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M�s da Mulher: desafios no Brasil

� preciso resist�ncia e express�o, bem como alargar espa�os j� conquistados


12/03/2022 04:00

Guadalupe Dias
Mestre em controladoria pela USP, contadora, s�cia da Guadalupe Dias Contadores Associados

O dia 8 de mar�o deveria ser mais que uma data no calend�rio de comemora��o do pa�s. Afinal, somos a maioria da popula��o. Segundo o IBGE, na publica��o da Pesquisa Nacional de Sa�de de 26.8.2021, em 2019, represent�vamos 52,2% da popula��o brasileira, o que corresponde a 109,4 milh�es de mulheres, al�m de sermos a maioria entre a popula��o idosa, 56,7%. No entanto, a realidade � mais que cruel, de acordo com o F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica, publicado em 11.12.2021.

Conforme o �rg�o, nos seis primeiros meses de 2021, 666 mulheres foram v�timas de feminic�dio, uma m�dia assustadora de 4 mulheres assassinadas por dia por um atual ou ex-parceiro. N�meros que podem ainda ser maiores, pelo fato de que nem todos os crimes contra mulheres s�o registrados como feminic�dio.

Segundo o F�rum, os casos de estupro em geral e de vulner�vel, tendo como v�tima a mulher, no primeiro semestre de 2021, aumentaram 8,3% quando comparados a igual per�odo do ano de 2020, percentual esse certamente subnotificado em fun��o da pandemia, que dificultou, por exemplo, o acesso aos �rg�os para a realiza��o da den�ncia, caso de viol�ncia sexual, em que h� necessidade do exame de corpo de delito.

Entre outras raz�es, o medo, o constrangimento, a humilha��o e, pelo pior dos motivos, a depend�ncia financeira, al�m da viol�ncia desprez�vel, aqui diagnosticada, a mulher ainda enfrenta, atualmente, abuso moral, ass�dio sexual, sal�rio desigual, desvaloriza��o do trabalho e baixa representatividade em cargos de lideran�a, seja no setor p�blico, seja no privado. Isso tem que mudar, e essa mudan�a passa, necessariamente, por meio da vontade da sociedade, n�o aceitando mais “a constru��o coletiva de pactos que ocultam e silenciam esses crimes, assim chamada cultura do estupro, somada ao compartilhamento de pr�ticas de masculinidade violentas que perpassem essas a��es”, como apresentadas em dados de viol�ncia sexual no pa�s.

Para isso, � preciso resist�ncia e express�o, bem como alargar espa�os j� conquistados, esses que n�o foram poucos, mas ainda insuficientes. Mulheres e meninas em campo, lado a lado, com homens e meninos, e muitas iniciativas a serem buscadas, de forma a permitir e garantir a continuidade desta trajet�ria que, inacreditavelmente, ainda encontra resist�ncias.

Atualmente, � importante destacar que, al�m da Lei Maria da Penha, j� com 16 anos, e altera��es �ltimas agora, em 2021, abrem-se portas para, em menor espa�o de tempo, outras a��es se consolidarem e ganharem for�a, como a Lei do Feminic�dio/2015 e a importuna��o sexual feminina, que em 2018 passou a ser considerada crime.

ONGs, em n�mero cada vez maior, v�m atuando ativamente na assist�ncia a mulheres/suas hist�rias, bem como delegacias especializadas e movimentos sociais tamb�m se solidarizam em defesa da mulher, a exemplo da a��o solid�ria “Mexeu com uma, mexeu com todas”, que ganhou, inclusive, as telas dos cinemas em document�rio da diretora, produtora, roteirista e cineasta Sandra Werneck.
 


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