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Estado de Minas Editorial

Retratos do Brasil


10/07/2022 04:00

Dentro de um m�s, come�a oficialmente a campanha eleitoral no Brasil. Nunca o mundo esteve t�o atento ao destino pol�tico do pa�s, que vive uma polariza��o sem precedentes. � vis�vel o temor entre agentes do mercado financeiro, empres�rios, autoridades e acad�micos de v�rias partes do planeta, em especial da Europa, sobre os rumos que a maior democracia da Am�rica Latina pode tomar. A palavra golpe est� presente em quase todas as conversas.

A preocupa��o em rela��o ao Brasil ficou evidente durante recente passagem de cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por Portugal. Todos, incluindo Andr� Mendon�a, indicado � corte pelo presidente Jair Bolsonaro, foram sistematicamente questionados quanto aos riscos de ruptura democr�tica no pa�s. Em per�odos de normalidade, isso jamais aconteceria. Os ministros se limitariam a falar do funcionamento e das diretrizes do Judici�rio brasileiro, nada al�m do tecnicismo caracter�stico a esse Poder.

A vis�o geral � de que, ao menor sinal de desleixo da sociedade, os que n�o pregam a democracia podem dar as cartas. Portanto, os eleitores devem ficar atentos e afastar os riscos de se repetirem no Brasil aberra��es como as que se veem atualmente na Hungria e na Pol�nia. Nesses pa�ses, associados � Uni�o Europeia, governos de extrema-direita passaram a perseguir opositores, cooptaram o Judici�rio e disseminaram uma onda de xenofobia assustadora. S�o exemplos aos quais o Brasil deve ficar atento para n�o repeti-los, alertaram os ministros do STF.

De longe, mas atento ao que se passa na pol�tica brasileira, o mundo pensante espera que a democracia prevale�a, e que o resultado das urnas seja respeitado, qualquer que seja ele. Seria dram�tico demais o pa�s caminhar para uma autocracia ou mesmo recorrer a atos como a invas�o do Capit�lio, templo do regime democr�tico dos Estados Unidos, em janeiro de 2021. Retrocessos levar�o o Brasil a um isolamento da comunidade internacional.

Os que acompanham com mais afinco o andamento das elei��es brasileiras ressaltam que n�o foi por bravata ou picardia que um parlamentar norte-americano prop�s, recentemente, um projeto proibindo a parceria entre as For�as Armadas dos Estados Unidos e as cong�neres brasileiras, caso os fardados tupiniquins se aliem aos que defendem o desrespeito �s institui��es e a ruptura democr�tica. � um alerta contundente de como o mundo v� com preocupa��o o direito b�sico previsto na Constitui��o de os brasileiros elegerem seus governantes.

A radicaliza��o pol�tica tamb�m coloca em suspense o futuro da economia brasileira. Com o mundo flertando com a recess�o, o capital produtivo tender� a ser mais seletivo na hora de definir para onde vai. Democracias sempre t�m prioridade. � importante lembrar que o Produto Interno Bruto (PIB) do pa�s cresceu, em m�dia, apenas 0,3% ao ano na �ltima d�cada. As proje��es internacionais apontam para incremento pr�ximo de 1% em 2022 e de 0,5% em 2023. Aventuras antidemocr�ticas empurrar�o o Brasil para um quadro muito mais dram�tico economicamente.

O desenrolar da campanha eleitoral e, consequentemente, as vota��es estar�o no radar de autoridades mundiais, que defendem que o pleito de outubro pr�ximo seja acompanhado por organismos multilaterais para endossarem toda a lisura do processo. N�o se tratar� de interfer�ncia indevida, mas de mostrar ao planeta o quanto a democracia brasileira � fundamental para o funcionamento da ordem global.


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