Paulo teve acesso ao depoimento de uma coordenadora que cita confus�es envolvendo o aluno, matriculado na unidade no primeiro semestre deste ano. O relato contradiz informa��o da gest�o Tarc�sio de Freitas (Republicanos) de que o atirador n�o era identificado pela dire��o da escola como um agressor em potencial.
Segundo a coordenadora pedag�gica, duas alunas a procuraram na quinta-feira (19) para alertar que o adolescente havia destratado uma colega. N�o h� detalhes sobre o que ocorreu. Na ocasi�o, o autor do ataque tamb�m teria dito que daria um presente para uma das alunas que acabou sendo baleadas.
A coordenadora afirmou aos policiais que conversaria com o jovem na sexta-feira (20), mas ele n�o foi � escola naquele dia. A inten��o ent�o seria cham�-lo para conversar na segunda-feira, dia do ataque.
A briga na semana anterior n�o teria sido a primeira confus�o da qual o adolescente participou. Segundo a coordenadora, houve um desentendimento entre ele e outra aluna no in�cio do ano.
Ainda de acordo com a coordenadora, ap�s os tiros ela encontrou o adolescente com a arma na m�o. Ela teria questionado o motivo da viol�ncia, tirado o rev�lver da m�o dele e o abra�ado. O atirador nada respondeu.
O adolescente teria permanecido na sala da diretora, que est� de f�rias, at� a chegada da Pol�cia Militar.