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Estado de Minas Editorial

Infla��o, enfim, sinaliza queda

Como mostrou estudo do FMI, os efeitos da pandemia na economia global foram mais devastadores do que as duas grandes guerras mundiais juntas.


19/07/2022 04:00

A semana come�a com boas not�cias sobre um assunto que tem assombrado os brasileiros: a infla��o. Enfim, h� sinais de que o drag�o da carestia pode dar uma tr�gua, pelo menos moment�nea, ao bolso dos brasileiros. � o que mostra o �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal (IPC-S). Divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Funda��o Get�lio Vargas (FGV Ibre), o indicador desacelerou para 0,24% na segunda quadrissemana deste m�s, ap�s a taxa de 0,69% na quadrissemana anterior.
 
Outros dois dados positivos, anunciados pelo Banco Central, vieram do Boletim Focus, baseado na avalia��o de analistas do mercado financeiro. Al�m de reduzir a estimativa do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (IPCA) – que mede a infla��o oficial –, de 7,67% para 7,54% neste ano, eles elevaram de 1,59% para 1,75% a previs�o de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e servi�os produzidos no pa�s).  
 
Embora para 2023 analistas tenham revisto para cima o progn�stico do IPCA, de 5,09% para 5,20%, e de haver mantido o do PIB em 0,50%, a expectativa de infla��o menor e de melhora no desempenho da economia em 2022 chegou a animar investidores, que voltaram a apostar na bolsa de valores brasileira. Depois de encerrar a semana passada com perdas de quase 4%, o Ibovespa subiu 0,38%, ontem. Poderia ter sido melhor, pois passou boa parte do dia acima de 1%. Recuou afetado pelo resultado negativo de bolsas americanas. Em movimento inverso, o d�lar, que come�ou o dia em baixa, inverteu a curva e fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,425.
 
Desgastado sobretudo pela disparada de pre�os, o governo Bolsonaro est� diante de um problema que desafia n�o apenas o Brasil, mas o mundo inteiro. Como mostrou estudo do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), os efeitos da pandemia de COVID-19 na economia global foram mais devastadores do que as duas grandes guerras mundiais juntas.
 
N�o bastasse a cat�strofe epidemiol�gica, a guerra deflagrada pela R�ssia contra a Ucr�nia agravou esse cen�rio, levando a uma escalada nos pre�os da energia e do petr�leo em todo o planeta, com incid�ncia direta no custo dos alimentos. O resultado disso � que a infla��o disparou mundo afora. Em d�cadas, � a maior enfrentada pelos Estados Unidos, que correm o risco de entrar em recess�o, e pela Europa. Aqui, � a pior desde o governo de Dilma Rousseff. Na Argentina, chegou a mais de 60% em junho. 
 
Em ofensiva para melhorar a imagem do governo e dar sobrevida pol�tica a Bolsonaro, o Planalto conseguiu aprovar medidas como a diminui��o na al�quota do ICMS sobre bens essenciais, que levaram � redu��o do pre�o da gasolina, que beirava os R$ 8 e agora pode ser encontrado abaixo dos R$ 6. Tamb�m aprovou, no Congresso, na semana passada, proposta de emenda � Constitui��o que permitir� ao governo conceder aumento no Aux�lio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e a criar vale-diesel de R$ 1 mil destinado a caminhoneiros.
 
Os dois movimentos s�o as grandes apostas dos governistas e aliados para frear o aumento de pre�os e turbinar a economia. No entanto, como t�m validade apenas at� dezembro pr�ximo, especialistas alertam que haver� ganhos neste ano, mas sobrar� uma conta salgada para 2023. Sobretudo devido � PEC dos Benef�cios. Manobra usada para driblar o teto de gastos e a lei eleitoral, a proposta foi aprovada inclusive com apoio de opositores, que se viram numa sinuca: sem for�a pol�tica para derrub�-la, a maioria votou a favor, temendo o desgaste de ser contra a iniciativa que, num primeiro momento, beneficia principalmente a popula��o mais pobre.
 
Nos dados do IPC-S divulgados ontem j� se nota a influ�ncia das medidas tomadas para a redu��o no pre�o dos combust�veis. Da primeira para a segunda quadrissemana de julho, houve decr�scimo em seis das oito categorias de despesas que integram o indicador, com destaque para o grupo Transportes, com queda de 1,10%, ante alta de 0,13%. Individualmente, os itens que mais contribu�ram para a desacelera��o foram a gasolina (-0,06% para -3,59%), a tarifa de eletricidade residencial (-1,02% para -2,29%) e o etanol (-7,04% para -8,00%).


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