(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas Editorial

Retrocesso na luta contra o HIV

O HIV/Aids e outros 12 programas que asseguravam medicamentos de uso cont�nuo perderam R$ 3,3 bilh�es no Or�amento da Uni�o para 2023


01/12/2022 04:00

Hoje, Dia Mundial de Combate � Aids, o Brasil nada tem a comemorar. As desigualdades e o racismo estrutural se tornaram aliados do HIV. Entre 2010 e 2020, houve uma queda de 9,8% na propor��o de casos entre as pessoas brancas, e um aumento de 12,9% entre pretos e pardos. No pa�s, s�o quase 900 mil brasileiros infectados – a maioria pretos e pardos. “� uma situa��o inaceit�vel, que demonstra o impacto das desigualdades e do racismo estrutural na vida de milhares de pessoas que t�m todo o direito de se beneficiar dos avan�os na resposta ao HIV e � Aids”, declarou a diretora e representante do Programa Conjunto das Na��es Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Claudia Velasquez.

Na avalia��o da representante da Unaids, esses fatores – racismo e desigualdade socioecon�mica, acrescidos da discrimina��o e criminaliza��o de segmentos, como LGBTQIA+, profissionais do sexo, encarcerados e usu�rios de drogas ilegais – criam barreiras ao acesso de servi�os de sa�de aos infectados pelo v�rus. Ela cita como exemplo as dificuldades enfrentadas pelos indiv�duos que vivem em situa��o de rua, outra parcela da sociedade tamb�m alvo dos preconceitos. N�o � toa, na primeira d�cada deste s�culo, houve uma redu��o de 10,6% de �bitos entre as pessoas brancas e um aumento de 10,4% entre as negras.

As diferentes realidades, sustentadas em crit�rios �tnico-raciais, indicam que o Brasil seguiu na contram�o da evolu��o da ci�ncia e da medicina. As pol�ticas p�blicas foram discricion�rias, causando preju�zo aos afro-brasileiros e aos que vivem em situa��o de vulnerabilidade socioecon�mica. Os avan�os da ci�ncia e da medicina romperam com a ideia de que os indiv�duos infectados pelo v�rus HIV estariam, inexoravelmente, condenados � morte, como nos anos 1980 e 1990. Os medicamentos e os protocolos de preven��o individual permitiram �s pessoas uma vida normal. O Sistema �nico de Sa�de (SUS) garantiu o acesso aos retrovirais a quem estivesse infectado. O Minist�rio da Sa�de promoveu campanhas, por meio dos ve�culos de comunica��o, a fim de orientar os brasileiros como se proteger.

Nos anos 1990, o Brasil foi modelo para o enfrentamento da S�ndrome da Imunodefici�ncia Humana, transmitida pelo v�rus HIV. Quebrou patentes de laborat�rios e fez um enfrentamento rigoroso do v�rus, transmitido, na maioria dos casos, por meio da rela��o sexual. Criou um sistema exemplar para cuidar dos pacientes. A realidade, hoje, � muito diferente. A sa�de p�blica � subfinanciada. O programa HIV/Aids e outros 12 programas que asseguravam medicamentos de uso cont�nuo perderam R$ 3,3 bilh�es no Or�amento da Uni�o para 2023, uma decis�o que representa retrocesso ante o dever do Estado de garantir a expans�o dos direitos sociais dos cidad�os. Eis mais um desafio para o futuro governo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)