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Estado de Minas artigo

Energia limpa

O setor sucroalcooleiro fornece energia limpa para mover f�bricas, iluminar cidades, abastecer o transporte e gerar divisas no com�rcio exterior


22/07/2021 04:00






Jo�o Guilherme Sabino Ometto
Engenheiro (Escola de Engenharia de S�o Carlos - EESC/USP), 
empres�rio e membro da Academia Nacional de Agricultura (ANA) 

risco de racionamento de eletricidade decorrente da falta de chuvas este ano, fator agravante da crise provocada pela COVID-19, alerta para a necessidade de ampliar a diversifica��o da matriz energ�tica nacional, reduzindo a depend�ncia das usinas hidrel�tricas. Nesse sentido, � relevante a contribui��o do setor sucroalcooleiro, cujas fontes t�m grande potencial, s�o renov�veis e apresentam baixos �ndices de emiss�o de carbono, com reconhecidos ganhos ambientais.

A bioeletricidade produzida a partir do baga�o e da palha da cana-de-a��car, uma das vertentes da contribui��o do setor, j� representa 62% do total de 18,5 gigawatts (GW) da cogera��o existente no pa�s de capacidade instalada em opera��o comercial. Essa possibilidade viabilizou-se pela mecaniza��o da colheita e do plantio, da qual resultaram n�veis de sustentabilidade incompar�veis em todo o mundo e que incluiu a capacita��o de profissionais para operar equipamentos com alto �ndice de tecnologia embarcada. O g�s natural responde por 17% e o licor negro, 14%. Este � um fluido resultante do processo produtivo da ind�stria papeleira.
 
 
 
 
Outra fonte importante de eletricidade � o biog�s, cujo potencial no Brasil � de 170.912 GWh (fonte: ABiog�s), o maior do mundo. Em volume, 21,1 bilh�es de normais metros c�bicos por hora (Nm³/h) adv�m do segmento sucroenerg�tico; 6,6 bilh�es de ramos distintos da produ��o agr�cola; 14,2 bilh�es da pecu�ria; e 2,2 bilh�es do saneamento. Esse combust�vel, em sua vers�o purificada, compara-se, em termos energ�ticos, ao g�s natural f�ssil, com a vantagem de ser totalmente renov�vel e ter pegada negativa de carbono.

O etanol de cana-de-a��car completa o aporte do setor � matriz energ�tica nacional. De acordo com o primeiro levantamento da safra 2021/22 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produ��o ser� de 27 bilh�es de litros. Embora haja uma redu��o de 9,1% em rela��o aos 29,7 bilh�es referentes � temporada anterior, devido � queda da demanda atrelada �s quarentenas e ao distanciamento social, o Brasil continua sendo o segundo maior produtor mundial, atr�s apenas dos Estados Unidos. Neste pa�s, por�m, a maior parte adv�m do milho, apresentando maior custo e menor �ndice energ�tico.

Cabe lembrar que o etanol de cana-de-a��car � praticamente neutro em emiss�es de carbono e renov�vel, al�m de gerar renda, empregos e ingresso de d�lares resultantes da exporta��o. Somente no primeiro bimestre deste ano, na compara��o com igual per�odo de 2020, as vendas externas cresceram 50,9%, alcan�ando 343,31 milh�es de litros, e a receita aumentou 22%, somando US$ 158,22 milh�es (fonte: Secex/Minist�rio da Economia).

Apesar de todas as dificuldades inerentes � pandemia, o setor sucroalcooleiro fornece energia limpa para mover f�bricas, iluminar cidades, abastecer o transporte e gerar divisas no com�rcio exterior. S�o combust�veis que contribuem para a retomada do crescimento e a recupera��o da economia nacional.


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