Fl�via Coimbra Pontes Maia
Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Minas Gerais (SbemMG)
A mudan�a das esta��es sempre exige algumas adapta��es entre os milhares de brasileiros com doen�as diversas. Um exemplo importante est� nas altas temperaturas com a chegada do calor, comprometendo o funcionamento do organismo, principalmente entre os portadores de diabetes. O ver�o � um alerta para os cuidados especiais envolvendo a glicemia. Afinal, influencia a insulina e causa uma hipoglicemia, quando a presen�a de a��car no sangue � baixa. A situa��o leva a tonturas, fadiga, cansa�o, fraqueza, suor, fome, dores de cabe�a e vis�o turva, apresentando dificuldades na fala, convuls�es e desmaios.
O clima quente gera maior propens�o � desidrata��o, pois o corpo precisa se resfriar e realiza esse processo com a transpira��o, sendo poss�vel provocar hiperglicemia. O processo acumula a��car no sangue, tornando-o mais espesso, fazendo com que os �ndices registrem um pico, incentivando a vontade excessiva de beber �gua e urinar, dores pelo corpo, sensa��o de dorm�ncia ou formigamento e vis�o turva. J� entre aqueles com o diabetes tipo 1, os efeitos ainda podem levar ao coma.
O diabetes apresenta um elevado �ndice de glicose, ou seja, a��car no sangue. A condi��o � decorrente da falta do horm�nio insulina, produzido pelo p�ncreas, ou pela incapacidade de agir de maneira adequada, controlando essa taxa.
A patologia envolve dois tipos, sendo que o primeiro corresponde � falta de produ��o da insulina, apresentando um car�ter heredit�rio e tamb�m afeta os beb�s, crian�as e adolescentes, sendo uma condi��o infantil comum. Ent�o, mesmo que a pessoa tenha cuidados com a sa�de, praticando atividade f�sica e se alimentando adequadamente, o problema pode se desenvolver.
O segundo tipo vem da resist�ncia criada pelo organismo aos efeitos da insulina, sendo desenvolvido por h�bitos di�rios ruins. O sedentarismo, obesidade, press�o e colesterol elevados, dietas ricas em gorduras e a��cares e o consumo exagerado de �lcool s�o os principais fatores de risco.
Outra recomenda��o � evitar longa exposi��o solar e manter aten��o aos hor�rios arriscados, ou seja, entre as 10h e as 16h. As atividades f�sicas devem continuar, mantendo uma intensidade leve ou moderada. A escolha do hor�rio e local tamb�m � essencial, principalmente quando ocorre ao ar livre, evitando os per�odos de pico do sol, al�m de dar prefer�ncia por treinar em ambientes frescos e arborizados. A �gua precisa ser uma acompanhante e a dosagem da glicose deve ser mensurada, antes e ap�s a pr�tica, verificando as varia��es.