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Estado de Minas

Medicamento e osteonecrose nos maxilares


postado em 13/11/2018 05:06

Uma situa��o grave vem ocorrendo junto aos dentistas em Minas Gerais e no pa�s. Trata-se do uso de um medicamento contra a osteoporose que pode provocar necrose nos ossos maxilares. As drogas mais frequentemente associadas a esse problema pertencem ao grupo dos bifosfonatos. S�o rem�dios usados h� muito tempo na �rea de oncologia, em pacientes com mielomas m�ltiplos e met�stases �sseas osteol�ticas. Por impedir a reabsor��o �ssea, limitam o crescimento do tumor,

 

aliviando as dores associadas � enfermidade. No entanto, o que os dentistas t�m observado ultimamente � um aumento consider�vel de casos de osteonecrose nos maxilares (maxila e mand�bula), associada ao uso desses medicamentos.
A doen�a foi descrita pela primeira vez em 2003, pelo cirurgi�o bucomaxilofacial Robert E. Marx, da Universidade de Miami. O quadro cl�nico envolve perda da vitalidade �ssea na regi�o maxilofacial, provocada pelo uso de medicamentos antirreabsortivos ou antiangiog�nicos.


Os bifosfonatos t�m uma caracter�stica �mpar: ligam-se ao osso e levam cerca de 10 anos para ser eliminados, o que prolonga seus efeitos - tanto ben�ficos quanto indesej�veis.


Na luta contra o c�ncer, os m�dicos sempre consideraram que os efeitos colaterais valiam a pena diante dos benef�cios para o paciente. Entretanto, os problemas ganharam outra dimens�o quando os bifosfonatos, agora administrados por via oral, foram incorporados no combate � osteoporose.


Embora a incid�ncia da osteonecrose seja relativamente menor em pacientes com osteoporose do que naqueles com c�ncer, um grande n�mero de mulheres (a maioria dos pacientes) faz uso desse tipo de medica��o. Por essa raz�o, os consult�rios dent�rios v�m observando o aumento do n�mero de casos de osteonecrose nos maxilares, associada ao uso desse medicamento.


� importante salientar que em tumores malignos com les�es �sseas, esse grupo de drogas diminui a dor e evita fraturas. Por�m, a quest�o � como est� sendo utilizado, e, principalmente, a expans�o do uso dos bifosfonatos e outras subst�ncias conhecidas como antirreabsortivas, em casos de osteopenia, o est�gio anterior � osteoporose.


O uso de bifosfonatos na osteopenia talvez n�o seja bem indicado, o que pode aumentar extremamente o n�mero de pessoas expostas aos efeitos indesej�veis. Ressaltamos que o medicamento usado por via oral, por mais de tr�s anos, � um fator que aumenta o risco de ocorr�ncia de problemas. Quando a utiliza��o � por via venosa, esse prazo encurta.


Para a osteoporose, al�m da via oral tamb�m vem sendo indicado um bifosfonato na forma de uma infus�o – o mesmo que era usado por via venosa em oncologia. E, ainda, h� outro antirreabsortivo sendo ministrado semestralmente por via subcut�nea.


Entre os principais sintomas da osteonecrose dos maxilares destacamos dor forte, parestesia (altera��es sensoriais, ard�ncia ou formigamento), alveolites (condi��o dental dolorosa que ocorre ap�s a remo��o de um dente permanente) e a pr�pria exposi��o do osso. Essas complica��es s�o mais frequentes ap�s os procedimentos cir�rgicos odontol�gicos, havendo grande risco de perda de trabalhos prot�ticos suportados por implantes.


O tratamento dessa grave complica��o do esqueleto facial busca controlar a dor, limitar a infec��o secund�ria e a �rea de osso exposto. Portanto, salientamos que � muito importante que os pacientes que fazem uso de rem�dios classificados como antirreabsortivos, relatem, obrigatoriamente, sua utiliza��o ao dentista, ainda mais se for se submeter a qualquer tipo de cirurgia, como extra��es, enxertos e implantes.


Em pacientes oncol�gicos (em tratamento de tumores malignos), em que o risco de osteonecrose � maior, a melhor conduta � a preven��o. Sempre que poss�vel, antes de iniciar o tratamento quimioter�pico � importante procurar o dentista para um exame pr�vio e promover uma adequa��o da cavidade oral, eliminando problemas que poderiam necessitar extra��es dent�rias ou procedimentos cir�rgicos invasivos durante a quimioterapia.


Para concluir, ressaltamos, ainda, que a comunica��o entre os profissionais de sa�de � fundamental, por motivos �bvios.


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