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Estado de Minas editorial

Meio ambiente e os desafios globais

As pol�ticas ambientais e de fiscaliza��o ter�o de ser eficazes, a fim de manter as florestas em p�, principalmente na Amaz�nia Legal


05/11/2022 04:00



Entre amanh� (6/11) e o dia 18 deste m�s, a cidade de Sharm El Sheikh, no Egito, ser� palco de mais uma edi��o da Confer�ncia das Na��es Unidas sobre as Mudan�as Clim�ticas (COP27). O encontro dever� reunir representantes de 197 pa�ses, entre eles o Brasil, para dar continuidade e tentar avan�ar nas negocia��es da COP26, rea- lizada na Esc�cia, a fim de conter as emiss�es de gases de efeito es- tufa e alcan�ar a meta de limitar o aumento da temperatura do planeta em at� 1,5oC. 

Embora o objetivo seja audacioso, se revela essencial, levando em conta as cat�strofes clim�ticas que t�m ocorrido em todo o mundo, como derretimento das geleiras, tornados, furac�es, tempestades, eleva��o da temperatura, entre outros fen�menos. A confer�ncia ocorre em um ano em que pa�ses como Paquist�o, Fran�a e Reino Unido enfrentaram eventos extremos, com elevadas perdas humanas e graves preju�zos materiais.

No Brasil, entre o fim de 2021 e o in�cio deste ano, as enchentes afetaram as regi�es Sul, Sudeste e Nordeste, provocando danos socioecon�micos expressivos. Tais trag�dias resultam das mudan�as clim�ticas e a tend�ncia � de agravamento, se as na��es nada fizerem na rela��o com o meio ambiente, a fim de reduzir as emiss�es que impactam a temperatura do planeta, segundo os especialistas.

Al�m de conter as emiss�es de gases, todas as na��es ser�o cobradas pelo cumprimento das metas de Contribui��o Nacionalmente Determinada (NDC). Na COP26, foram provocadas a serem mais ousadas e a elevar as metas de NDC. O Brasil manteve-se no mesmo patamar. Reduzir as emiss�es em 37%, em 2025, e 50%, em 2030, tendo como par�metro as emiss�es de 2005, e visando alcan�ar a neutralidade de carbono em 2050.

De acordo com a ferramenta Climate Action Tracker (Rastreador de A��o Clim�tica), os compromissos brasileiros est�o abaixo do necess�rio para atingir a meta de 1,5oC e longe da propor��o de redu��es de emiss�es que cabe ao pa�s. No ano passado, o Brasil emitiu 2,42 bilh�es de toneladas brutas de CO² (unidade que engloba todos os gases de efeito estufa, conforme registrou o rastreador do Sistema de Emiss�es de Gases de Efeito Estufa – SEEG), alta de 12% na compara��o com 2020.

O desmatamento tamb�m teve avan�o expressivo nos �ltimos anos. Houve crescimento 52,9% nos �ltimos tr�s anos. Em m�dia, a floresta amaz�nica perdeu, a cada ano, 11.405 quil�metros quadrados (km²) de mata nativa, seja pela a��o das queimadas, seja pelas derrubadas com motosserras. Tais perdas tamb�m est�o associadas ao aumento das emiss�es de gases nefastos ao clima. Sem conter esse ritmo de degrada��o ambiental mais intenso no Amazonas, no Par� e no Mato Grosso, o Brasil n�o cumprir� o compromisso de zerar o desflorestamento no pa�s at� 2028. 

O pa�s desperdi�ar� o seu enorme potencial para explorar e lucrar com o mercado de carbono. Para que isso n�o ocorra, as pol�ticas ambientais e de fiscaliza��o ter�o de ser eficazes, a fim de manter as florestas em p�, principalmente na Amaz�nia Legal. O governo acenou com essa possibilidade no in�cio deste ano, mas n�o concluiu a regulamenta��o dos marcos legais necess�ria para avan�ar nesse nicho de neg�cio, compat�vel com o projeto de migra��o para uma economia verde. 

Ante as enormes dificuldades econ�micas e sociais do pa�s, o futuro governo ter�, entre os muitos desafios, o de rever as pol�ticas ambientais, para adequ�-las �s demandas da sociedade, sobretudo da parcela em situa��o de vulnerabilidade, concentrada nas regi�es Norte e Nordeste. N�o poder� abrir m�o da colabora��o financeira dos pa�ses comprometidos e mais audaciosos em suas metas de conter o aquecimento global. 


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