Rodrigo Correia da Silva
Fundador da Suprevida, plataforma de
produtos, informa��es e servi�os de sa�de
O aumento da expectativa e da qualidade de vida tem feito com que os gastos com sa�de no Brasil subam a cada ano. Em 2019, no �ltimo levantamento divulgado pelo IBGE e referente a 2017, chegava a R$ 608,3 bilh�es, representando 9,2% do PIB. Se formos analisar em um cen�rio mundial, esse n�mero representa a 15ª posi��o no ranking de pa�ses da Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico (OCDE). Agora, em 2021, a estimativa � que esses gastos estejam em torno R$ 770 bilh�es, o que corresponde a 10% do PIB, sendo que 41% s�o feitos pelo governo e 59% pelas fam�lias. Ainda aqu�m do investimento per capita necess�rio para garantir cobertura ampla e suficiente para o povo.
Em 2021, boa parte desse aumento pode ser creditada � pandemia de COVID-19 no Brasil, que fez com que os estados aumentassem – e muito – os investimentos nessa �rea. Em 2020, eles somaram R$ 155 milh�es, com alta de 61,8% contra 2019. Al�m da mudan�a do equil�brio dos gastos no sistema de sa�de, o v�rus tamb�m provocou uma mudan�a no comportamento do consumidor. Se antes os pacientes corriam para m�dicos e consultas, hoje em dia essa pr�tica est� mais seletiva. Seja por medo da exposi��o ao coronav�rus ou pela lota��o dos hospitais. O fato � que as pessoas passaram a cuidar mais da pr�pria sa�de e dentro de casa, ajudando a desafogar servi�os p�blicos j� t�o sobrecarregados.
Enquanto o volume de cirurgias n�o retorna � normalidade e a vacina��o avan�a a passos lentos no pa�s, a aten��o domiciliar vem ganhando for�a e ades�o dos brasileiros. Em 2020, esse setor registrou um aumento de 15%, segundo estudo recente divulgado pelo N�cleo Nacional de Empresas de Servi�os de Aten��o Domiciliar (Nead) 2019/2020. Para 2021, a expectativa continua de crescimento. Na Suprevida, plataforma de servi�os, produtos e informa��es de sa�de, podemos confirmar esse movimento. A startup registrou um aumento do consumo de conte�dos sobre COVID-19 de mais de 100% em mar�o deste ano, comparado ao mesmo per�odo do ano anterior. J� a procura referente ao tema de cuidados com feridas em casa subiu mais de 400%.
N�o foi somente a busca por informa��o de cuidados domiciliares que subiu, a por produtos tamb�m. Em mar�o de 2021, a procura por exercitadores respirat�rios, utilizados no tratamento p�s-COVID subiu mais de 800%, dado que comprova o novo comportamento dos consumidores em se preservar. Outro fator que colaborou para esses novos h�bitos foi tamb�m o aumento do consumo digital, inclusive na �rea da sa�de. Um p�blico j� debilitado e que n�o pode se arriscar na rua encontrou uma nova forma de se cuidar.
Temos car�ncias hist�ricas de aten��o � sa�de e desigualdades muito agudas nas condi��es de autocuidado no lar. A pandemia exp�s a gravidade das necessidades e abriu o setor sa�de para um contexto cheio de oportunidades para quem tiver uma vis�o ampla e estiver disposto a resolver essas dores com as ferramentas atualmente dispon�veis. Em um pa�s diverso e continental como o Brasil, as solu��es pela internet t�m pista livre para crescimento, a telemedicina � exemplo claro. � preciso flexibilidade e coragem para inovar, acompanhando as r�pidas mudan�as dos h�bitos dos consumidores que j� est�o em marcha no setor sa�de. Ser health e ser tech est� cada dia mais pop.