(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

O papel das empresas na inclus�o da popula��o LGBTQIA+

Pesquisa constatou que 55% das pessoas LGBTQIA+ consideram que existe um impacto negativo em se declarar fora da heteronormatividade no ambiente corporativo


29/06/2021 04:00

David Rosa e Gisele Monteiro
Colaboradores do Laborat�rio Hermes Pardini
 
No m�s de junho, � celebrado o m�s do orgulho em todo o mundo, �poca em que acontecem as grandes Paradas do Orgulho LGBTQIA+, inclusive agora no novo formato virtual, momento em que grandes marcas vestem a bandeira do arco-�ris demonstrando apoio � causa, e que de alguma forma enxergamos tudo mais colorido. Um presente marcado pelas cores se ainda n�o viv�ssemos o tom sombrio dos maiores �ndices de viol�ncia que o Brasil lidera contra a popula��o LGBTQIA . Segundo relat�rio do Grupo Gay da Bahia, em 2020, 237 cidad�os tiveram morte violenta v�timas da homotransfobia.

� por conta da viol�ncia que desde 28 de junho de 1969 a popula��o LGBTQIA decidiu n�o mais se calar. A Revolta de Stonewall foi o estopim para que houvesse o grito de liberdade t�o necess�rio para o in�cio da luta por direitos e contra toda forma de preconceito. Vale lembrar que qualquer pr�tica homossexual era considerada crime em todos os estados dos EUA at� 1962.

Hoje, com um pouco mais de 50 anos de luta ainda nos deparamos com estat�sticas t�o tristes. O Brasil tem a maior Parada do Orgulho do mundo, foi um dos primeiros pa�ses a descriminalizar a homossexualidade, mas ainda tem o maior �ndice de viol�ncia contra a popula��o LGBTQIA .

Trazendo a discuss�o para o mundo do trabalho, entendemos que ainda � preciso que haja reivindica��o por parte de movimentos, coletivos, indiv�duos LGBTQIA e aliados em busca de direitos e acesso a espa�os que ainda s�o negados. Hoje, lidamos com um cen�rio dividido entre invisibilidade e preconceito X inclus�o.

A pesquisa Getting to Equal 2020, da Accenture, constatou que 55% das pessoas LGBTQIA consideram que existe um impacto negativo em se declarar fora da heteronormatividade no ambiente corporativo. Esse dado aparece em um cen�rio onde as manifesta��es p�blicas de empresas em apoio � causa tornam-se cada vez mais frequentes. 

O apoio no ambiente corporativo passa a ser ainda mais decisivo quando olhamos para as viol�ncias e microagress�es enfrentadas por pessoas LGBTQIA na sociedade. A independ�ncia financeira conquistada por meio do trabalho torna-se fundamental a tantos que nem sequer contam com o acolhimento e o respeito entre seus familiares.

O sil�ncio � parte da vida de muitas pessoas LGBTQIA no trabalho, onde evitam falar sobre aspectos da vida pessoal, como todas as demais pessoas fazem, ou at� mesmo precisam mentir ou fingir para ser integrados e n�o ser vitimados pelo preconceito manifesto. O desconforto e o medo come�am no processo seletivo, quando relatos da vida pessoal s�o omitidos ou negados a fim de garantir que n�o sejam empecilho para uma contrata��o – e mesmo ap�s serem contratados, para muitos, o receio de n�o serem apoiados por suas lideran�as e times persiste.

� importante analisarmos se as pr�ticas corporativas t�m caminhado no sentido de tornar de fato as empresas mais inclusivas. � importante compreendermos que uma mudan�a cultural demanda tempo e n�o pode ser motivada apenas ao interesse de proje��o externa, sendo fundamentada em processos e pol�ticas que precisam ser de conhecimento de todas as pessoas da empresa.

Em um contexto em que ainda � preciso rememorar as viol�ncias cometidas contra as pessoas LGBTQIA , o posicionamento das empresas sobre essa pauta torna-se n�o somente necess�rio, mas urgente. Ao longo do m�s de junho, as celebra��es em rela��o �s lutas em favor da vida e da garantia de direitos e respeito tornam o tema o foco de muitas a��es e divulga��es, mas tamb�m precisam ser espa�o para que seja constru�da a sustentabilidade dos processos de incluir, acolher, respeitar e valorizar as pessoas.
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)