Paulo Henrique Laia
Cirurgi�o pl�stico, s�cio-diretor do Premier Hospital Dia
O assunto anestesia gera muitas d�vidas, por provocar medo em rela��o �s rea��es. Muitas pessoas n�o sabem, mas alguns pacientes, talvez por influ�ncias culturais, preferem uma determinada t�cnica anest�sica. Os brasileiros, por exemplo, apresentam receio da anestesia geral, enquanto os americanos a preferem. O fato � que, em diversos casos, a anestesia geral � escolhida porque a expectativa � evitar qualquer tipo de dor. O processo na cirurgia pl�stica ainda � cercado por diversos mitos e verdades.
� comum ficar reticente ao conversar sobre anestesia, ou, simplesmente, ficar se remoendo com a possibilidade de acordar no meio do procedimento. Primeiramente, deve-se ter calma, pois n�o h� necessidade de p�nico. Muitas situa��es de risco podem ser previstas antes, durante e ap�s a aplica��o anest�sica.
A afirma��o de que a anestesia geral � mais perigosa � mito, uma vez que a medicina est� muito moderna com o avan�o tecnol�gico. Atualmente, existe muito mais seguran�a com essa op��o. As medica��es t�m um tempo de a��o mais curto, ou seja, fazem efeito mais r�pido. Mesmo com menores dosagens, conseguem-se os mesmos efeitos que dose maiores usadas anteriormente.
Vale observar ainda que s�o drogas de elimina��o mais f�cil pelo organismo. As novas medica��es restringem os efeitos colaterais e as complica��es. A indica��o de uma anestesia geral pelo m�dico n�o deve mais provocar ansiedade, uma vez que as medica��es tamb�m apresentam grandes evolu��es.
Outra situa��o geradora de receio seria o fato de n�o acordar da anestesia. Outro mito. Qualquer paciente acorda da anestesia. O que comumente ocorre � a confus�o entre a sensibilidade de cada um sobre o efeito do sedativo. H� quem elimine as medica��es mais rapidamente, enquanto outros tendem a demorar um pouco mais, alterando o processo de acordar. Existem ainda outras medica��es, denominadas antagonistas, com o efeito contr�rio, para despertar.
Em alguns casos, o paciente pode acordar tr�mulo, sendo uma resposta � queda da temperatura corporal, chamada de hipotermia. A situa��o tem v�rias causas, como a temperatura do bloco cir�rgico, que, em geral, deve ficar entre 18 e 19 graus, focando na manuten��o dos equipamentos e controle de infec��o hospitalar.
A anestesia pode gerar v�mito, o que � verdade, por�m, os anestesistas j� colocam como medica��o os antiem�ticos, para evitar n�useas.
O sucesso de qualquer cirurgia come�a antes do procedimento, selecionando a equipe cir�rgica e a seguran�a do hospital. A partir desses dois fatores, as chances de complica��es s�o m�nimas. Contudo, devem-se considerar todas as etapas at� o procedimento cir�rgico. � importante tamb�m seguir todas as recomenda��es do cirurgi�o, antes e depois.
A maioria das complica��es decorre de op��es equivocadas de profissionais, cl�nicas ou hospitais. Portanto, � preciso muita seriedade para decidir sobre alguma cirurgia pl�stica, focando no bem-estar e sa�de.