A Bolsa de S�o Paulo registrou, na �ltima quinta-feira, o 11º recorde neste ano, numa aposta firme dos investidores de que o governo de Jair Bolsonaro conseguir� cumprir todas as promessas na �rea econ�mica, a come�ar pela reforma da Previd�ncia Social. Essa confian�a aumentou depois do p�riplo do ministro da Economia, Paulo Guedes, por Davos, na Su��a, onde se reuniu com a elite global das finan�as e do empresariado.
Guedes n�o s� prometeu entregar as mudan�as no sistema de aposentadorias ainda neste primeiro semestre, cuja economia poder� chegar a R$ 1,3 trilh�o em 10 anos, como garantiu que o governo reduzir� a carga tribut�ria sobre as empresas, de 34%, em m�dia, para 15%. Com essas medidas, acredita o ministro, o Brasil poder� crescer a taxas superiores a 4% ao ano por um longo per�odo e criar at� 10 milh�es de empregos nos quatro anos de governo Bolsonaro.
O discurso entoado pelo ministro, por sinal, foi fundamental para quebrar o gelo em rela��o ao pa�s entre os donos do dinheiro. At� a chegada da comitiva brasileira aos Alpes su��os, havia uma onda de desconfian�a, sobretudo pelo hist�rico do presidente Jair Bolsonaro, descompromissado com quest�es ambientais e distante das minorias. Os argumentos usados por Guedes para mostrar que o Brasil � um pa�s seguro para investimentos, que respeita contratos e est� comprometido com uma agenda liberal, fundamental para tirar o peso do Estado dos ombros de empreendedores, acabaram se sobressaindo.
Tanto que os principais bancos de investimentos do mundo j� projetam que o Brasil poder� receber pelo menos US$ 100 bilh�es do exterior caso as reformas sejam aprovadas. Esse dinheiro ser� vital para revitalizar a combalida infraestrutura do pa�s, ampliar f�bricas, agregar tecnologia, abrir postos de trabalho e ampliar a produtividade da economia. Infelizmente, nesse �ltimo ponto, estamos atrasad�ssimos. Para produzir o mesmo que um trabalhador dos Estados Unidos s�o necess�rios quatro brasileiros. Num mundo globalizado e altamente competitivo, n�o h� pa�s que resista.
Diante desses dados, � importante que o governo siga � risca o seu projeto. N�o pode ficar apenas na promessa. O Brasil enfrentou, nos �ltimos quatro anos, uma crise sem precedentes. As estat�sticas apontam que cerca de 26 milh�es de pessoas est�o desempregadas, desistiram de procurar emprego (por desalento) ou est�o subempregadas (n�o recebem o suficiente para bancar despesas b�sicas). Levando em conta que, na m�dia, os lares brasileiros s�o compostos por quatro pessoas, pode-se aferir que metade da popula��o est� sendo afetada pela escassez de trabalho.
A empreitada rumo a um pa�s melhor, contudo, n�o depende somente do governo. O Congresso, que tomar� posse em 1º de fevereiro, ter� papel relevante nesse processo. Deputados e senadores ter�o de deixar os interesses pessoais de lado, se afastar da pol�tica rasteira do toma l� d� c�, para trabalhar unidos em prol de um Brasil melhor. A grande renova��o do Legislativo � o sinal mais claro de que a popula��o n�o tolera mais o atraso. O pa�s exige grandeza.