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Estado de Minas artigo

O transtorno de ansiedade dentro das empresas

Uma pessoa saud�vel produz um volume de dados de informa��o de sa�de equivalente a 300 milh�es de livros


27/10/2022 04:00







Bruno de Oliveira
Cofundador e diretor de opera��es e tecnologia 
da healthtech Medipre�o
 
 
As situa��es de vulnerabilidade em que as pessoas foram colocadas em fun��o do medo da contamina��o pela COVID-19 colocaram nos holofotes a agorafobia, transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo de lugares e situa��es que podem causar sensa��o de p�nico. Estima-se que mais de 150 mil brasileiros lutem contra esse transtorno de ansiedade, segundo pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein.

Muitos casos t�m rela��o com crises anteriores de s�ndrome de p�nico, que acabaram gerando traumas mais profundos. O medo desproporcional de que uma pessoa sofra um ataque sem a possibilidade de ajuda � um dos gatilhos.

� poss�vel que cerca de 30% a 50% das pessoas com agorafobia tamb�m sofram de p�nico. Segundo dados do Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass), 85% das doen�as poderiam ter sido tratadas em n�vel de sa�de prim�ria, ou seja, antes do avan�o para casos mais graves, como a agorafobia. 

Doen�as cr�nicas e transtornos psiqui�tricos causam uma carga para a sociedade e est�o associados a custos diretos e indiretos, os quais s�o arcados pelos governos, pessoas f�sicas e empresas. 

As fobias sociais aumentam os �ndices de absente�smo e, em casos mais graves, os desligamentos. A Pesquisa Work Trend Index, realizada pela Microsoft em 2021, revelou que 40% dos 30 mil profissionais entrevistados em 31 pa�ses, incluindo o Brasil, est�o pensando em sair do emprego atual, no per�odo p�s-pandemia. 

Al�m do preju�zo para a sa�de do colaborador, esse quadro causa um preju�zo econ�mico para toda a sociedade. De acordo com a Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT), os afastamentos causados por depress�o, ansiedade, estresse e outros problemas de sa�de subiram de 224 mil em 2019 para 289 mil em 2020.
 
 
 
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Diversos estudos mostram que o custo total de sa�de engloba tamb�m as perdas de produtividade, seja por dias de afastamento do trabalho (absente�smo) ou pela redu��o da produtividade do trabalhador, que comparece ao trabalho, mas n�o desempenha plenamente suas tarefas por problemas de sa�de (presente�smo).

A forma de as empresas lidarem com os benef�cios da sa�de est� mudando. Hoje, n�o basta apenas oferecer recursos, � preciso medir como est�o sendo utilizados e seus impactos no ambiente de trabalho. 

Para atuar de forma preventiva, os gestores precisam fazer o acompanhamento desde os primeiros sintomas. Nesse ponto, a tecnologia tem desempenhado papel fundamental. 

A an�lise de dados da sa�de do colaborador, tamb�m chamada de health analytics, � algo muito importante porque permite visualizar indicadores de sa�de, desvios e epidemias entre os colaboradores. Com essas informa��es, o gestor tem em m�os as ferramentas necess�rias para tomar decis�es eficazes, como medidas preventivas, e contribuir para que o funcion�rio siga o tratamento at� o fim. Isso tamb�m diminui o desenvolvimento de transtornos mentais e outras doen�as, previne complica��es e reduz o uso de servi�os de sa�de mais custosos. 

Dados devem ser usados para gerar valor para o neg�cio, inclusive quando se fala em sa�de do colaborador. Mas, para isso, � preciso um processo que transforme as informa��es coletadas em insights prospectivos. 

Uma pessoa saud�vel, por exemplo, produz um volume de dados de informa��o de sa�de equivalente a 300 milh�es de livros, mas apenas 0,5% de todas essas informa��es s�o analisadas.

A vis�o anal�tica por meio dos dados j� � aplicada hoje por grandes marcas nacionais e internacionais para a identifica��o de tend�ncias e comportamento padr�o; simula��o de cen�rios para antecipar comportamentos e riscos para a sa�de do colaborador e defini��o de planos de a��o que possam promover mudan�as necess�rias e permanentes. 

Os gestores de RH, hoje, j� podem tomar decis�es mais assertivas baseados em dados, com margens menores de erros. Esse � o caminho para o aumento de produtividade, aliado � sa�de e ao bem-estar dos colaboradores.


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