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Estado de Minas editorial

Esc�ndalo eleitoral

Enquanto o fundo eleitoral cresce quase 300%, o aux�lio emergencial encolheu de R$ 600 para valores que v�o de R$ 150 a R$ 375


17/07/2021 04:00




De olho nas elei��es do pr�ximo ano, deputados e senadores elevaram, em tr�s vezes, o fundo eleitoral, que passou de R$ 1,8 bilh�o para R$ 5,7 bilh�es, na aprova��o da Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) de 2022 – a diferen�a equivale a 11% do Bolsa-Fam�lia. Para um dos deputados, a decis�o foi "vergonhosa". Para a sociedade, � revoltante, diante das calamidades econ�mica, social e sanit�ria enfrentadas pelo pa�s, face � pouca ou nenhuma efici�ncia e efic�cia de um Congresso que se tem prestado a chancelar a desconstru��o de pol�ticas p�blicas e avan�os sociais conquistados pela sociedade brasileira.

Enquanto o Fundo Eleitoral cresce quase 300%, estimulando o empreendedorismo partid�rio, o aux�lio emergencial, destinado a desempregados, trabalhadores aut�nomos e pessoas com renda familiar inferior a meio sal�rio m�nimo, encolheu de R$ 600 para valores que v�o de R$ 150 a R$ 375, quantias insuficientes para garantir alimenta��o de um brasileiro por 30 dias. A justificativa do governo para a redu��o do benef�cio foi a incapacidade do Tesouro Nacional de arcar com despesas maiores, devido � forte queda da arrecada��o.

Al�m do expressivo aumento do dinheiro para as campanhas eleitorais, os partidos pol�ticos – atualmente, 33 com assento no Congresso – contam com o fundo partid�rio. No primeiro semestre deste ano, a Justi�a Eleitoral distribuiu R$ 489,33 milh�es �s legendas. Este montante � formado por recursos da Uni�o, multas, penalidades, doa��es de pessoas f�sicas e jur�dicas e outros previstos em lei.

O pa�s, est� claro, vive uma crise sem precedentes, com mais de 119 milh�es de famintos, 14,8 milh�es de desempregados, 6 milh�es de desalentados, infla��o em ascens�o e, o pior de tudo, mais de 530 mil mortos pela pandemia e quase 20 milh�es de infectados. Menos de 20% da popula��o brasileira foi contemplada com duas doses da vacina contra a COVID-19 desde o in�cio da imuniza��o, h� seis meses. E o que o Congresso tem feito para mitigar o inquestion�vel aumento da mis�ria no pa�s? Pouco, ocupando-se mais de debates pol�micos, como voto impresso e or�amentos paralelos para atender aos interesses pessoais e de grupos espec�ficos.

Embora cada parlamentar diga ser representante dos interesses e dos direitos dos cidad�os, nenhuma agremia��o se destaca no cen�rio pol�tico com uma proposta para tirar o pa�s do caos em que est� mergulhado, principalmente no que tange � sa�de p�blica, � educa��o, � seguran�a p�blica, ao saneamento b�sico, ao meio ambiente e a tantos outros direitos que s�o postergados ou negados aos eleitores. O que se evidencia no pa�s s�o perdas di�rias n�o s� de vidas, mas de qualidade de vida, principalmente para aqueles que sobreviveram com graves sequelas ao ataque da COVID-19.

Os momentos de dificuldades servem para que se reconhe�am os verdadeiros amigos. Hoje percebemos, com raras exce��es, que a maioria dos parlamentares est� alheia �s reais necessidades da sociedade brasileira. A constata��o imp�e aos eleitores pensar e repensar suas escolhas em 2022, diante das urnas.


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