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Estado de Minas

S� d� para a cesta b�sica!

Cabe, portanto, ao povo brasileiro a coragem de decidir fazer o futuro de um Brasil mais benfazejo


postado em 19/12/2019 04:00

Jo�o Dewet Moreira de Carvalho
Engenheiro-agr�nomo

 

Dias, atr�s, ao ir ao supermercado, presenciei, diante dos refrigeradores dos sorvetes, uma linda adolescente, por volta dos 12 anos, apontando para uma das caixas de sorvete que estavam expostas na vitrine, e exclamando: "M�e, este sorvete deve ser uma del�cia!". Nisso, o pai, que estava um pouco mais atr�s, ap�s contar o dinheiro que trazia na m�o, disse: "N�o vai dar, n�o, minha filha. Com o subemprego que consegui, eu s� tenho a conta exata da cesta b�sica. Se tirar para o sorvete, vai faltar o da comida." A adolescente, abaixou a cabe�a e, embara�ada, disse bem baixinho: "N�o tem problema, n�o, pai". A m�e, percebendo o desapontamento da filha, replicou: "Filha, outro dia eu volto aqui com voc� e compramos. Tenha f�, nossa vida vai melhorar!". A adolescente, meio sem gra�a e abra�ada pela autora da promessa e esperan�a, foi juntinho dela se afastando do refrigerador onde os potes dos deliciosos sorvetes permaneciam sedutoramente expostos.

A real situa��o das classes mais vulner�veis no Brasil � constrangedora. Tudo em decorr�ncia do desvario ideol�gico, da incapacidade administrativa e da incompar�vel corrup��o governamental resultantes dos anos de desgoverno de esquerda. Muitos n�o t�m condi��es m�nimas de sobreviv�ncia. Nem sequer de comprar uma cesta b�sica. Tudo porque o sonho da ilus�o ideol�gica esquerdista revelou-se, para as classes mais sofridas, um enorme pesadelo. No entanto, a elite dirigente dessas ideologias enganadoras continua desfrutando de imensas regalias. Inclusive com direito aos aplausos vindos de um claque de fan�ticos devidamente encabrestados.

E pensar que o Brasil teve naqueles anos a maior oportunidade da sua hist�ria de tornar-se uma das quatro maiores pot�ncias globais. Afinal, a internaliza��o de recursos batia recordes. Tudo devido ao auge da demanda pelas comodities agr�colas e minerais com altos pre�os no mercado internacional. Al�m de tudo, o pa�s havia despertado o interesse dos investidores mundiais, tornando-se um dos lugares mais promissores para aloca��o de recursos. Se tivesse sido feita uma administra��o razo�vel de toda essa excelente onda de expectativas econ�micas, teriam ocorrido investimentos nos mercado interno suficientes para cria��o de postos de trabalho capazes de derrubar a taxa de desemprego para n�veis irrelevantes. E distribu�do riqueza a todos. Al�m de formar para a na��o um colch�o amortizador contra as crises econ�micas mundiais. Certamente, hoje, a situa��o econ�mica do pa�s estaria bem melhor.

No entanto, a realidade atual � a que o atraso promovido pelos anos de equ�vocos ser� de dif�cil resolu��o. Tornando  extremamente lenta a retomada econ�mica sem a participa��o e desprendimento de toda a sociedade. Por isso, � urgente uma nova tomada de consci�ncia nacional quanto � necessidade de uma completa reformula��o dos valores a vigorar de agora em diante nas rela��es sociais. E da extrema necessidade de se ter mais sabedoria nas tomadas nacionais de decis�o.

Contudo, ainda assim, parte dos gargalos permanecem. Principalmente, em rela��o a certas institui��es "republicanas" que s�o, na verdade, respons�veis por manter o pa�s debaixo de um ultrapassado coronelismo insolente, cujos jarg�es preferidos s�o "voc� sabe com quem est� falando?" e "somos Supremo!". S� resta, ent�o, ser repensado qual a verdadeira fun��o de todo o aparato estatal. Ou seja, qual a real fun��o do setor p�blico? Pois ele se tornou, em grande parte, respons�vel pela continua��o dessa famigerada crise. E principal promotor da vergonhosa criminalidade e inseguran�a vigentes.

Por tudo isso, decis�es que gerem a��es efetivas a ser tomadas pela popula��o brasileira s�o essenciais para o reerguimento do Brasil. Afinal, a vida � feita de seguidos momentos de escolha. Algumas s�o de import�ncia relativa: ou se compra a cesta b�sica ou o sorvete. J� outras s�o fundamentais � exist�ncia. Pois todos s�o como um longo enredo escrito durante anos. Em que as escolhas feitas nas encruzilhadas da vida determinam o tipo de pessoa que cada um se torna. Cuja sabedoria do velho vaqueiro j� ensinava: "O que importa n�o � o que voc� poderia ter feito de sua vida, mas, sim, o que voc� fez diante do que ela lhe ofereceu. Pois, somente nela voc� foi, e continua sendo, o intr�pido cavaleiro". E o mesmo ocorre com as na��es. As decis�es do seu povo, em momentos cruciais, determinam o tipo de pa�s que ser� constru�do. Afinal, a impossibilidade de um pa�s mais fraterno s� � sonho de poeta enquanto n�o se torna realidade a contradizer a roleta da corrup��o institucional, do subdesenvolvimento escravizador e do impertinente e contumaz abuso de autoridade. Pois todo futuro concreto � antes de existir nada mais do que mera abstra��o. Cabe, portanto, ao povo brasileiro a coragem de decidir fazer o futuro de um Brasil mais benfazejo para todos correrem ao seu encontro ou afast�-lo, definitivamente, por pura acomoda��o.


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