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Estado de Minas editorial

� preciso criar empregos

Para o desenvolvimento econ�mico e a redu��o da brutal desigualdade que existe no pa�s s�o necess�rios mais empregos, com sal�rios melhores


01/10/2021 04:00

� sempre positiva a not�cia de que houve queda na taxa de desemprego, principalmente em momentos de crise econ�mica. Mas s�o tamb�m esses momentos de turbul�ncia que devem nos servir para afastar a ilus�o de que pequenos sinais de melhora possam significar revers�o do quadro ou mesmo encaminhamento para a solu��o dos problemas do mercado de trabalho brasileiro. A taxa de desocupados em rela��o � popula��o economicamente ativa ficou em 13,7% no trimestre m�vel encerrado em julho, um ponto percentual abaixo dos 14,7% verificados no trimestre finalizado em abril, e est�vel em rela��o a julho do ano passado, quando o desemprego foi de 13,8%. Ainda assim, o Brasil tem 14,1 milh�es de brasileiros sem trabalho, conforme dados do IBGE.

� certo que esse contingente tem 676 mil pessoas a menos do que em abril, mas aqui vai a primeira observa��o que � preciso ter. Entre o trimestre encerrado em abril e o de julho, o n�mero de trabalhadores na informalidade saltou de 34,2 milh�es para 36,3 milh�es, o que representa 2,1 milh�es de trabalhadores a mais ocupados, mas sem carteira assinada. Isso indica que grande parte dos que recuperaram o trabalho optaram por uma vaga sem garantias legais e provavelmente recebendo menos que o sal�rio m�nimo. H� ainda 31,7 milh�es de subutilizados, o que inclui os desempregados e outros 17,6 milh�es de subocupados por insufici�ncia de horas trabalhadas ou na for�a de trabalho.

Um efeito dessa informalidade � o impacto na renda real do trabalhador, que vem em queda. Era de R$ 2.750 em julho de 2020, passou para R$ 2.583 em abril e em julho caiu mais um pouco e ficou em R$ 2.508. Em d�lar, considerando a cota��o de R$ 5,40, esse rendimento corresponde a US$ 461 – no caso do sal�rio m�nimo, s�o US$ 202. Comparando com outros pa�ses, essa renda do trabalhador brasileiro dolarizada � menor do que o sal�rio m�nimo da Coreia do Sul (US$ 797), do Jap�o (US$ 944) e muito inferior � menor quantia paga pelo trabalho na Fran�a (US$ 1.454) e nos Estados Unidos (US$ 1.380), por exemplo.

Com 14,1 milh�es de trabalhadores desempregados, o Brasil ainda tem uma das maiores taxas de desemprego do mundo. Na realidade, menor apenas do que �frica do Sul (34,4%) e Espanha (14%) e pouco acima da Gr�cia (13,2%), conforme dados do site portugu�s www.countryeconomy.com, que re�ne informa��es econ�micas de v�rios pa�ses. � essa a realidade do nosso mercado de trabalho, que tem um n�mero alto de desempregados e trabalhadores na informalidade, com um padr�o de renda abaixo do n�vel de pa�ses desenvolvidos. E � essa realidade que precisa ser atacada por pol�ticas que favore�am a abertura de postos de trabalho formais para reduzir a taxa de desocupa��o e elevar a renda m�dia.

� preciso definir medidas que incentivem a retomada dos investimentos e a abertura de postos de trabalho. E essa a��o p�blica se faz urgente diante da retomada da atividade econ�mica com o avan�o da vacina��o contra a COVID-19 e a redu��o do n�mero de casos e mortes pela doen�a. Para o desenvolvimento econ�mico e a redu��o da brutal desigualdade que existe no pa�s � preciso mais empregos – e empregos com sal�rios melhores. Sem essa premissa, a economia brasileira est� condenada a n�o aproveitar as mudan�as em curso no mundo para mudar de patamar e voltar ao grupo das 10 maiores economias do planeta.


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