Alexandre Silva Pinto
M�dico da Funda��o S�o Francisco Xavier
A sa�de � o bem mais precioso de um indiv�duo. H� mil�nios, profissionais se dedicam ao estudo, preven��o e tratamento dos males que afetam as pessoas. O m�dico � um profissional que tem como miss�o cuidar e zelar pelo pr�ximo. Nos �ltimos dois anos, os profissionais da sa�de foram reverenciados e ganharam aplausos no mundo inteiro pela intensa dedica��o aos pacientes, devido � maior crise sanit�ria do s�culo.
Ontem, 18 de outubro, comemoramos o Dia do M�dico. A data foi escolhida por ser o Dia de S�o Lucas, padroeiro da profiss�o e um dos quatro evangelistas do Novo Testamento. Antes de ser pintor, m�sico e historiador, ele teria estudado medicina e se tornado um dos mais intelectuais disc�pulos de Cristo.
� importante fazer uma reflex�o sobre esse profissional e como ele vem exercendo o papel de acolher e cuidar do bem-estar da popula��o. Ser m�dico � um dom, � uma profiss�o que demanda muito estudo, reconhecimento intelectual, doa��o, disciplina, solidariedade, amor ao pr�ximo e � profiss�o.
O tradicional e solene juramento de Hip�crates � considerado um patrim�nio da humanidade. Para dar in�cio � profiss�o, n�s m�dicos nos comprometemos com esse juramento, que conta com princ�pios b�sicos de exerc�cio da profiss�o como o de servir �s pessoas com disciplina e humanidade.
E o tratamento humanizado aos pacientes � a melhor forma de exercer o dom da profiss�o. Precisamos ter um olhar especial e desenvolver a capacidade de escut�-los. A relev�ncia do tema � t�o grande que, em 2003, o Minist�rio da Sa�de criou um programa com o objetivo de fortalecer o v�nculo entre m�dicos e pacientes. O PNH (Programa Nacional de Humaniza��o) tem como base a figura ideal do bom humano e tenta mudar o conceito baseado apenas no voluntarismo, assistencialismo e paternalismo.
Na Funda��o S�o Francisco Xavier, o tratamento humanizado � um dos pilares da assist�ncia � sa�de, aliado ao comportamento �tico, conhecimento t�cnico, compaix�o e amor ao pr�ximo. Al�m dos cuidados di�rios, institu�mos em todas as nossas unidades hospitalares v�rias a��es para tornar o atendimento m�dico mais humano. Uma delas � o projeto “O que importa para voc�?”, em que os desejos de alguns pacientes internados h� muitos dias s�o realizados, inclusive em leitos de UTI.
Outra a��o importante � a confer�ncia familiar. Ela � o momento para expor a situa��o do paciente internado de forma clara e objetiva. Um m�dico � treinado para conversar com os familiares e tirar todas as suas d�vidas. Entendemos que a habilidade na comunica��o � uma forma de cuidado, carinho e acolhimento.
O prontu�rio afetivo � outra ferramenta de humaniza��o que vem sendo adotada no Hospital M�rcio Cunha, com sucesso, desde o ano passado. Ele � um pequeno banner com informa��es do paciente que fica ao lado da cama. Assim, � poss�vel conhecer um pouco mais quem � a pessoa internada. � uma iniciativa simples, por�m de grande contexto humano.
Por meio de pequenas a��es nos aproximamos do paciente e promovemos o cuidado humanizado. Afinal, quem est� com algum problema de sa�de busca no atendimento m�dico uma confian�a inabal�vel. Quando nos colocamos � disposi��o e no lugar do outro, o m�dico consegue auxiliar os pacientes de forma mais plena e humana.